Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sábado, 17 de dezembro de 2011

Jardim Botânico de Lajeado

O Jardim Botânico de Lajeado é um espaço onde se cultivam e se expõem espécimes botânicos, localizado dentro do Parque Municipal Moinhos d' Água, no Bairro Moinhos d' Água – conforme a Lei nº 5.723, de 24-6-1996. Situa-se junto à Av. Carlos Spohr Filho, inaugurado em 18-9-1995.
Destaque nacional, o Departamento Municipal de Meio Ambiente montou um projeto e ganhou o primeiro lugar em concurso organizado por entidades internacionais. O programa concorreu com mais de 30 inscritos em todo o país. Com a premiação de R$ 88 mil, uma das principais metas foi implantar, ainda em 2003, uma coleção de plantas da flora brasileira ameaçadas de extinção. Novos projetos prosseguem em busca da qualidade.
Por que o Jardim Botânico de Lajeado não usa os nomes dos patronos de suas diversas secções internas?
A via principal de acesso homenageia Vendelino Hennemann Filho.
Dentro do Jardim Botânico há o Horto Florestal Hugo Oscar Spohr e o Orquidário, Cactário e Bromelário Major Frederico Heineck.
Estas denominações raras vezes ou mesmo nunca são citadas em noticiários do Jardim Botânico. Por que secretários, assessores de imprensa e repórteres se recusam a usar as denominações?
O leitor pode se perguntar: existem nos respectivos locais placas indicativas que identifiquem os homenageados?
O mesmo fenômeno ocorre com Ciclovia Aírton Senna da Silva. É também uma denominação dentro da outra, pois, a ciclovia faz parte da rua ou Av. Osvaldo Aranha, segundo Projeto de Lei CM nº 17-04-96. Depois de 10 anos, vereadores lamentam inexistir placas indicativas e a imprensa não sabe usar as denominações corretas.

Santa Clara em 1921

       A foto aqui anexa foi tirada em 1921, para ser publicada no livro O Rio Grande do Sul, de Alfredo R. da Costa, em 1922, para o centenário da Independência do Brasil.
       A colonização de Santa Clara iniciou em 1869. Sempre foi muito forte, produtiva e unida. Foi alvo de invasões por castilhistas e maragatos, no sangrento período da Revolução Federalista (1893-1895). Em nome da revolução, desordeiros tentavam invadir as linhas coloniais, para praticar roubos e crimes. Por esta razão, as lideranças organizaram um corpo de voluntários armados, sob o comando de José Diel. Esta defesa impediu o assalto das forças de Zeca Ferreira, provenientes de Quatro Léguas, em 28-5-1895, lembrado com monumento e nome da avenida principal.
       Pelo Ato nº 434, foi elevada à sede distrital, em 9-2-1914. A igreja matriz foi inaugurada em 1-10-1916, comemorando 90 anos. Em 30-10-1928, foi criada a Paróquia. O Tiro de Guerra 239 foi instalado em Santa Clara, em 1918, não precisando mais os jovens sair daqui para servir em quartéis de outras cidades. Com sua desativação, o patrimônio ficou para a Sociedade dos Reservistas.
       De 1944 a 1949, Santa Clara teve o nome de Inhuverá. Nacionalistas esdrúxulos acham que o povo é como uma tropa de burros: basta largar-lhes alfafa que vão comer...
       Depois de pertencer, sucessivamente, aos municípios de Rio Pardo, Triunfo, Taquari, Estrela e Lajeado, emancipou-se em 20-3-1992. A instalação se deu em 1-1-1993. O município tem 88.7 km² e teve 4.806 habitantes, pelo Censo de 2000 e 5.697 habitantes, em 2010.

Pequenas Biografias

Alberto Pasqualini
A foto anexa mostra Alberto Pasqualini, entre Bruno Born à sua direita e Valdir Lopes, à sua esquerda. A alegria deles parece ser a troca de partido de Bruno Born, da UDN para o PTB.
Deputado estadual, em 1947, e prefeito de Lajeado, de 1951 a 1955, pela UDN, Bruno Born passou para o PTB a fim de obter verbas para Lajeado e se candidatar a deputado federal, assumindo como suplente. Foi eleito prefeito pela segunda vez, de 1959 a 1963, período no qual assinou a lei dando nome de Av. Senador Alberto Pasqualini.
Valdir A. Lopes foi deputado estadual, nascido no distrito de Cruzeiro do Sul, Lajeado. Em 1967 foi eleito primeiro vice-presidente da Assembléia Legislativa, entrando em exercício como presidente do legislativo gaúcho e, por 24 horas, como governador do Estado. Não mereceu nome de rua em Lajeado.
Alberto Pasqualini nasceu em 1901, em Ivorá. Foi um notável pensador e líder político gaúcho, o teórico do PTB. Em 1944, foi Secretário do Interior e Justiça, quando brigou pela liberdade de imprensa. Por isso, Getúlio retardou seu apoio na campanha eleitoral a governador, nas eleições de 19-1-1947. Esteve várias vezes em Lajeado, recebendo o apoio de Bruno Born, Valdir Lopes e outros. Venceu Valter Jobim (PSD), com 229.129 votos. Pasqualini (PTB) perdeu, com 209.164 sufrágios. O centenário de seu nascimento não foi comemorado em Lajeado. Como senador, em 3-10-1953, assinou a Lei nº 2.004, criando a Petrobrás e garantindo o monopólio estatal. Faleceu em 1960.

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