Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quinta-feira, 22 de agosto de 2013




Colonização de Teutônia e Westfália


Recebi de Arnilo Brönstrup um e-mail em 9-8-2013, sobre o início de boa parte de Teutônia e, principalmente, de Westfália.

Arnilo foi empresário comercial em Lajeado, diretor da empresa F. Broenstrup & Cia. Ltda. e presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado, de 28-10-1956 a 27-10-1957. Nascido em 16-1-1923, casou em 21–9-1946 com Irene Perna Brönstrup, nascida em 2-9-1922 e falecida em outubro de 2011, tendo os filhos Lorena e Pedro Henrique. Aposentado e nonagenário, Arnilo está morando no Lar Moria, Rua Wilhelm Rotermund, nº 395, em São Leopoldo. É interessante o que ele nos escreve:


No que diz respeito á colonização de Westfália, permito-me repassar-lhe as anotações do meu arquivo sobre a colonização de toda a região nos fundos de Estrela.
        Em 1862, foi fundada em Porto Alegre, a empresa colonizadora Carlos Schilling, Lothar de La Rue, Jacob Rech e Guilherme Kopp & Cia., todos imigrantes alemães e com forte vínculo à Maçonaria. Esta firma adquiriu as terras, não sei de quem, é possível que tenha sido do sesmeiro Coronel Antônio Vitor de Sampaio Mena Barreto, já que este era na ocasião o proprietário de Estrela até o Corvo, hoje Colinas. As terras adquiridas iam de Bom Retiro, Canabarro, Languiru, Teutônia, Picada Schmitt (hoje Westfália), Nova Berlim até Arroio da Seca (hoje Imigrante).
Teutônia já havia sido fundada por Schilling em 1858, que então adquirira ali quatro léguas quadradas de terra. Em 1862, De La Rue foi pessoalmente gerenciar a colonização em Teutônia, abrindo a seguir diversas colônias como Picada Germano, Wink, General Canabarro, Boa Vista etc. Em 1868, De La Rue adoeceu. Carlos Arnt, amigo dos proprietários da colonizadora, assumiu provisoriamente a gerência.
Em 1875, é criada a Navegação Arnt, e é fundado por Jacó Arnt o Porto Úrsula ou Porto dos Barros, hoje Bom Retiro do Sul. Meus dois avós já vieram por Estrela com a Arnt.
As colônias prosperaram, em virtude da recomendação da Igreja Evangélica na Alemanha, principalmente na Westfália, como um empreendimento sério. Outro fato interessante foi criada em Teutônia pelos emigrantes uma Loja Maçônica, vinculada à grande Loja da Alemanha, antes da comunidade evangélica. A Igreja Evangélica providenciou na Alemanha o envio do Pastor Beckmann (que por sua vez também era maçon., e bisavô do General Beckmann), para fundar a comunidade evangélica. Parece-me que junto com Beckmann vieram a família Geisel e Sommer, todos parentes e vinculados à Maçonaria.
‘No que tange aos pretos eu continuo acreditando na seguinte história: Ao se iniciar a colonização, foram enviadas para Teutônia algumas famílias de pretos para ajudar os colonos, é possível que tenham sido escravos. Os colonos, no entanto não aceitaram o trabalho escravo, e a colonizadora não sabendo o que fazer com eles, deu a cada um uma gleba nos fundos da Picada Schmitt, que na ocasião nem existia, era puro mato. Fica em aberto uma série de perguntas, isto teria representado a criação de um quilombo, os pretos vieram já acompanhados de mulher e filhos etc. etc. etc. Estas perguntas vale a pena responder e creio que a prefeitura de Westfália deve ter algumas respostas a respeito.


Foto da Esquerda: Carlos Schilling
Foto do Centro: Carlos Arnt - 2º Diretor da Colônia de Teutônia
Foto da Direita: Franz Lothar De La Rue


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Geraldo Nicolau Snel


Abrindo o Baú de 13-11-2011


Geraldo Nicolau Snel foi farmacêutico em Teutônia e Estrela.
Nasceu em 29-12-1850, em Amsterdã, filho de Gerbrand Nicolaus Snel e de Cristina Schmidt Snel. Formou-se em 1870 em Farmácia na Universidade de Leyden, na Holanda.
 Depois do serviço militar na Holanda, com 24 anos de idade, emigrou para o Brasil. Estabeleceu-se em Teutônia, em maio de 1875. Casou-se em 1876 com Maria Cristina Elisabeta Horst (nascida em 23-5-1851 e falecida em 1-9-1936), tendo os filhos:  Geraldo Nicolau, Artur H., Dr. Alexandre Bernardo Frederico, Eugênio, Amanda e a filha casada com Oto Schmidt.
 Como em Teutônia ninguém adoecesse, menos de três anos depois, Geraldo transferiu sua “Apotheke” (botica) para Estrela, em 1878. Atuou como "médico", especialmente durante a epidemia da varíola, em 1892. Foi nomeado vice-intendente, em 1903 e 1904, substituindo Francisco Ferreira de Brito, várias vezes. A partir de 1913, como anestesista, auxiliou seu filho Dr. Alexandre, médico formado na UFRGS, em 1911. Integrou o Clube Saca-Rolhas.
Sentindo-se mais velho, transferiu-se para Porto Alegre, segundo noticiou O Paladino, de 30-4-1922. Vendeu sua farmácia a Eraldo Christ.
Seu governo está em Estrela Ontem e Hoje, p. 57-58, sem ter sido lembrado com nome de rua. V. Clube Saca-rolhas.
Faleceu em 27-1-1933, em Santa Cruz do Sul, onde estava de passeio. É homenageado com nome de rua em Teutônia.



Farmácia e Clínica Médico-Cirúrgica de Dr. Alexandre Snel, em 1921, prédio ainda existente.

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Colégio Sant’ Ana -  Lajeado





    O prédio que vemos nesta foto foi construído em 1909, sob a direção da Madre Clotilde Werle. Já fazia 5 anos que ela estava em Lajeado e viu o constrangimento em que as Irmãs viviam e os alunos estudavam, desde 1897, no velho prédio. Por isso, decidiu pela construção daquele que foi, por vários anos, o mais alto prédio de Lajeado e da região. A Clausura ou moradia das irmãs, ficava no terceiro pavimento, cuja frente tinha 7 janelas.
A construção foi uma decisão corajosa, pois, a Comunidade Católica tinha acabado de construir o antigo Colégio São José, cujas aulas iniciaram em 2-3-1908. O novo Colégio Sant’ Ana custou perto de Rs 28:000$000 – uma fortuna. As obras de acabamento e melhorias foram concluídas em 1915. O prédio foi hipotecado pela Caixa Econômica. A Capela ao lado foi construída em 1935.  O prédio foi demolido em 1967. Aliás, a destruição foi iniciada antes pelo cupim...
 


ERICH SCHULZ 1898-1974 – Vida e obras de imigrante alemão



         


 Em 25 de agosto de 2013, às 19h, na Câmara Municipal de Vereadores de Estrela, Werner Helmuth Erich Schinke, médico aposentado, lança seu novo livro ERICH SCHULZ 1898-1974 – Vida e obras de um imigrante alemão.

É uma biografia de Erich Schulz, famoso pintor e artista plástico, professor em Marcelino Ramos. É uma homenagem que pretende prestar a seu sogro e pai de sua esposa Gisela, que herdou os dons artísticos do pai, autora de um notável acervo de quadros e pinturas.
Durante a solenidade, os presentes são brindados com o Recital Quinteto de Cordas da OSPA.







Vera Teresinha Nicaretta




Professora de línguas e escritora.
Nasceu em 16-5-1959, em Canudos do Vale, filha de Jandir Nicaretta e de Odila Gottardi Nicaretta. Em 1969 veio continuar os estudos em Lajeado. Formou-se em magistério pelo Colégio Madre Bárbara.
 Começou a lecionar em 1977, em Canudos do Vale. Formou-se em Letras, habilitação Inglês e Português e respectivas Literaturas, em 1984, pela Fates. Aprovada no Concurso Estadual de Educação, lecionou em varias Instituições de Ensino da região. Aproveitava as longas férias de verão para aprimorar seu conhecimento de Inglês no exterior.
Em 1992, fundou a Escola de Línguas Estrangeiras Phoenix. Em 2001, realizou o sonho de frequentar a Harvard University, em Cambridge, Massachusets, E.U.A. Assistiu aulas dos mestres sobre "Teaching for Understanding with Classroom Technology", "Contemporary American Fiction", e "The History of Boston from 1865 to the Present."
Em agosto de 2005, foi convidada a escrever crônicas para O Informativo, de Lajeado, sob o codinome de Ms. Key, com mais de 150 crônicas publicadas. É casada com Armin Fernando Friedrich e tem dois filhos do primeiro casamento. Mora em Lajeado e Teutônia.
Em 11-11-2011, no Apple Club, em Lajeado, e em 29-10-2011, na Feira do Livro em Porto Alegre, lançou o livro Nus, um para o outro, uma seleção de 44 crônicas, em 102 páginas. O título da obra vai muito além do despir-se no sentido físico. É poder comemorar a maturidade com escolhas que valem a pena. É despir-se na verdade, sem ter nada para esconder. Numa linguagem informal, o leitor vai sentir como se estivesse ouvindo uma voz relatando historias, fatos e sentimentos. A escritora imaginou a mulher lendo estas crônicas, sentada no salão de beleza, na sacada de sua casa, na beira da praia, deitada na cama, precisando de algo para aliviar e complementar o seu dia. A mulher que tem um livro na mão nunca está sozinha.

 


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