Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quarta-feira, 5 de outubro de 2011


História e Geografia do RS

Em 24-6-2006, em torno de 400 candidatas ao concurso de primeira prenda do Estado, promovido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho, tiveram que se submeter também a testes de conhecimento sobre a História, Geografia e Folclore do Rio Grande do Sul.
Além dos dotes e beleza física, o teste cultural, por escrito e oral, é decisivo para o certame final, marcado para maio de 2007.
Esta competição de conhecimentos sobre o Rio Grande do Sul já é uma tradição.
O que não é tradição em nosso Estado é o estudo sobre o Rio Grande do Sul em nossas escolas. Não falamos dos Estudos Sociais do 3ª e 4ª séries do Fundamental, quando a idade infantil não permite armazenar conhecimentos sobre o Rio Grande do Sul que perdurem para a vida do gaúcho. É por omissão do sistema de ensino que a História, Geografia e Folclore do RS não retornem em anos posteriores, mormente no segundo grau, com mais profundidade.
A preocupação com o Vestibular é a vilã que sustenta esta omissão. Os acadêmicos e intelectuais gaúchos sentem a falta de conhecimentos gerais mais aprofundados de seu Estado e Região.
Até quando? Por quê? Como mudar? Quem tem a coragem?

A Primeira Intendência de Lajeado

Intendência foi a sede ou prédio onde funcionavam os órgãos da administração municipal. Iniciou com a denominação popular de Palácio Municipal e Paço Municipal, e, oficialmente, como Intendência Municipal. A Intendência de Lajeado (foto) localizava-se na então Rua São Joaquim, hoje Marechal Deodoro, esquina com a então Rua da Igreja, hoje Bento Gonçalves. Ao ser instalado o Município de Lajeado, em 25-2-1881, o sobrado era de propriedade da viúva Elisabeta (Altenhofen) Matte e filhos, alugado para José Luís Bard, solicitador.
A novel administração alugou o prédio, espaçoso, de alvenaria, por 60$000 ou seja, 60 mil-réis mensais, preço que foi se elevando no decorrer dos anos, considerado exorbitante. Por esta razão, o intendente Júlio May comprou uma área e construiu um prédio próprio, inaugurado em 20- 8-1900.
A velha Intendência, depois, foi comprada pelos Irmãos Maristas. Em 1957, foi derrubada, para lá ser construído o novo Colégio São José, atual Castelinho.
Foto: Primeira Intendência 1891-1900

 Pequenas biografias

·        Deodato Borges de Oliveira
Nasceu em 10-10-1885, em Taquari, filho de Venâncio Gonçalves de Oliveira e de Maria Ursulina Bizarro. Iniciou como tipógrafo em O Taquaryense, na montagem do jornal Petit, de Taquari, de onde veio para Lajeado em abril de 1903, para trabalhar no semanário O Alto Taquary.
Em 13-10-1904, o intendente Francisco Oscar Karnal o nomeou porteiro da Intendência. Ao iniciar o namoro com sua filha Júlia, o intendente João Batista de Meio o promoveu como Auxiliar na Fazenda, em 4-12- 1908. Em 28-7-1910, casou-se com Júlia Meio (* 30-4-1891 e + 29-6- 1928), tendo com ela 12 filhos. Em segundas núpcias, em 2-12-1939, casou-se com Paulina Erna Borgmann (* 11-4-1912 e + 24-12-1985), tendo mais as filhas Diva, Delci e Dirce.
         Em Lajeado Deodato também se dedicou a atividades sociais. Com outros companheiros, fundou o Clube Esportivo Lajeadense, em 23-4-1911, sendo seu primeiro Presidente. Instalado como 5° Distrito de
 Lajeado, em 22-2-1914, Santa Clara do Sul recebeu o Cartório de Registros, sendo Deodato designado seu oficial e para onde se mudou com' a família. Vendo que muitas pessoas não falavam o português, empenhou-se para trazer a professora Cássia Azevedo, em 1918. Em 1924, veio a professora Ilse Nunes. Em 1937, com a inauguração do Grupo Escolar de Santa Clara, veio a professora Rute B. Lopes. Deodato acumulou as funções de Inspetor Escolar no Distrito.
Em 1934 e 1935, foi subprefeito de Vila Sério. Aposentou-se em 4-7-1942. Participou também da vida política, filiado ao Partido Republicano Rio-grandense. Depois da ditadura getulista, foi eleito Vereador nas eleições de 1-11-1951, pela União Democrática Nacional. Faleceu em 10-1-1973, em Lajeado.

Resgatando primitivos nomes

Açoita Cavalo - Cachoeira, passo e arroio afluente do Rio Taquari, na zona alta, no território original de Lajeado. É uma árvore muito comum em Lajeado e região da família das Tiliáceas, do gênero Luehea, da espécie Divaricata.
PalmitBerg - Nome dado à linha colonial São Vítor, em língua alemã, Morro do Palmito.
São Vítor - Linha colonial em Forquetinha, localizada no Chapadão Baixo, zona alta do município. Primitivamente chamava-se Palmit-Berg, traduzindo-se Morro do Palmito, sem que assim fosse denominado pelos brasileiros. Na comunidade foi construí da a Escola Municipal Pedro Álvares Cabral, cujo prédio de madeira está quase em ruínas. Ao lado, o município de Lajeado, no período da criação-instalação do município de Forquetinha, construiu um ginásio de esporte, ou melhor, um salão de festas. Com a ajuda financeira da comunidade, o prédio de 600 m foi construído em mutirão. A escola foi desativada, lá por 1996. A Comunidade católica de Chapadão Baixo está na divisa com Santa Clara do Sul. Em 7-12-1998, foi inaugurada a rede elétrica, desenvolvida pelo Programa Pró-Rural, realizado em parceria entre a Prefeitura de Lajeado e governo do Estado, beneficiando 45 famílias.

José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

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