Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Visual no centro de Lajeado

A Praça Marechal Floriano teve como seu primeiro nome Praça Santo Inácio, dado pelo fundador de Lajeado, Antônio Fialho de Vargas. Ele doou este espaço e mais os terrenos para a casa paroquial, igreja e escola.
A homenagem a Floriano Vieira Peixoto, segundo presidente do Brasil, foi dado pelo intendente Júlio May, em 2-1-1898. O povo não aprovou o nome e deu o apelido de Praça da Matriz. Será que poderia ser Praça Antônio Fialho de Vargas?
À direita da foto está a Casa Paroquial, construída pelos padres jesuítas, lá por 1883. Foi demolida e construída a atual Casa Paroquial, inaugurada em 12-1-1944.
A Igreja Matriz foi a segunda de Lajeado, construída em 1900 e destruída pelo incêndio de 13-1-1953. A atual igreja matriz foi inaugurada em 20-4-1958.
O Colégio São José dos Irmãos Maristas foi construído em mutirão e inaugurado em 1-3-1908. O prédio fazia esquina com a Rua Deodoro da Fonseca, que iniciava no Arroio Lajeado, depois denominado Arroio do Engenho.
Na esquina seguinte, estava o sobrado da família Matte, que serviu de primeira Intendência, de 25-2-1891 a 20-8-1900, quando foi transferida para a segunda Intendência, nome alterado para Prefeitura, com a Revolução de 1930, onde hoje está a Casa de Cultura Município de Lajeado. Os Irmãos Maristas compraram este sobrado e toda a área até a barranca do rio. Receberam de presente a primeira quadra inicial da Rua Deodoro da Fonseca. Demoliram tudo e, em 1-6- 1958, lançaram a pedra fundamental do atual prédio do Colégio Estadual Castelo Branco.
Desta vista na foto, a única coisa que sobrou é o Monumento de 7 de setembro, que lembra o Centenário da Independência do Brasil.
 
Sepultado o romantismo

Está definitivamente sepultado o romantismo e parte da Música Popular Brasileira. As emissoras de rádio, bandas musicais e promotores de eventos se encarregaram deste enterro nos últimos anos.
Vejam as músicas na década de 1940: "A deusa da minha rua"... Na de 50: "Olha que coisa mais linda"... Na de 60: "Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor”... Na de 70: "Foi assim ... como ver o mar”...  Na de 80: "Fonte de mel”... Todas sumiram.
Na década de 1990 começou a baixaria: "Agora vem pra perto ... Eu quero sentir o teu corpo pesando sobre o meu”... Ou a outra droga: "Bota a mão no joelho e dá uma baixadinha, vai mexendo gostoso, balançando a bundinha”... Em 2001: "Tchutchucal Vem aqui com teu Tigrão"... Em 2002: "Abre as pernas, faz beicinho, vou morder o seu grelinho"... Em 2003: "Minha eguinha Pocotó... Pocotó... Pocotó"... Em 2004: "Ahl Que é isso? Elas estão descontroladas"... Em 2005: "Hoje é festa lá no meu apê, vai rolar bunda lelê! ... e birita até ao amanhecer"... Em 2006, ela canta: "Tô ficando atoladinha"... Outra porcaria "Vai dá tapinha na bundinha ... Vamos dar uma lapadinha só se for na rachadinha ... Você pede e eu te dou na rachada. E aí, tá gostoso? Lapada na rachada. Toma !. Toma! Toma!"...
É um lixo este repertório!!!
Será que hoje há artistas que criam ainda música romântica? Se houver novas músicas românticas, encontram o espaço devido nas emissoras de rádio, nos salões de baile e de festas?
É de gritar por socorro! Onde foi que erramos?!

Pequenas biografias

Filipe Adão Bender
         Filipe Bender foi o segundo chefe do Poder Executivo de Lajeado.
Empresário comercial em Cruzeiro do Sul, entrou em exercício como vice-presidente da Junta Municipal de Lajeado, de 10-7-1891 a 5-8-1891. Em 15-10-1891, com 339 votos, em sétimo e último lugar, foi eleito conselheiro municipal na 1ª Legislatura, empossado em 15-11-1891. Distúrbios políticos e a conseqüente Revolução Federalista também fecharam as portas do Conselho Municipal de Lajeado, em 29-2-1892.
Filipe Bender nasceu em 23-3-1847, em Hamburgo Velho, filho de Henrique Pedro Bender e Ana Maria Blauth. Em primeiras núpcias, casou-se com Gertrudes Renck; em segundas, com Catarina Kunz (falecida em 1-12 1889); em terceiras núpcias, em 11-2-1890, casou-se com Teresa Margarida Dahlen (nascida em 1873, filha de Pedro Dahlen e Margarida Zwirtes). Tinha 18 filhos.
Quando residia em Nossa Senhora da Piedade, em Hamburgo Velho, com casa comercial, passou a integrar a Loja Maçônica Força e União, regularizada em 30-8-1879, filiada ao Grande Oriente Unido e Supremo, Conselho do Brasil, do Rito Escocês Antigo e Aceito. Em março do ano seguinte, foi eleito seu Venerável Mestre. Foi um dos líderes da Loja Maçônica em Lajeado. Não se sabe ao certo quando veio morar em Cruzeiro do Sul, aonde comprou 18 terrenos de Primórdio Centeno de Azambuja, escriturados em 12-10-1894. Lá montou um Armazém de Secos e Molhados. Faleceu em 31-5-1920, em Cruzeiro do Sul. 
 
Resgatando primitivos nomes

Atendendo um pedido feito por telefone de moradores de Bento Gonçalves sobre uma antiga localidade denominada Jacinto, informamos que foi uma linha colonial no primitivo território de Bento Gonçalves, conforme do Dicionário Geográfico, Histórico e Estatístico do Estado do Rio Grande do Sul, de Otávio Augusto de Faria, em 1914. Na época, Jacinto possuía as capelas de Santo Antônio e Santo André, filiais de Nova Pompéia. A linha se prolongava até proximidades de Caxias do Sul. Pelo visto, com tantas mudanças de nomes, deve ser nas proximidades de Pinto Bandeira, criado distrito de Bento Gonçalves, em 15-1-1913.
Bate-e-Vira - É o mesmo que Batovira de Cima.
 Batista Fialho & Cia. - Empresa latifundiária e colonizadora em Lajeado. Em 29-5-1855, os vereadores de Taquari apreciaram seu requerimento solicitando um passo na Fazenda de Estrela, o que não foi concedido. A empresa se compunha de quatro partes: quarta parte de João Batista Soares da Silveira e Souza, outra quarta parte de Manuel Fialho de Vargas e duas quartas partes ou metade pertencia a Antônio Fialho de Vargas. Em 1862, a sociedade teve a razão social de Batista, Fialho, Pereira & Cia.
Batista, Fialho, Pereira & Cia. - Empresa imobiliária que se transformou em Batista, Fialho & Cia.
Batistini - Antigo passo em Paverama.
Batovira - 1. Linha colonial no distrito de Bela Vista do Fão, banhada pelo Arroio Batovira, com escola e moinho colonial, no primitivo território de Lajeado. Seu ponto turístico é a cascata de 8 metros. Em 1-7-1919 foi aberta uma Escola Federal, com 32 alunos, lecionando.
 
José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

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