Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dia do Diretor de Escola

Dia 11 de novembro é o Dia do Diretor de Escola.
O tal diretor autoritário, dono absoluto do poder, capaz de emudecer turmas de alunos, mais por força do medo do que por respeito; que cerrava os lábios porque sorrir ameaçava seu “status”, foi derrotado por um estilo de liderança mais comprometido com a democracia e com o humanismo.
Modernamente, em educação, o perfil desejável de gestão aponta para o compromisso com o desenvolvimento de ações e políticas construídas com o coletivo da comunidade escolar. O portão que não funciona, a goteira do telhado, o orçamento não escapam às suas competências...
Mas é na gestão do planejamento, das pessoas e na gestão pedagógica que as suas competências devem falar mais alto.
Mas, assim como há registros de gestores que passaram, em outros tempos, longe dos modelos autoritários e centralizadores, a atualidade nos mostra que, por vezes, reproduzimos modelos que nós próprios condenamos. A eleição de diretores é um bom exemplo. Ao mesmo tempo em que festejamos a conquista de um direito, mostramos nossa fragilidade em práticas apegadas a velhos paradigmas. De forma que vivemos uma transição entre o novo e o velho conceito de gestão, sem nos furtamos, no entanto, ao esforço de exercitar novos e importantes valores.
Parabéns aos diretores por este exercício de cidadania. Nossas esperanças naqueles que, como nós, lutam para melhorar sempre.


Profª Rejane Maria Thomas Ewald,
Secretária Municipal de Educação.

Bela Vista do Fão

O nome do Rio Fão é que originou a denominação da localidade. O nome do rio pode vir de fuão, forma sincopada de fulano, designação vaga de pessoa
incerta ou corruptela de “vao”, segundo dicionários antigos, para “fau” e “fao”.
A grafia centenar "Fuão", está n’ O Alto Taquari, de 5-2-1905. Este semanário anuncia venda de terras nessa nova colonização pela empresa imobiliária
Cavalheiro, Reuter & Dörken, em 1900.
Assim, nasceu Bela Vista do Fão, em 1904. Vieram migrantes de várias procedências étnicas, como alemã, libanesa, polonesa, mas a italiana predominou,
migrando a grande maioria de Garibaldi. O projeto foi a construção de uma estrada de ferro, passando por Lajeado, Bela Vista do Fão a Soledade e Passo
Fundo. Mais de meio século depois, surgiu a construção da BR-386.
Pelo Ato nº 273, de 12-12-1906, foi criado o distrito de Bela Vista do Fão, instalado no ano seguinte. O centenário destes acontecimentos está aí!
Um dos primeiros professores foi José Luís Gerhardt. Sua escola abriu em 16-9-1911. Mas, já existia aula antes dele.
A foto pode ser da década de 1930, quando havia em torno de 30 moradias.
Pelo Ato nº 125, de 12-11-1929, o nome foi simplificado para Fão, alterado em 31-3-1938, para Bela Vista do Fão, simplificado para Vila Fão em 29-11-1938.
Com a emancipação de Marques de Souza, passou a integrar seu território. Em 8-1-1999, entrou na Assembléia Legislativa com pedido de credencias para se
emancipar. Em 2006, a comunidade se mobilizou para retornar ao antigo nome de Bela Vista do Fão.

Pequenas Biografias

Álvaro Clímaco Machado Ribeiro
Álvaro Clímaco Machado Ribeiro foi militar, funcionário público estadual e subprefeito do distrito de Bela Vista do Fão.
Nasceu em 24-3-1900, em Porto Alegre, filho de Castorino Ribeiro e Maria A. Rosa Ribeiro. Seguiu a carreira militar, chegando a ser ordenança de Borges de Medeiros. Quando foi destacado para servir em Lajeado, era sargento.
Para propagar o Partido Republicano Liberal, Flores da Cunha o cedeu ao município de Lajeado, onde exerceu funções administrativas, sendo subprefeito de Progresso e Fão.
Em Bela Vista do Fão, o 1º Sargento Álvaro Clímaco Ribeiro foi presidente e instrutor da Sociedade do Tiro de Guerra n.º 144. Comunicou ao prefeito Oscar da Costa Karnal, em 17-7-1934, que a Escola Militar de Vila Fão havia sido incorporada à Diretoria Geral dos Tiros de Guerra, com sede no Rio de Janeiro.
Getúlio Vargas já tinha provado que não suportava a democracia, nem oposição. Sua equipe se deleitava da mesma filosofia. O modismo da época era o totalitarismo e a ditadura. Em campanha política, assassinou Orlando Fett, em Tamanduá, em 13-11-1935. Protegido pelo Estado Novo, o processo foi demorado. Condenado a 15 anos de prisão pelo Tribunal Eleitoral Regional, apelou e ficou solto por muito tempo, sempre protegido pelos políticos floristas. Percebia os vencimentos, galgava cargos mais elevados, mesmo afastado das funções. Só mais tarde, cumpriu parte da pena na prisão, sempre com regalias.
Faleceu em 1-7-1979, em Gravataí.

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