Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Rua Júlio de Castilhos em 1921

A foto aqui anexa também é de 1921, publicada no I volume de O Rio Grande do Sul, de Alfredo R. da Costa, em 1922, para o centenário da Independência do Brasil.
O primeiro núcleo central da antiga Rua Santo Antônio, denominado Rua Júlio de Castilhos, oficialmente, em 5-7-1902, situava-se em torno da Praça Marechal Floriano.
O segundo núcleo foi surgindo com a vinda da família Hexsel e outras, formando o núcleo da Comunidade Evangélica. Na primeira década, as famílias “protestantes” frequentavam o culto em Conventos, aonde as crianças iam na escola, os nubentes buscavam a bênção nupcial e os mortos eram sepultados. A primeira visita de um pastor na antiga Fazenda Lajeado foi em 21-9-1884, ao ser batizado Henrique Luís Kochenburger, filho de Pedro Kochenburger e de Isabel Grevenhazen. Em 16-1-1887, na Povoação de Lajeado, foi batizado Henrique Bernardo Berwig. Em 27-9-1894, em Lajeado, foi batizada Frieda Endres.
 A antiga igreja evangélica foi construída por 31 famílias associadas, em 1899. Lá, em 10-8-1899 iniciou o atual Colégio Evangélico Alberto Torres, sendo a primeira diretora Ernestina Ana Paulina Gans, mais conhecida por Paula Gans, que se casou em 18-4-1900 com Pedro Fett Sobrinho. A Igreja serviu de escola até 1906, quando foi construído o prédio próprio da escola. A atual torre da igreja foi inaugurada em 1928.
 Em 1893, João Augusto Hexsel instalou modesta oficina de ourivesaria, dando origem à empresa Hexsel S. A. Comercial Importadora de Utensílios Domésticos em Geral. A foto não é nítida, mas mostra um início muito modesto nas primeiras décadas de Lajeado. 
 
Pequenas Biografias
Otto August Hermann Grell
A Comunidade Evangélica de Lajeado recebeu a visita pastoral de vários pastores, especialmente de Conventos. Entre eles, podemos destacar Emil Albert Gottfried Gans, pastor itinerante, isto é, não oficial. Em Lajeado, ele incentivou as famílias na construção de um prédio que servisse de igreja e escola. Em 10 de agosto de 1899, sua filha Paula foi a primeira diretora da Escola Paroquial Evangélica, até se casar em 28-4-1900 com Pedro Fett Sbrº, mudando-se para a região de Passo Fundo (ou Santo Ângelo).
 A primeira assembléia das 21 famílias evangélicas de Lajeado tratou de organizar um cemitério próprio, em 1888, pois Conventos ficava muito longe. A solução foi demorada. Instalado o município em 25-2-1891, apenas em 1893 foi adquirida de Luís Schardong a área do atual  "Cemitério Velho”. Agora, pensou-se em local para a realização dos cultos. O projeto era construir uma igreja, escola e organizar uma comunidade, o que aconteceu depois da Revolução Federalista, em 1895.
Na organização da nova Paróquia Evangélica de Lajeado muito se deve ao Pastor Ludwig Hoppe, de Conventos. Quatro anos depois, estava pronta a construção da igreja-escola, inaugurada em 5-2-1899, ao custo de 13 contos de réis.
O primeiro pastor de Lajeado foi Otto August Hermann Grell, de 1900 a 1906. Atendia também as comunidades de Boa Esperança Baixa e Cruzeiro do Sul. Nesse período, foi diretor da Escola Paroquial Evangélica, hoje Colégio Evangélico Alberto Torres. Serviu, ainda, a Comunidade Evangélica de Estrela, de 28-6-1904 até 31-12-1905. Antes de ser transferido, inaugurou a primeira Casa Paroquial de Lajeado, em 4-2-1906, deixando um marco, agora centenário.
O pastor Grell nasceu em 2-3-1869, em Wieck, Pomerânia, na Alemanha, de onde foi enviado ao Brasil, em 1899, pela Sociedade Evangélica de Barmen (Evangelische Gesellschaft für die protestantischen Deutschen in América). Talvez, ainda em 1906, tenha regressado à Alemanha.  Por volta de 1937, se encontrava em Jarmen, Velschow, Ahlbeck, Leopoldshagen, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, onde poderá ter falecido.

Paulo Inácio Heineck
Esportista, empresário e vereador em Lajeado. Nasceu em 26-7-1934, em Lajeado, filho de Natalício Heineck e Irena Catarina Ewald. Casou-se com Jurema, tendo os filhos Débora, Isabela e Paulo Roberto. No Colégio São José cursou o primário, o ginásio e formou-se técnico em Contabilidade.
 Como profissional, galgou os diversos postos da Indústria de Balas Florestal, chegando a ser seu diretor comercial.
 Iniciou a vida de esportista quando estudante, sendo amador no Bairro Olarias. A seguir, passou a integrar os juvenis do Clube Esportivo Lajeadense, disputando partidas importantes, mesmo o Internacional de Porto Alegre. Depois de uma curta temporada no Concórdia de Roca Sales, novamente defendeu as cores do C. E. Lajeadense, em 1954, sagrando-se vice-campeão do Estado em 1955. Chegou a treinar no Grêmio Porto Alegrense, em 1957.
Assinou contrato de atleta profissional, em 1-9-1958, para receber o ordenado de Cr$ 1.500,00 mensais, tornando-se campeão estadual em 1959. Em 28-5-1961, defendeu as cores do Esporte Clube Cruzeiro, de Porto Alegre, chegando a excursionar na América Central, por dois meses.
Para não deixar sua empresa, preferiu retomar ao Lajeadense. Paulinho, como era mais conhecido, por não ter recebido, durante 10 anos, nenhuma punição por indisciplina, em 24-10-1967, recebeu o prêmio "Belfort Duarte" da CBD e FRGF.
Foi presidente da Câmara Júnior. Na 16ª Legislatura, de 31-12-1963 a 31-1-1969, assumiu como suplente pelo PL em exercício de vereador de Lajeado. Faleceu em 10-1-1998.
 

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