Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Há 100 Anos no Vale

 
Temos em nosso poder uma coleção encadernada das edições de 1908 do semanário O ALTO TAQUARY, fundada em 1-1-1901. Em seu oitavo e último ano já era de propriedade de João Batista de Melo, sendo Ernesto Barros o redator. A sede do jornal, oficina e redação iniciaram na Rua Bento Gonçalves nº 522 e se transferiram para a Rua Marechal Deodoro, em 1908, ano em que fechou.
A foto mostra o rosto deste primeiro jornal de Lajeado. Extraímos as principais notícias que ocorreram na região há exatamente um século:
* A edição de 5-1-1908 noticiou o baile do Ano Novo do Schützen Verein no Salão Franke, na esquina ao lado da Igreja Matriz Santo Inácio, em prédio demolido há pouco para preferir um posto de gasolina.
* Alfredo Augusto Siqueira é o promotor de Justiça de Lajeado, onde Ernesto Barros também tinha banca de advogado.
* A navegação pelo Rio Taquari se tornava cada vez mais intensa. Para facilitar o embarque e desembarque de cargas, em outubro de 1906 foi estabelecido o Trapiche Taquari em Porto Alegre por Jacó Arnt, Frederico Jaeger e M. Pereira & Cia. – cf edição de 5-1-1908 – Recebe cargas para General Osório (Muçum) e portos intermediários todos os dias úteis.
* Igualmente intenso era o transporte fluvial de passageiros. O vapor “Taquary” (Expresso) sai de Porto Alegre para Lajeado nas terças, quintas e sábados, às 6h da manhã. Regresso: quartas, sextas e domingos, às 6h da manhã. Já o vapor “Rio Taquary” sai de Porto Alegre para Lajeado nas quartas e sábados ao meio dia, com regresso nas terças e sextas às 6h da manhã. O vapor “Taquara” sai de Porto Alegre para Lajeado nas terças e sextas-feiras ao meio dia, com regresso nas quintas e domingos, às 6h da manhã. Ao que parece, nas segundas-feiras era feriado para a navegação.

Pequenas biografias

Abrelino de Magalhães Machado
Veio de Montenegro para Lajeado, talvez, por influência da Loja Maçônica, para prestar serviço público de certa relevância, o que carece de mais pesquisas. Possivelmente, a sua máquina fotográfica não fosse o motivo de deixar parentes e amigos para morar em Lajeado. Outros conterrâneos, como as famílias Rodrigues da Rosa, Heineck e Einloft, também vieram de Montenegro a Lajeado.
Abrilino nasceu em 1869, em Montenegro, filho de Luís Rodrigues Machado. Estava casado com Serafina Granier, tendo os filhos Lucival e Geni. Tais dados e foto nos foram fornecidos por sua parenta Zuleika Born, também montenegrina, filha de Augusto Jaeger Filho e Maria Luíza Machado Jaeger, casada com Werner Born.
Abrilino foi subintendente do 1º distrito de Lajeado, substituindo José Cristóvão Rodrigues, a convite de Júlio May, em 20 de junho de 1900. Coube-lhe a tarefa de auxiliar na mudança e instalação da sede do governo municipal para o seu prédio próprio. O Município havia alugado o sobrado da família Matte, na esquina da Rua Bento Gonçalves com a Marechal Deodoro, onde hoje está a entrada do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco. Depois de um decênio de aluguel, Júlio May construiu a Intendência própria, hoje Casa de Cultura.
Abrilino exerceu funções de intendente, de 9-2-1902 a 2-4-1902. Providenciou as cerimônias de sepultamento do intendente Júlio May e promoveu a eleição para o seu substituto Francisco Oscar Karnal. De Lajeado se transferiu para Taquari, cf O Alto Taquary, de 5-1-1908.

Beatris Francisca Chemin

É professora, advogada e escritora em Lajeado.
Nasceu  24-11-1957, em Sério, mas reside em Lajeado desde 1968. Casada com Rudimar Luís Compagnoni. Iniciou como datilógrafa no O Informativo do Vale, em 1973, tendo passado por diversos setores do Jornal até 1986.
Formada em Letras pela Fates, em 1980, e em Direito pela Unisc, em 1989, é especialista em Letras, na área de Língua Portuguesa, pela Ufrgs, em 1983, e em Direito Civil, área de Obrigações e Contratos, pela Unisinos, em 1995. É mestra em Direito, na área de Direitos Sociais e Políticas Públicas, pela Unisc, em 2001. Concluiu MBA em Gestão Empreendedora de Negócios, pela Univates, em 2008.
Trabalha como professora na Univates desde 1981, tendo lecionado em vários cursos e passado por vários cargos administrativos, como coordenadora do Curso de Letras e de Direito, dentre participações na Editora, nos Conselhos de Centro, no Conselho Universitário. Possui muitos artigos publicados em periódicos, além de produções técnicas, algumas em parceria com outros pesquisadores, outras solo. Destaque para os livros Constituição & Lazer: Uma Perspectiva de tempo livre na vida do (trabalhador) brasileiro, pela Juruá Editora, Curitiba, com 210 páginas, em 2002; Perfil dos operadores jurídicos do Vale do Taquari/RS, em 2005, pela Editora da Univates, em parceria; Políticas Públicas de Lazer – O papel dos Municípios na sua implementação, em 2007, pela Editora Juruá; Estudo do cenário do desporto e do lazer no Vale do Taquari/RS, em 2010, pela Editora da Univates, em parceria; Manual da Univates para trabalhos acadêmicos, também em 2010, pela Univates, em forma de e-book, atualizado em 2012, em 2ª edição. 
Faz comentários semanais, às sextas-feiras de manhã, na Rádio Univates FM, sobre temas gerais, enfocando principalmente a área do Direito. Atualmente, leciona nos cursos de graduação em Direito e Ciências Contábeis e em cursos de Pós-Graduação na área do Direito.  



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