Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Há 100 anos inaugurado Colégio São José

O Colégio São José, mantido pela Paróquia Santo Inácio e administrado pelos Irmãos Maristas, sob a direção do Irmão João Domingos foi inaugurado em 24-2-1908. Nada mais completo do que transcrever parte da notícia d’ O ALTO TAQUARY, de 1-3-1908:
Depois da cerimônia da bênção do estabelecimento pelo reverendo vigário (Pe. Pedro) Gasper, o mesmo sacerdote declarou inaugurado o colégio, saudando a data comemorativa  da proclamação da Constituição federal, para a qual teve elogiosas referências. Falou também o diretor do colégio (Ir. João Domingos Fattler). Prossegue:
Estiveram presentes F. Oscar Karnal, intendente de Lajeado; Dr. Alberto Rodrigues Fernandes Chaves, juiz da Comarca; Ernesto Barros, promotor público; Henrique João Batista Jaeger, inspetor escolar regional e demais autoridades e público em geral. A comissão de obras estava formada pelo padre Pedro Gasper, Pedro Kreutz, Pedro Ruschel, Ludwig Ewald e Carlos Spohr Filho. Já no primeiro dia se matricularam 19 alunos na 1ª classe e 25 na 2ª, todos externos.
As aulas iniciaram em 1º de março. No primeiro ano, houve a matrícula de 80 alunos, dos quais 20 estavam no internato, junto com quatros Irmãos Maristas e professores.
Em 6-3-1910 foi fundada a Associação dos Fundadores, composta por 30 de Lajeado, 22 de Conventos, 21 de Arroio do Meio, 17 de Arroio Grande,
10 de Forqueta, 25 de Santa Clara e 11 de Cruzeiro do Sul. Toda a construção custou 32:828$069 rs.

Pequenas biografias

Pe. Pedro Gasper, SJ
Foi um sacerdote do clero religioso, membro da Sociedade de Jesus e quinto pároco da Paróquia Santo Inácio de Loyola, em Lajeado, de 23-12-1906 a 18-2-1912. Coube-lhe construir, inaugurar e manter o Colégio São José dos Irmãos Maristas. Para as meninas já havia o Colégio Sant’Ana – hoje Madre Bárbara, desde 1897. Queria formar lideranças fortes e capazes.
Segundo anúncio publicado em alemão na edição anterior, o Colégio S. José teve as seguintes disciplinas: língua portuguesa e alemã, aritmética, geometria, geografia, história do Brasil, história natural, caligrafia, desenho, canto, etc.
A pensão é de 25$000 e paga-se adiantadamente. Cada pensionista pagará cada ano 5$000 para uso de cama, lavatório, etc. As despesas de médico, botica, livros, lavagem de roupa e qualquer outra extraordinária ficam por conta do aluno. Entrando no Colégio deve trazer os seguintes objetos: 2 casacos, 2 pares de calças, 1 par de sapatos ou botinas, 1 de chinelos, 2 pares de meias, 1 colchão, 1 colcha, 1 cobertor, 4 lençóis, 6 toalhas de mão, 6 lenços, 6 camisas, 4 ceroulas, 1 pente, escova de roupa, e escova de sapatos.
N.B.: Os alunos externos pagam no 1º curso 3$000 de mensalidade e no 2º curso 5$000 – cf O Alto Taquary, de 1-3-1908.
Dados biográficos do padre Kasper, são poucos. Trouxe em sua bagagem extraordinário amor pelo investimento na pessoa humana, na formação de lideranças e no desenvolvimento do que hoje se identifica por empreendorismo.

Dr. Irineu Mariani

Está ligado ao Vale do Taquari por ter atuado em Encantado, conhecido na região.
É advogado, juiz, desembargador, professor, compositor, maestro e escritor. Nasceu em Sobradinho, RS.
Formou-se em Direito em dezembro de 1976, na PUC-RS. Ingressou na Magistratura em 1982, tendo atuado nas comarcas de Butiá, Encantado, de 24-9-1984 a 15-10-1986, Caxias do Sul, Palmeira das Missões e na 3ª Vara da Fazenda Pública em Porto Alegre. Foi promovido ao Tribunal de Alçada em agosto de 1997. No ano seguinte, assumiu como Desembargador do Tribunal de Justiça. Além de compositor, é maestro do Coral da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul. Professor da Escola Superior da Magistratura do RS.
Em Porto Alegre lançou o livro Contratos Empresariais – Compra e Venda Empresarial, em 19-4-2007, com 409 páginas. Esta obra, tendo em conta a escassez, pode-se dizer que inaugura a doutrina em âmbito nacional. Registra uma nova forma de abordar as matérias, ou seja, a mesma dos acórdãos nos tribunais. No início de cada epígrafe, tem o leitor a ementa ou essência jurídico-legal, depois, assim como nos acórdãos, vem o desenvolvimento ou fundamentação, sem rodeios, indo "sempre direto ao ponto", como diz o autor em sua mensagem, o que permite ao interessado não só localizar com facilidade o tema objetivado, como também progredir rapidamente em conhecimentos.
 

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