Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
> Biografia
> Livros Publicados
Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Há 100 anos no Vale

Lideranças de Encantado leem O Alto Taquary

O ALTO TAQUARY, fundado em 1-1-1901, em Lajeado, em 1908, tinha como proprietário João Baptista de Mello e redator, Ernesto Barros.
A foto registra lideranças de Encantado lendo este jornal O Alto Taquary. O distrito era administrado pelo subintendente Antônio Pretto. Batista Lucca era conselheiro municipal (hoje vereador) em Lajeado, representando Encantado e seu irmão Guerino Lucca era subdelegado de Polícia. A menina é Julieta Pretto, filha de Antônio Pretto e que se casou com Pedro José Scarello.
Estamos extraindo as principais notícias que ocorreram na região há exatamente um século:
* A edição de 8-3-1908 tem como manchete principal a Eleição Federal. Com a renúncia de James Darcy na Câmara dos Deputados, em 2-4-1908 foi marcada a eleição sendo candidato do Partido Republicano o jornalista Evaristo do Amaral.
* O jornal O Independente de Porto Alegre estampa foto e matéria do coronel Francisco Oscar Karnal, intendente de Lajeado.
* O vapor Boa Vista, sob o comando de Augusto Jaeger, chocou-se contra uma draga do Estado no Rio Taquari. Seus 16 marinheiros se esmeraram
para tirar a água e salvar a carga.
* Foi animado o carnaval em Estrela e Lajeado, onde improvisados alguns carros, repletos de criançada alegre e turbulenta, percorreram as
principais ruas da vila, puxados por estrondoso zé-pereira. O Novo Diccionario de Cândido de Figueiredo, de 1899, define Zé-pereira como tocador
de tambor.
* Schützen-Verein de Forquetinha festejou primeiro aniversário, com 72 sócios, fundado em 23-2-1907.

Pequenas biografias

Francisco Pereira Rodrigues
 

Vereador em Taquari, advogado, fiscal do ICM e romancista.
Nasceu em 23 de abril de 1913, em Santo Amaro do Sul, General Câmara. Como bacharel em Direito pela Universidade de Cruz Alta e funcionário fazendário estadual atuou em várias cidades, onde logo se identificava com a comunidade. Por essa razão, foi vereador em Itaqui, de 1948 a 1952, em Taquari de 1952 a 1956, em Farroupilha de 1956 a 1960 e prefeito de General Câmara, de 1960 a 1964.
É notável sua contribuição cultural nos mais variados setores e entidades. Não foi colecionador de títulos e cargos. Participava ativa e gratuitamente em todas as reuniões, sempre contribuindo com idéias, projetos e soluções. Por isso, integrava diretorias ou exercia várias funções, sempre estimulando lideranças. Foi presidente da Estância da Poesia Crioula no período de 1988 a 1989 e da Academia Rio-grandense de Letras no período de 1990 a 1996.
Pertence às seguintes entidades: • Membro efetivo da Academia Rio-grandense de letras; • Casa do Poeta Rio-grandense; • Estância da Poesia Crioula; • Grêmio Literário Castro Alves; • União Brasileira de Escritores; • Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul; • Academia Sul-brasileira de Letras; • Sócio Benemérito da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel; • Membro Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
Aposentou-se como Fiscal do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias do Estado do Rio Grande do Sul.
Reside em Porto Alegre, onde completa 100 anos em 13-4-2013.


F. F. Rodrigues como escritor

Francisco Ferreira Rodrigues está a merecer dois destaques nesta página, pela sua longevidade e, neste espaço, pela sua fecundidade literária Não teve ainda o reconhecimento da mídia, que insiste sempre nos mesmos personagens, por falta de amplidão e profundidade dos que manobram os meios de comunicação.
Seu tempo de lazer e de aposentado Rodrigues dedica à produção literária.
Sua primeira obra foi Ciranda de Expectros Fatais, pela Livraria do Globo, Porto Alegre, em 1943, puxando um trem de 35 livros de poesia, contos e romances históricos e de ficção, a maioria. Poeta e escritor, historiador, a maioria das obras saiu pela Martins Livreiro Editor, destacando-se Cinceros de Sol, Quintilhas do meu Tear, Governicho e a Revolução Federalista, Os Degolados, O Último Sangue de 93, Os Libertários, Um Pedaço do Rio Grande, Desumana Solidão, O QG de Chico Pedro, O General, A Doce Alma Portuguesa, Uma página da História Rio-Grandense, Um Crime de Lesa-História, Troteada, A Cruz Maragata, entre outros. Seu último livro é Sonhos Mortos, em 2005. Em 2007, participou da 12ª Antologia Nossa Gente, da União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Sul, com as poesias Eu Sou... e Alvorada – ambas do livro inédito As Carpideiras. Tem mais de 100 artigos e crônicas sobre os mais diversos assuntos, contos, poesias, discursos, entrevistas, conferências em diversos jornais e revistas especializadas. Publicou ainda 6 antologias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário