Abrindo o Baú

 

Adeus, Tio Frei Boaventura Kloppenburg

Falamos do que está cheio o coração.

É bem isso o que me está acontecendo. Após dias de sofrimento e desenlace final, foi neste domingo de 8-5-2009, em Novo Hamburgo, a despedida daquele que foi meu ídolo ou herói desde a infância: Frei Boaventura Kloppenburg, OFM.

Com 15 anos de diferença, o então Unkel Josef – tio José – vinha em suas férias anuais de seminarista brincar com seus sobrinhos, em Hulha Negra. No esconde-esconde, eu não conseguia encontrá-lo. Em 1941, ele entrou na Ordem dos Frades Menores e não voltou mais. Para mim, ficou na expectativa de uma volta demorada, sempre lembrando dele, especialmente quando mandava cartas.

No final do meu 4º ano primário, meus pais comentavam muito a festa de sua ordenação sacerdotal. Para isso, as Irmãs do Colégio me fizeram decorar uma poesia em língua alemã. Num dos versos fizeram me prometer seguir o seu caminho para ser padre. A festa da sua Ordenação Sacerdotal foi em 6 de janeiro de 1946. Fui um de seus coroinhas, o que achei o máximo. Concluída a 5ª série primária, em 1947 entrei no seminário de Pelotas, com 12 anos de idade. Lá eu recebia do tio,  cartas que me incentivavam para o estudo. Finalmente, em 10 de dezembro de 1961, ele foi meu padrinho de ordenação sacerdotal.

Com os anos, Frei Boaventura seguiu seu caminho. Fez o doutorado em Roma, foi professor de Teologia Dogmática, dirigiu a Revista Eclesiástica Brasileira - REB. Fez a Campanha Nacional de Esclarecimentos pelo Brasil. Participou do Concílio Vaticano II. Foi assessor teológico no Vaticano; reitor no Instituto Pastoral
do Celam (Colômbia); aparou os excessos da Teologia da Libertação. Serviu como bispo auxiliar de Salvador da Bahia, depois bispo titular de Novo Hamburgo e,
enfim, seu emérito. De seus numerosos escritos, especialmente mais de 80 livros, destaco a última obra Creio na Vida Eterna, seu testamento espiritual.

De todas estas missões do tio eu estava a par. Destituído como professor em Petrópolis e da REB, pelo grupo de Leonardo Boff, Frei Boaventura encontrava-se lecionando na PUC-RS quando eu lhe levei a decisão de solicitar ao papa o pedido de laicização, após uma década de serviço à Igreja. Dotado de muita inteligência, de imediato entendeu que eu podia até ter vocação para o sacerdócio, seguindo o seu modelo, mas não tinha vocação para o celibato. Ele sempre
recebia de coração aberto nossa família e vinha para Lajeado nos visitar. Quando me aposentei e me dediquei a escrever livros, Frei Boaventura ficou feliz (foto)
com a minha proposta de escrever a sua biografia. Para isso, cedeu-me o seu arquivo particular e em três anos, publiquei o melhor de meus 14 livros: Frei Boaventura Kloppenburg, OFM – 80 anos por Cristo em sua Igreja, lançado em 1999. Em preparação para os seus 90 anos, o livro foi atualizado e lançado em
e-book, à disposição do mundo inteiro pela internet, o que o leitor poderá me solicitar pelo e-mail indicado nesta página, gratuitamente.

Esporte Clube Internacional

Entidade esportiva de Baixo Canudos fundada em 20-11-1966, sob a liderança de Irineo Heinle. O objetivo era reunir os esportistas para a prática do futebol amador e oferecer opções de lazer à comunidade.

A primeira diretoria ficou assim constituída: presidente Irineo Heinle, secretário Erni Bergmann, tesoureiro Ademar Costa. Conselho Fiscal: Cláudio Bergmann e Eldo Kern.

Uma década depois, em 9-6-1976, os estatutos foram registrados e assinados pelo presidente Cláudio Naher, secretário Laurindo Verruck, tesoureiro Arlindo Datsch. Membros do Conselho Fiscal foram: Ademar Costa e Harry Kern. Legalizada a entidade, no mesmo ano Raimundo Costa consentiu que parte de sua propriedade fosse cedida para a construção de um pavilhão de festas. Para isso, foi feito um mutirão entre a diretoria, associados e torcedores. A inauguração do pavilhão se deu em 24-7-1977, com reunião dançante, cujo lucro cobriu as despesas pendentes.

No mesmo ano de 1977, a entidade se filiou à Liga Lajeadense de Futebol Amador. Embora não contratasse jogadores de fora, participava nas competições. Em 1979, com 50 associados, a entidade era dirigida pelo presidente Cláudio Naher, vice-presidente
Irineo Heinle, secretários Laurindo Verruck e Alci Schmidt, tesoureiros Arlindo Datsch e Ivo Wunder.

Frei Pedro Knob

É sacerdote e frade franciscano. Nasceu em 27-6-1929, em Pontes Filho, então Estrela, filho de Cristiano José Knob e de Otília Schneider

Depois de cursar o antigo curso ginasial e colegial no Seminário Seráfico São Francisco, em Taquari, em 1-2-1948 ingressou na Ordem dos Frades Menores no Convento São Boaventura, em Daltro Filho, onde perfez o noviciado e cursou a filosofia, por três anos. Seguiu para Divinópolis, MG, onde estudou teologia por mais quatro anos, concluindo com a ordenação sacerdotal. A pós-graduação em teologia fez no Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, de 1955 a 1958.

Entre as diversas obras publicadas, destaca-se História dos Franciscanos no Rio Grande do Sul, A Missão Franciscana no Mato Grosso e, mais recentemente, Poço das Antas - Primeiro lugar no Ranking de Alfabetização.

Faleceu em 2000, sepultado no cemitério externo do Convento S. Boaventura, em Daltro Filho, Imigrante. 

Onde você está hoje?

Recordar capas de revistas da região está recebendo apoio de muitos leitores.

Da coleção que temos no arquivo, a Revista Stalo nº 31, de março de 1986 traz a capa de Sandra Körner(foto da direita), eleita Rainha das Piscinas do Vale 1986. Nasceu em 4-8-1970, em Arroio do Meio. Também foi Rainha do Cinqüentenário de Arroio do Meio.

A mesma revista Stalo, nº 32, de abril de 1986, publicou na capa a foto de Adriana Sieben(foto da esquerda), então com 18 anos, manequim profissional. Foi um brinde pelos 35 anos da Rádio Independente.