Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sábado, 15 de outubro de 2011


Transporte coletivo

Em 1926, com apenas 20 anos de idade, João Carlos Weiand, talvez primeiro mecânico em Santa Clara do Sul, ampliou sua oficina e lá estabeleceu a subagência da Ford, vendendo o primeiro Ford 1926 a Edmundo Arenhart. Em 1928, adquiriu a parte do médico Dr. Frederico Eggler e buscou solidificar a empresa. Sobre um chassis de caminhão Ford montou uma carroceria coberta de toldo, com bancos inteiriços e abertos pelo lado, com estribo e porta-bagagens: foi o primeiro caminhão de passageiros de Santa Clara.
Ao iniciar a década de 1930, um novo surto de colônias novas no planalto missioneiro estava desafogando o superpovoamento de algumas linhas coloniais, como Santa Clara. Aqui as terras estavam ficando cada vez mais caras e retalhadas para os numerosos filhos da zona rural. Carlos Weiand foi o pioneiro no transporte de mudanças de numerosas famílias para Criciumal, Três Passos, Três de Maio, Tenente Portela, Humaitá e arredores. Os mais pobres levavam semanas de carroça.
Em conseqüência também surgiu o transporte de passageiros, mesmo que diminuísse o fluxo migratório, mas se intensificava o intercâmbio entre familiares e parentes das colônias novas e velhas. Em 10-11-1941, Carlos Weiand requereu na Prefeitura a linha entre Santa Clara e Forquetinha, passando por São Bento e Conventos, nas terças e sextas feiras.
 Durante a II Guerra Mundial faltou gasolina e a solução engenhada foi a adoção do gasogênio, à lenha e carvão. Manteve suas linhas de ônibus até 1950. Vendeu os ônibus para adquirir uma frota de caminhões de carga. 

Pequenas biografias
  
Padre Érico Jacó Schmitz
O padre Érico Jacó Schmitz foi o décimo terceiro pároco da Paróquia de Santo Inácio de Lajeado. Nasceu em 19-5-1921, em Bom Princípio (RS), filho de José Luís Schmitz e Otília Margarida Ausst. Em 1934, entrou no Seminário Conceição em São Leopoldo. Concluídos os cursos de Filosofia e Teologia, ordenou-se sacerdote, em 30-11-1946. Depois de atuar em Porto Alegre, Herval e Esteio veio para Lajeado em 15-1-1956. Deu um novo impulso às obras da igreja matriz, concluir as duas torres e pintura externa, inaugurando-a em 19-4-1958. Construiu o Pavilhão Paroquial, inaugurado em 3-12-196l. Exatamente quatro meses depois de ter adquirido um órgão novo e moderno para a igreja, veio um tufão varrer o centro da cidade de Lajeado, na manhã de 1-9-1967. Houve 5 mortes e 122 feridos. Foi reconstruído e reinaugurado o pavilhão, em dezembro de 1971. Ao retomar de Roma, depois de um ano de estudos, foi eleito sucessor de Ney Arruda como presidente da Associação Pró-Ensino Universitário no Alto Taquari - APEUAT, em 4-4-1968. Em 1969, iniciou o curso de Letras e, em 1970, os cursos de Economia e Ciências Contábeis. Após 23 anos de pároco em Lajeado, em 4-2-1979, transferiu-se para Santa Cruz do Sul. Depois de 11 anos de magistério superior na APEUAT e FATES, Pe. Érico deixou também o Campus Universitário de Lajeado, em fevereiro de 1980. Após vários anos de sofrimento, seqüelas de um violento acidente de trânsito ocorrido em Santa Cruz do Sul, Pe. Érico veio a falecer em 1-2-1998, em Bom Princípio. Ainda não tem nome de rua ou escola.
 
Biblioteca doméstica?

Se a Copa 2006 não trouxe para o Brasil o canecão do Hexa, valeu pela tecnologia da informação instantânea e conhecimentos que ocorrem pelo mundo. Particularmente, é impressionante um monumento em Berlim, que representa uma enorme pilha de livros. É uma homenagem aos escritores e poetas de sua pátria.
 Aqui no Brasil não precisamos imitar os alemães na construção de um monumento de livros. Dos imigrantes herdamos a leitura de livros, almanaques, revistas e jornais como um lazer à noite e em fins de semana e feriados. Apesar das dificuldades na aquisição de livros e assinatura de jornais, havia na maioria dos lares uma pequena biblioteca doméstica. Também nas paróquias, vilas e sociedades foram fundadas bibliotecas. Lia-se muito mais que hoje.
 Os meios modernos de comunicação trocaram este lazer da leitura por outros lazeres. Além do exemplo de pais e professores, as feiras de livros - Lajeado Leitor e outras promoções estão incentivando a leitura.
Também o lançamento de livros em nossa região é um estímulo. Em 6-7-2006, no Unicshopping, o neurocirurgião Marcos Rogério de Castro Frank publicou seu segundo livro, "Sempre aos Sábados". É uma coletânea de 82 crônicas selecionadas e publicadas em O Informativo do Vale, sempre aos sábados, desde 1997. No dia 15, será a vez novamente em Encantado para um novo lançamento de livro. A Academia Literária do Vale do Taquari – Alivat reúne escritores da região. Uma de suas propostas é popularizar o livro, impresso ou virtual, bem como interagir o leitor e escritor.

José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

Um comentário:

  1. A cada dia que passa esse blog fica mais completo e mais interessante. Só poderia ser obra de nosso querido escritor e historiador Pro. Schierholt.
    Um grande abraço
    Miriam Biottega Dullius

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