Abrindo o Baú

Construção do Parque da Fenal

Fenal é a Feira Nacional de Laticínios e Exposição Agropecuária que se realizou em Lajeado, no seu 75° aniversário de emancipação política, nos dias 1° a 16-10-1966, sob a direção geral de Nilo Rotta e Lauro Matias Müller.

 Para a sua realização, primeiro foi construído o Parque. A foto mostra o início da construção. Da esquerda para direita estão: Dalton de Bem Stumph, prefeito municipal; Ildo Meneghetti, governador do Estado; Ney Santos Arruda, presidente da Câmara de Vereadores e Nilo Rotta, empresário. Apenas Arruda está entre nós, lutando pela Vida. Os demais partiram aos páramos edênicos. 

O engenheiro Ildo Meneghetti sempre se interessou por Lajeado. Merece o nome de rua nesta cidade. O pavilhão principal e todo o espaço físico adjacente tomou o primeiro nome de Parque da Fenal. Predominou a denominação de Parque do Imigrante, a partir de 1975.

Por vários anos, no mesmo espaço, também houve várias edições do Rodeio Crioulo de Lajeado, dentre as quais algumas se destacaram sobremaneira, como o 4° Rodeio. Mais de 17 CTGs acamparam em 80 barracas: 10 mil pessoas assistiram ao rodeio de Lajeado, foi manchete de capa da Zero Hora, de 30-4-2003.

Feira Nacional de Alimentação foi a denominação dada na reativação da Fenal, em histórica decisão tomada, oficialmente, na reunião de diretoria da Acil, empresários e autoridades municipais, em 31-8-1981. No maior parque de eventos da região, com área de 62 mil m², três ginásios de esporte, pavilhão para exposição agropecuária e um restaurante, realizam-se as exposições da Expovale, Construmóbil - Feira da Construção Civil, Mobiliário e Decoração do Vale do Taquari  e outros grandes eventos.

Aportuguesamento de nomes e sobrenomes

Com certeza, às vezes, o leitor se dá conta que nesta página uso nomes e sobrenomes de pessoas falecidas em desacordo com o que consta nos documentos pessoais. Aqui vai o esclarecimento: Conforme o Formulário Ortográfico – Instruções para a Organização do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor desde 12-8-1943 - os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns.

 Se as pessoas forem vivas, para salvaguardar direitos individuais, quem quiser manterá em sua assinatura a forma consuetudinária. Ao falecerem, não há como requerer... Entra em vigor o aportuguesamento. Convidamos o leitor a abrir, por exemplo, Enciclopédia Mirador Internacional e buscar nomes e sobrenomes, como antes de 1943 se escreviam: Moraes, Manoel, Arthur, Villa Nova, etc. Assim, corretamente, grafa-se Manuel Deodoro da Fonseca, Prudente de Morais, Artur Bernardes, Artur da Costa e Silva, Davi Canabarro.

Desta forma, devem ser aportuguesados os nomes e sobrenomes: Jacob para Jacó, Baptista de Mello para Batista de Melo, David Canabarro para Davi Canabarro, Felipe ou Philipp para Filipe, Johann para João, Anna para Ana, Aloys para Aloísio, Peter para Pedro, Georg para Jorge, Franz para Francisco, Villa Nova para Vilanova, Andréas para André, Wilhelm para Guilherme, Heinrich para Henrique, Margareth para Margarida, Mathias para Matias, Ludwig ou Luiz para Luís, Vianna para Viana, Menna para Mena, Telles para Teles, Teophilo para Teófilo, Ayres para Aires, Villarinho para Vilarinho, Vasconcellos para Vasconcelos, Netto para Neto, etc.

Pequenas biografias

Dr. Décio Pellegrini

Foi advogado, promotor de Justiça e o 10° Juiz de Direito em Lajeado.

 Filho de Francisco Antônio Pellegrini e Rosalina Jacobus Pellegrini, nasceu Décio em Rio Pardo, em 12-01-1901. Colou grau em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, em 26-12- 1924.

Em 16-8-1926, foi nomeado promotor de Justiça em Lajeado, onde se casou em 22-9-1928 com Regina Gravina (* 14-2-1910, + 10-8-2001), filha de Carlos da Silva Gravina e Maria Orfelina Marques Gravina.

Nomeado Juiz de Direito de Soledade em 4-5-1929, foi transferido para Camaquã em 14-7-1931 e, três meses depois, assumiu a comarca de Lajeado, em 29-10-1931. Em quase 7 anos de convivência nesta cidade, angariou muitas amizades, participou da vida cultural e social da cidade.

Em 8-8-1938, foi promovido para a 3ª Entrância, em Pelotas, da onde se transferiu, por merecimento, para o Juizado da 4ª Vara, em Porto Alegre. Em 8-9-1944, foi promovido a Desembargador, eleito vice-presidente do Tribunal de Alçada, em 1954, e Presidente, em 1959, função que exerceu até 1967. Na sessão de 15 de março foi homenageado, com uma carreira judiciária fecunda e modelar, venerável e tranquila.

 Faleceu em Porto Alegre, em 28-12-1967.

Lajeado demorou mais de duas décadas para reconhecê-lo e homenageá-lo com nome de rua, o que fez por sugestão do autor desta página, como consta em O Informativo, de 21-8-1990.

Dr . Décio Pelegrini é nome do beco mais curto da cidade, no Bairro São Cristóvão, conforme a Lei nº 4.567, de 17-12-1990. Inicia na Rua 11 de Junho e entra no estacionamento privativo do UnicShopping. Tem apenas três endereços.

 

Resgatando Nomes Primitivos

Arroio Nova Alemanha -  É o mesmo que Araguari.

Arroio São Jacó - Servia de limites para a linha colonial de Palmas.

 Assalto - Festa de aniversário e afins que se realizavam de surpresa ou improviso em casa de amigos e familiares.

Atalho - 1. Arroio, com vertentes na Linha Atalho, no município de Marques de Souza. Desliza pelos morros por mais de três quilômetros, banha a várzea e se lança no Rio Forqueta, um pouco acima da cidade de Marques de Souza. - 2. Morro e linha colonial de Marques de Souza. Também é conhecida por Picada Atalho.

Auler - Pequena linha colonial encravada entre os municípios de Lajeado, Forquetinha e Marques de Souza, numa divisa de apenas 200 metros de extensão, entre a BR-386 e a margem direita do Rio Forqueta.

 B-a-bá - Bloco carnavalesco de Lajeado formado por jovens da elite local - conforme A Semana, de 11-3-1935.