Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ginástica do Lajeadense Turnverein

Mais outra foto de Walter Hugo Schlabitz, barbeiro, empresário comercial e esportista em Lajeado, nos faz recordar atletas de Ginástica do Lajeadense Turnverein, talvez de 1926.
Os sete atletas da foto são, da esquerda para direita: Norberto Schlabitz (depois escrivão em Arroio do Meio); um Rohenkohl; Hugo Kirsch; Luís Kirsch (mais conhecido por Lulu, que faleceu há pouco); Waldemar Schlabitz (que foi cronista e memorialista no jornal O Informativo); Helmut Grün e Arnaldo Matte.
O Lageadense Turnverein Jahn ou Sociedade Ginástica Lajeadense foi fundada em 1-6-1896. Rodolfo Apelt, Emílio Schlabitz, Carlos Kollet, Fernando Einloft e Guilherme Plein são nomes lembrados na prática de esporte no potreiro de Cristiano Schmidt. Este campo foi cedido, uns 15 anos depois, para o futebol do Clube Esportivo Lajeadense.
No centro da vila, em dependências cedidas por Francisco Morsch, na Rua Júlio de Castilhos nº 420, atletas praticavam ginástica de barra, paralelo e anterofilia.
Com a demolição do histórico sobrado de Antônio Fialho de Vargas, os tijolos e pedras serviram para a construção de sua sede própria, pré-inaugurada em 3-2-1923, solenemente inaugurada em 24-6-1923. No seu 40° aniversário, foram homenageados os fundadores ainda vivos: João Mate Sobrinho, Carlos Einloft, Júlio F. Born, Guilherme Einloft, Pedro Jahn e João Zart Sobrinho, conforme A Semana, de 15-6-1936.
A entidade foi incorporada depois a outras entidades, todas ancestrais do Clube Tiro e Caça. A letra "g" indica a origem da denominação Lageado, antes da Ortografia de 1943.


Recuperar o Parque do Engenho

Levei um susto quando li na imprensa Manini apresentou a proposta de fechar o canal do Engenho, na extensão ao lado da lagoa, a ser recuperada pelo CTC. Tal sugestão deve-se ao fato de que o Parque do Engenho representa parte da história de Lajeado. Só foi um susto inicial. Homero Manini, dinâmico presidente do Clube Tiro e Caça, no seu 90° aniversário, se refere ao fechamento de um canal como se fosse extinguir o próprio Arroio do Engenho.
O Arroio do Engenho teve como sua primeira denominação Arroio Lajeado, que deu origem ao nome da Cidade e do Município. Primeiro, perdeu o nome. Até já foi apelidado Okse-Bach, o que em alemão quer dizer, arroio ou lajeado do boi. Por quê? Os carroceiros vinham do interior para levar seus produtos rurais a então Vila de Lajeado, conduzindo os bois para tomar água no arroio. Em segundo lugar, nos últimos anos, perdeu a característica de arroio, transformado em canal. Aliás, na extensão da Avenida (Dr.) Décio Martins Costa, o arroio não é mais visto. Está encoberto. Só reage e mostra sua força quando dá uma enchente.
O arroio serviu, desde 1862, por quase 90 anos, para movimentar o primeiro engenho de madeira e moinho de Lajeado. Desativados, a represa e o lago serviram como cartão de visitas. Entretanto, indústrias e moradias ribanceiras transformaram o arroio num canal de esgoto a céu aberto. Um crime público contra a natureza. O esgoto industrial e cloacal deve ser tratado. Só uma canalização de esgoto, específica e exclusiva, junto ao leito do arroio, poderá impedir o seu contato direto com suas águas.

Pequenas biografias
 Padre Davi Groth
Ele foi um sacerdote do clero secular, pároco em Santa Clara do Sul, de 1941 a 1956, quando distrito de Lajeado.
Foram quase 16 anos de dedicação à paróquia de Santa Clara. Primeiro, cuidou do visual da igreja e casa paroquial, construiu o muro e escadaria defronte à igreja (1941). Depois, empenhou-se para trazer as Irmãs religiosas para dirigir e lecionar na Escola Paroquial (1942). Consagrou o altar-mor da igreja matriz (1942). Promoveu as Santas Missões (1948). Entregou às Irmãs da Divina Providência a direção do Hospital (1950). Reformou a igreja matriz (1950). Reorganizou o Apostolado da Oração (1952). Atendeu também as capelas.
Foi, pois, muito dinâmico e batalhador. Se sua ação pastoral agradasse ao bispo diocesano pela fidelidade e severidade na observância das normas, moral e bons costumes, por outras lideranças o pároco foi considerado um fundamentalista. Ele exigia obediência, de preferência cega e absoluta, a tudo quanto ele determinava, em nome da Igreja, ou mesmo em nome pessoal, o que sempre considerava como emanada da própria Igreja, quer dizer, nem sempre o povo sabia distinguir, se eram determinações suas, do bispo ou do papa. A sua arma de ação era o púlpito, de onde partiam todas as ordens, o que muitas vezes impedia o pleno exercício na democracia e na liberdade das pessoas em viver na sociedade. Candidatos a cargos eletivos que fossem evangélicos ou não fossem católicos praticantes, eram repelidos em público. Por essas razões, várias lideranças empresariais, como Weiand e Brönstrup, deixaram  Santa Clara e migraram para outras cidades.
 
Resgatando Primitivos Nomes

Barra do Dudulha - Linha colonial na margem esquerda do Rio Fão, junto à Picada Vitória, no município de São José do Herval. Já foi palco de um combate, na noite de 12 para 13-9-1932, na Revolução Constitucionalista, entre as forças do General Candoca, vindas de Soledade e a Brigada Militar, vindas de Porto Alegre, via Lajeado e Marques de Souza.
Barra do Fão - Linha colonial e povoado em Pouso Novo, aonde o rio Fão perde o nome e se lança no Rio Forqueta.
Barra do Orlando - Linha colonial em Marques de Souza, impropriamente denominada Barra da Orlanda e Barra Holanda. Também foi conhecida por Wormspikade ou Picada Worm. A comunidade luterana São João teve sua capela de alvenaria inaugurada em 12- 3-1931. Pertencia ao primitivo território de Lajeado.
Barra Seca - Linha colonial em Progresso, próximo à Campo Branco. Pertencia ao primitivo território de Lajeado. .
Barrinha - Núcleo colonial de Progresso. Pequeno arroio afluente de Arroio ou Lajeado do Meio. É o mesmo que Arroio Paulo.
Barrinha do Roncador - Afluente do Rio Fão.
Barro Preto - Linha colonial e povoado em Pouso Novo, à esquerda da BR-386, onde nasce o Arroio (do) Leite. Lá Mateus Mariano Nunes foi o primeiro professor da escola, em 1920, com 22 alunos. A estrada entre Vila Fão e Medorema foi construída em 1926, pelo empreiteiro Júlio Cornelius. A capela de Nossa Senhora do Caravágio é de 28-5-1949, com 50 famílias associadas.


José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

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