Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Piqueniques no Florestal

Os amigos casal Ilga Grün Schlabitz (de saudosa memória) e Walter Hugo Schlabitz, barbeiro, empresário comercial e esportista em Lajeado, me emprestaram algumas fotos antigas sobre Lajeado. Qualquer leitor pode contribuir. As fotos são devolvidas.
Nesta edição está registrada a foto dum piquenique na orla da Floresta, junto à estrada, hoje Av. Benjamin Constam. Quantas histórias de amor de nossos avós aconteceram no Florestal...
Um dos lazeres, na época, era uma saborosa galinhada ou distribuição de doces e bolachas, com gasosa e cerveja, fabricada por João Matte Sobrinho, onde hoje está o Posto Faleiro.
 João Zart divulgava os "Pic-nic" promovidos pelo Lageadense Turnverein Jahn, em seu potreiro ou boIão, tiro ao alvo, jogos de discos, danças ao ar livre, etc., promovidos pelo Clube Recreativo do Comércio, hoje Clube Tiro e Caça.
Quem queria uma casa nova de madeira, aberturas, mesa, cadeiras, bancos e armários, procurava a oficina de Ernesto Miguel Schrnidt, hoje lembrado pela Travessa Cristiano Schmidt. Havia também o potreiro de Cristiano Schmidt. Ali, homens e rapazes jogavam futebol. Moças se juntavam para uma partida de tamborim ou torcer por jogadores. Jogo de cartas e rodadas de cuca alegravam o ambiente.
 Na quadra defronte ao Melinho, havia o campo de futebol do Clube Esportivo Lajeadense, bem mais tarde transferido para o atual Estádio do Florestal.
 O citado "parque" foi denominado "Florestal" porque na entrada foram colocados dois postes com a placa Florestal. Lazer, esporte e ecologia são os ingredientes que originaram o Bairro Florestal.
 
Hoje é Dia do Catequista

À primeira vista, pode parecer estranho e inusitado um Editorial sobre este assunto em jornal. A reflexão é de máxima importância para os dias que vivemos. A onda de guerras, crimes banais, assaltos e sequestros constantes, roubos e furtos por toda a parte, mais de 150 políticos na área federal envolvidos em mensalão, sanguessugas, quedas de ministros e noutras trapaças, um encobrindo o outro, juízes e desembargadores, policiais, advogados, professores, pedofilia no clero... tudo isso é demais que está acontecendo!!!
Alguma coisa errada está ocorrendo, há muito tempo!
É pura falta de expectativa espiritual. Quem não crê no depois, se desgraça no agora! Não importa qual a crença.
O que importa é ser, viver e alimentar uma crença, uma religião!
 Os pais devem ser os primeiros catequistas de seus filhos. Como dar catequese, ensinar valores espirituais e morais. Se os pais se sentem desorientados na formação espiritual de seus filhos? Hoje é nosso dia! Com minha esposa, somos também catequistas voluntários. Temos grupos de pais que se reúnem, no decorrer do ano, para nos orientarmos mutuamente, pelo bem de nossos filhos. E você? Não está preocupado? Concorda que os incompetentes, omissos e desqualificados tomem conta na vida social, política, educacional, econômica dos nossos filhos, crianças e jovens?
Afinal, qual é o legado e o futuro que vamos deixar às gerações que nos sucedem. O Dia do Catequista, afinal, é um dia como qualquer outro? Se você é pai, mãe, educador, professor, líder comunitário, hoje também é o seu dia!
Não deixa o trem passar e a história seguir, sem embarcar...

Pequenas biografias

Dr. Manuel Orfelino Tostes

Ele foi juiz de Direito de Taquari e, nesta função, juiz substituto em Lajeado.
Filho de Antônia Gonçalves Meireles e do padre Manuel Joaquim Tostes, Manuel nasceu em 31-3-1863, em Encruzilhada. Teve uma infância muito perturbada, pois seu pai tinha sido ordenado sacerdote em 1856 e nomeado coadjutor da freguesia de Santa Bárbara da Encruzilhada, onde o padre conheceu Antônia Gonçalves Meireles, convivendo com ela clandestinamente.
 Sendo o Catolicismo a religião oficial do Estado, os padres eram considerados funcionários publicos, percebendo um salário muito baixo. Como hoje, o celibato já era obrigatório. Caso deixassem oficialmente o ministério e casassem, incorriam em excomunhão!!!
 Por isso, mais de 90% do clero diocesano vivia maritalmente na clandestinidade. A solução encontrada era a mulher e filhos viverem em Porto Alegre ou cidade vizinha à sua, onde mantinham uma vida familiar de freqüência irregular, mas constante.
Em Porto Alegre, Manuel concluiu os estudos preparatórios, seguindo para a Academia de Direito em São Paulo, onde colou grau em 4-12-1886. Depois das férias, foi nomeado promotor de Justiça em Taquari, em 2-3-1887. No ano seguinte, foi nomeado Juiz Municipal em Taquari pelo Imperador Dom Pedro II. Proclamada a República, foi nomeado Juiz de Direito de Taquari, de 10-3-1892 a 4-11-1905.
Nesse período, Dr. Manuel instalou a nova Comarca do Alto Taquari, com sede em Lajeado, em 15-10-1903, atendendo também esta comarca como Juiz Substituto, até a posse de seu titular, Dr. Alberto Juvenal do Rego Lins.
Dr. Tostes assumiu a Comarca de São Leopoldo em 1-12-1905. Em 8-10-1910, foi removido para Porto Alegre.
Em 5-6-1914, foi nomeado Desembargador do Superior Tribunal do Estado, aposentando-se em 16-05- 1917. Casado com Maria Constança Caillard Viana, em 28-01-1891, teve 11 filhos.
 Dr. Tostes faleceu em 1919.

Resgatando Primitivos Nomes

Barra das Tocas - Linha colonial no distrito de Fão, onde o Arroio das Tocas tem sua foz no Rio Fão. V. Tocas.
Barra do Araguari - Linha colonial de Canudos, junto à foz do Arroio Araguari no Forquetinha. Pertencia ao primitivo território de Lajeado.
Barra do Arroio do Meio - 1. Primeiro nome da cidade de Arroio do Meio. - 2. Antigo passo e porto no Rio Taquari, na foz do Arroio do Meio, onde há o balneário da cidade e se encontram as ruínas de uma maxambomba.
Barra do Coqueiro - Linha colonial em Coqueiro, aonde se celebrizou a imagem da Nossa Senhora do Loreto, de madeira, trazida da Itália em fins do século 19. A origem da devoção se deve à residência de alvenaria de Maria, Mãe de Jesus, que de Nazaré foi transladada para Loreto, na Itália, em 1294, ano em que os cruzados foram expulsos pelos muçulmanos na Palestina. Por isso, essa transladação deu o título de Nossa Senhora de Loreto, padroeira dos aviadores e, na Itália, protetora dos doentes. O que de fato aconteceu foi a demolição da casa por uma família bizantina e o transporte de suas pedras para Loreto, onde foi reconstruída, servindo de capela e santuário. Esculpida em cerne, a madeira da estátua foi escurecendo, o que não combinava com as vestes alvas que a cobriam. Lá por 1925, a estátua foi pintada de branco, para combinar com o vestido branco, cor da Virgem. Uns 25 anos depois, Ana Sfoglia revestiu a imagem com nova tintura branca, sem arte, o que foi interpretado e visto aos olhos petistas de hoje, como Frei Albano Bohn, como racismo. (V. Zero Hora, de 4-12-2002).

José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

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