Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


29 de Outubro é o Dia do Livro

Além do Dia Nacional da Juventude, amanhã é o Dia Nacional do Livro.
Como autor de 14 livros impressos e mais três em CDs sinto-me muito à vontade de falar sobre a importância do livro, ainda em nossos dias.
Já se disse alhures, que o cinema é considerada a sétima arte, e por extensão, os demais mídias de som e imagem, mormente a TV.
Então o livro ocupa um dos primeiros graus entre as produções artísticas do homem, pela sua antiguidade, longevidade e alcance.
Os primeiros livros foram manuscritos, em rolos de pergaminho, o que os gregos chamavam de Biblos, a origem das palavras Bíblia, Biblioteca, bibliografia, bibliofilia, bibliopirata e demais derivados.
O excesso de uso da televisão, em nossos dias, deixando de lado o livro e a mídia impressa, faz com que surjam movimentos como as Feiras de Livros, Projeto Lajeado Leitor, Leitura no Parque, Galeria Itinerante dos Escritores, só para citar os eventos realizados pela Secretaria de Educação de Lajeado, cujos objetivos é um retorno ao Livro, como lazer e meio de informação.
O Livro virtual ou em CD está entrando na moda. Remeti meu “Dicionário de Próprios Municipais de Lajeado” ao amigo Lênio Marobin, que trabalha em Londres, desde 1998. Eis sua opinião sobre a obra:  Livro de Lajeado: Me faz lembrar da Enciclopédia de Londres, que traz a história de todos (?) os nomes de ruas, praças, logradouros em geral.
O Dia do Livro, pois, nos provoca reflexões. É cada vez mais difícil alguém livrar-se da dependência da TV, em prejuízo do livro, revista e jornal. O contato do escritor com seu leitor é uma das formas de resgatar a leitura. Para isso, os exemplos dos pais e professores são fundamentais e decisivos.

Vila Olga como Centro Político


Há 7 anos Vila Olga foi demolida, em 25 de outubro de 1999, na calada da madrugada, pelo seu proprietário Ivo Dominickus Scherer, com aprovação do poder público municipal. Foi tudo muito rápido, sem ruído, nem eco. A imprensa calou o fato. Um mistério pairou no ar! Como no seu espaço já se ergueram outras construções, Dona Olga fica para ser lembrada em fotografias e nas páginas da história. A última foto de Dona Olga o leitor está aqui olhando. Foi tirada pelo autor deste registro, uns dias antes do tombamento. No alto do sobrado, em círculo oval, está gravado em relevo VILA OLGA. Vila Olga foi o palacete residencial de Bruno Born, empresário industrial e comercial, duas vezes prefeito municipal de Lajeado e deputado federal. Sua construção se deu em 1934, localizada na Rua Júlio de Castilhos nº 1.162, defronte ao Mercadão IMEC. O nome Vila Olga foi uma homenagem à esposa de Bruno Born, dona Olga Neumann, depois Primeira Dama do Município. Por muitos anos, foi a casa mais luxuosa e ampla da cidade. Em suas dependências nasceram grande projetos em benefício de Lajeado e região, como a BR-386, a ponte sobre Lajeado-Estrela, o Belvedere de Lajeado, algumas estradas do interior e outros. Vila Olga hospedou deputados, secretários estaduais, governadores, desde o interventor Osvaldo Cordeiro de Farias até Leonel Brizola, bem como o próprio vice-presidente da República João Goulart. Em vez do poder público pôr sob sua guarda e tombar como patrimônio, para conservar e proteger prédios históricos, a Vila Olga foi tombada, literalmente demolida, numa rapidez impressionante. Sem lei de cunho preservacionista, vamos perder todos os prédios mais antigos.

Foto: Vila Olga – Dias antes de sua demolição em 25-10-1999.

Pequenas biografias

 Monsenhor Filipe Diel 

É uma biografia quase desconhecida no Vale do Taquari. Padre Filipe Diel foi sacerdote do clero diocesano. Segundo filho de Antônio Diel e de Catarina Müssnich, imigrantes de Tholey, Saarland, Alemanha, nasceu em Bugerberg, Morro dos Bugres, mas ainda criança, lá por 1872, acompanhou a família na migração para Picada Augusta, então Cruzeiro do Sul, depois Santa Clara do Sul. Ainda adolescente, foi coroinha em sua comunidade quando veio lhe o desejo de entrar no seminário. Estudou filosofia e teologia, em São Leopoldo. Segundo o jornal Deutsches Volksblatt, de 30 de dezembro de 1897, suas primícias sacerdotais foram no domingo de 12-12-1897, na igreja Santo Inácio, em Lajeado. O repicar dos sinos e o trovejar dos morteiros despertaram a população do povoado e das redondezas, convidando todos para tomarem parte neste evento solene, tão raro e, para Lajeado, o primeiro – registrou o jornal. Entretanto, o primeiro padre nascido em Lajeado foi Pe. André Fialho de Vargas, ordenado em 1890. A procissão para a igreja matriz partiu da casa de seu tio professor Francisco Xavier Müssnich. No dia 15, rezou as primícias em Cruzeiro do Sul, sua capela e, no dia seguinte, em Santa Clara do Sul, sendo saudado pelos professores Eugênio Artel e Augusto Muller. Depois de ordenado, Padre Filipe foi pároco de Taquara por 10 anos e, a seguir, pároco de Senhora dos Navegantes, em Porto Alegre, por quase 40 anos, período em que foi agraciado com os títulos de Cônego e Monsenhor.

Um comentário:

  1. Comentário feito por Adalberto Day:

    Senhor José!

    Parabéns pelo espaço de cultura, história que são disponibilizados aqui em seu blog.

    Um acesso a todos os brasileiros que desejam conhecer melhor a história de nosso país.

    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau/SC.

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