Ala
interna do Colégio São José
Em preparação ao
centenário da Presença Marista em Lajeado, tanto dos 60 anos do Colégio São
José como dos 40 anos do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, vamos
recordar a construção da Ala interna, a parte mais antiga que ainda, está de
pé, apesar de reformada. Deve ser uma foto muito rara, aqui reproduzida.
Lembro-me desta ala quando vim transferido para Lajeado, em 4-4-1971. A Ala
tinha o apelido de Labirinto. Nas salas de cima estudavam os alunos do Curso
Científico.
A construção desta Ala
foi em 1926. Era diretor Irmão Ângelo; desde 20-11-1921, permanecendo no posto
até 23-1-1928. Coube-lhe aumentar a matrícula. A nova ala servia para abrigar o
curso primário, que recebia mais um ano, cujos exames finais se destinavam a
fornecer o Diploma de Capacidade. Com a nova ala, o internato aumentou de 38
para 82, em 1927.
Infelizmente, os Irmãos
Maristas não contavam com o apoio do pároco, por ele perder o poder de se
intrometer em assuntos internos do educandário. O Colégio tinha, no entanto, o
apoio da comunidade. Os próprios Ex-Alunos Maristas tinham se organizado em
sociedade, em 22-11-1925, ano em que os Irmãos Maristas tinham adquirido, por
70 contos de réis, o sobrado anexo da família Matte, onde estabeleceram a
cozinha e refeitório dos Irmãos. Anos mais tarde, esta ala recebeu melhoramentos.
Na parte intermediária, foi completado o segundo pavimento.
Os 100 anos do Colégio
São José e do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, perfeitamente conectados,
têm uma grande história. a ser resgatada e preservada.
Pequenas biografias
Ney
Santos Arruda
Para quem já percorreu
longo caminho em sua própria terra, Abrindo o Baú pode abrir um espaço tão
curto apenas para dar o destaque da participação de Ney Santos Arruda nos 100
anos de vida marista no Vale do Taquari.
Como prefeito municipal, vereador, advogado,
professor, jornalista e gerente da Rádio Independente, além de várias outras
funções comunitárias, sua vida cabe numa volumosa biografia. Nascido em
Lajeado, em 23-1-1930, iniciou a alfabetização na então Escola Sant' Ana, hoje
Madre Bárbara. Prosseguiu no Colégio São José em 1938, desde o segundo ano, até
seguir a Porto Alegre, onde se formou em Direito pela PUC-RS, em 22-12-1953.
Nesse período, foi primeiro gerente da Rádio Independente, por sete meses, de
1-4-1951 a 4-11-1951.
Abriu uma banca
advocatícia na Rua Borges de Medeiros, nº' 269, em 1954. Desde 22-3-1951, por
26 anos lecionou no Colégio Madre Bárbara português, história, sociologia e
outras disciplinas afins. No mesmo período, também lecionou por largo tempo no
Colégio São José. Integrou a Associação dos Ex-Alunos Maristas, da qual foi
presidente em 1959 e 1961. Liderou a fundação do Colégio Estadual Presidente
Castelo Branco, iniciando as aulas em 26-4-1965, seu professor de português e
primeiro diretor. Em 1968, transferiu o então Ginásio Estadual da Escola
Fernandes Vieira para o prédio do Colégio São José, em 1968, abrigando seus 290
alunos do Primário, 151 do Ginásio, 127 do Científico e 148 do Comercial,
totalizando 716 estudantes maristas. Nesse meio tempo, em 6-6-1964, liderou a
fundação da Associação Pró-Ensino Universitário do Alto Taquari. No mesmo
prédio do Castelinho abrigou, em 1969, a Faculdade de Letras e os cursos de
Economia e Ciências Contábeis, iniciado em 2-3-1970, sendo Ney Arruda seu professor
e primeiro diretor. Com a inauguração do prédio da então Fates, em 26-1-1973, para
lá se transferiram os três cursos universitários.
Foi intensa a participação de Arruda na vida
política. Em 3-10-1959, foi eleito vereador pelo PSD, com mandato de 31-12-1959
a 31-12-1963. Em 3-10-1963, foi reeleito, com mandato de 31-12-1963 a
31-1-1963, período no qual foi escolhido como presidente da Câmara, em
20-5-1968, entrando em exercício de prefeito municipal, de 13-12-1968 a
31-1-1969, data que iniciou seu terceiro mandato de vereador e presidente da
Câmara, até 31-1-1973. Em 15-11-1976, foi candidato derrotado a prefeito
municipal, obtendo 7.126 votos (31,9%).
Igualmente teve notável
participação no Clube Esportivo Lajeadense, especialmente na construção do Estádio
do Florestal. Dedicou vários anos de liderança no Leonismo, na Assistência
Social e na Paróquia de Santo Inácio, da qual integrou o movimento pela
construção da Igreja Matriz e foi presidente da Comunidade, em 1967 e 1968.
Foto: Presidente
João Batista de Oliveira Figueiredo, governador José Amaral de Souza e Ney Santos Arruda.
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