Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Chácara da Prefeitura de Lajeado

A denominação iniciou com um pequeno núcleo, formado por simples moradias de funcionários da Prefeitura. Tratava-se da antiga travessa e vila popular no Bairro Florestal, em Lajeado, segundo o Dec. 434, de 24-10-1952.
 Lentamente, com a urbanização da área, as moradias pobres foram removidas e a travessa transformada em Rua Filipe Mallmann. Muitas casinhas foram transferidas para a Vila Santo Antônio, cujo núcleo primitivo tomou o mesmo apelido de Chácara da Prefeitura.
Numa reportagem de oito páginas, com 10 fotos de Werner Leipelt, hoje Foto Werner, entre as quais a que está reproduzida aqui, a Revista Conheça, nº 2, de fevereiro de 1969, retrata a vida gregária da então Chácara da Prefeitura, a outra face de Lajeado, título da matéria. A reportagem foi um grito de repulsa como o ser humano era tratado em Lajeado.
As duas únicas pessoas que tentavam fazer alguma coisas na Chácara da Prefeitura foram Geny Arruda e a Irmã Reinalda. O seu Clube Beneficente de Senhoras Lajeadenses muito se empenhou para a montagem de 18 pequenas moradias na Chácara da Prefeitura. Fui testemunha ocular destes fatos, de março a maio de 1973, na Assistência Social.
Quem lembra da Irmã Reinalda? Pertencia à Comunidade do Colégio Madre Bárbara. Seu nome civil era Hilda Moesch, nascida em 8-1-1907. Já tinha boa idade quando fazia ação social na Chácara da Prefeitura, o que deixou de fazer em 18-4-1984, quando o câncer nos ossos a prostrou no leito de dor, vindo a falecer quatro meses depois, em 19-8-1984.
O Bairro Santo Antônio não a homenageou com nome de rua... 


Um ano de Abrindo o Baú

Hoje esta página completou seu primeiro aniversário. Por 52 vezes abrimos o baú aos leitores para trazer em página inteira cultura, resgate de fatos, nomes e vultos históricos, tudo ilustrado com 104 fotos. Foram vários telefonemas e e-mails recebidos, mas raras as visitas de leitores para nos trazer fotos ou dados.
Foi muito significativa a visita que nos fez Adelino Canícius Machry (agora, de saudosa memória). Trouxe-nos parte de sua memória do antigo Banco Sul Brasileiro ou Sulbanco onde trabalhou. Na despedida, nos deu a certeza de retomar, após a cirurgia, no dia de São José, 19 de março. Não voltou mais. Partiu para a Eternidade. Deixou boas marcas. Grande amigo.
Dia 23, na segunda-feira, foi o Dia Mundial do Livro. No lançamento do Concurso Literário Um livro à Procura de Autores, promovido pela Academia Literária do Vale do Taquari - Alivat, com apoio da Prefeitura Municipal de Lajeado, destacamos a produção de livros por escritores do Vale do Taquari. São dezenas de livros produzidos nas duas últimas décadas.
Também dei a minha contribuição, como o leitor pode apreciar no início deste Blog. São 11 livros publicados, alguns com mais de uma edição, num total de 13.600 exemplares. Alguns estão registrados no Google. O total das páginas atinge 2.850, uma média de 259 páginas por livro, ilustradas com 520 fotos, uma média de 47 para cada livro. A Deus sou grato pela vida, saúde e dons. À minha esposa e filhos agradeço a paciência para o trabalho. Ao poder público e setor privado do Vale devo o apoio. 

Pequenas biografias

Adão Darde
Somos de opinião que as homenagens em vida são mais valiosas que depois de mortas, embora Abrindo o Baú não seja uma página de prestar homenagens.
Foi abrindo o meu baú que encontrei uma reportagem sobre Adão Darde, delegado de Polícia, na Revista Conheça, nº 3, de março de 1969. O repórter conseguiu fazer apenas uma pequena coluna, uma tarefa difícil entrevistá-lo, pois queria falar em Darde e ele nos falou de todo mundo (de bem) menos a respeito de seu trabalho. 
Adão nasceu em 12-1-1925, em Uruguaiana, filho de Leão Darde e de Celina Pereira da Silva. Casou-se com Geraldina Fagundes Martins, tendo 10 filhos.
Foi nomeado delegado de Polícia em 1947, em Santo Cristo (RS), seguindo para várias cidades, entre as quais Lajeado, de 1966 a 24-5-1971.  Seu desejo era de bem servir a coletividade. O trânsito tem sido uma constante em sua vida. A honestidade uma bandeira. A justiça um lema. Arrecadou 124 milhões e meio de cruzeiros velhos no ano passado (1968). Transformou a Delegacia num agradável e limpidíssimo prolongamento do lar. Trabalha sempre e seu entusiasmo pelas coisas boas não arrefecem nunca - diz a reportagem.
De Lajeado seguiu para Estrela, de onde guarda as melhores lembranças como profissional, pois viveu anos de tranquilidade. Na sua gestão, adquiriu o atual prédio para a Delegacia de Polícia de Estrela. Lá permaneceu até 1980. Atuou também em Roca Sales, onde se encontrava em 1988, quando se aposentou.
Com 87 anos cheios de saúde e alegrias, reside em Lajeado.



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