Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


 
Há 100 anos no Vale

Estamos extraindo d’ O ALTO TAQUARY, fundado em 1-1-1901, as principais notícias que ocorreram na região há exatamente um século:
A foto registra o intercâmbio intenso no porto de Lajeado. As principais notícias vinham pelos vapores.
* A edição de 19-1-1908 teve como principal manchete a figura do senador Pinheiro Machado, cuja biografia está nesta página.
* Noticiou a nomeação de Antônio Carlos Porto como delegado de Polícia de Estrela, com 26 anos de idade.
* A visita em Lajeado de Dr. Manoel Teófilo Barreto Viana, como membro do Partido Republicano, com certeza veio tratar das próximas eleições Municipais. Borges de Medeiros recebia as cartas marcadas e determinava seus candidatos. Assim, Francisco Oscar Karnal teve como seu sucessor seu cunhado João Batista de Melo. Dr. Viana foi general, professor na Escola Militar, professor e diretor na Escola de Engenharia (depois Ufrgs), deputado estadual constituinte e membro do Instituto Histórico do RS.
* A edição de 26-1-1908 dá como manchete principal o chefe político, Carlos Barbosa Gonçalves (foto), eleito governador do RS com 61.486 votos em 25-11-1907, com mandato de 25-1-1908 a 25-1-1913. Lajeado deu o nome de Linha Carlos Barbosa ao povoado que hoje é a cidade de Anta Gorda. 
* O promotor Alfredo Augusto de Siqueira foi removido para Lagoa Vermelha, assumindo seu lugar em Lajeado o rábula Ernesto Barros. 
* João Wagner Filho, contador da Cooperativa de Crédito, hoje Sicredi, atendia os clientes em sua casa aos sábados.


 
Pequenas biografias


Pinheiro Machado

José Gomes Pinheiro Machado, seu nome completo, nasceu em 8-5-1852, em Cruz Alta, filho de Antônio Gomes Pinheiro Machado, chefe político da zona serrana.
Ainda adolescente e já cadete na Escola Militar, alistou-se como voluntário na Guerra do Paraguai, mentindo sua idade. Em 1866, tomou parte em alguns combates, mas a pneumonia fê-lo recuperar-se no lar paterno. Estudou Direito em São Paulo, de onde retornou, em 1878, com o diploma de advogado e os ideais republicanos na mente, tornando-se um dos fundadores do Partido Republicano Rio-grandense e plenipotenciário castilhista nas altas esferas federais. Integrou a Comissão dos 21 da Constituinte Republicana. Pelo esquema montado por Júlio de Castilhos, foi eleito senador, de 1890 a 1896. Na Revolução Federalista foi nomeado chefe militar da legendária Divisão do Norte, com a patente de General de Brigada. Foi célebre pelas degolas, atrocidades, desmandos e arbitrariedades. Foi reeleito em 1905. Em 1912, recusou a indicação para concorrer à presidência da República, preferindo reeleger-se ao Senado.
Nas eleições de 1915, foi reeleito, para um quarto mandato. Considerada a eminência parda da Primeira República, foi assassinado por Francisco Manso de Paiva Coimbra, em 8-9-1915. Como o assassino havia nascido em Cacimbinhas, município instalado em 24-2-1879, seja para apagar ou reparar o crime, seja para lhe perpetuar uma homenagem, o nome de Cacimbinhas foi alterado para Pinheiro Machado, pelo Ato nº 30, de 24-10-1915. Em Lajeado, o nome devia ser Rua Senador Pinheiro Machado.
 
Solon Ramos Cardoso

Foi odontólogo por vários anos em Lajeado. Aposentado, dedica o lazer na poesia, memórias e publicação de livro.
Nasceu em Arroio do Meio, em setembro de 1937, filho de Eugênio Cardoso e Odila Ramos Cardoso. Estava casado com Carmen Regina Pereira Cardoso, de quem se separou, tendo os filhos Fabíola, Solon Filho, Álvaro e Melissa.
Após o primário no Colégio São Miguel e o ginásio no Colégio São José em Lajeado, fez o segundo grau em Porto Alegre, no Colégio Rosário e no Colégio Júlio de Castilhos.
Formou-se em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1961. Exerceu a profissão em Lajeado, Guaporé e Tramandaí, onde se aposentou e reside na Av. Ruben Berta, L65L.
Publicou o livro As Imigrações e os Poemas Açorianos – Alemães – Italianos, pela Editora Gráficatriluz, de Osório. Em 148 páginas, ilustradas com 55 fotos, vai descrevendo a sua terra, onde nasceu e cresceu, destacando a miscigenação racial numa perfeita integração. Recorda o antigo porto de Lajeado. Descreve as principais correntes migratórias o Vale do Taquari: açorianos, alemães e italianos. Traz uma síntese das principais ilhas e cidades de Açores, entre as quais Corvo, origem do antigo nome da atual Colinas. As fotos são coloridas. Contato: fone 51 3661-2031.
 
 


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