Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

domingo, 27 de abril de 2014


Agradecimento

Quando este Blogue chegar a suas mãos,
estamos de malas prontas para viajar pela Itália,
com embarque no dia 2 de maio.
Vamos de Milão até a ilha de Capri,
num percurso de 1.363 km, onde Roma e o
Vaticano serão as cidades mais destacadas.
Agradecemos os votos pela boa viagem.

Renê e José Alfredo Schierholt

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Primeiro Hospital de Dr. Roberto Fleischhut


            Se fosse pesquisada e escrita, Dr. Roberto Fleischhut teria uma extensa biografia. Nesse blogue, tenho espaço apenas para destacar seus primeiros anos de médico em Lajeado, ao estabelecer o seu primeiro hospital, ainda em 1923, isto é, ao vir da Alemanha, uma década antes de se estabelecer no Hospital São Roque, inaugurado em 2 de julho de 1933.


Roberto nasceu em 26-9-1891, em Fischen, na época Bairro Sonthofen, em Allgäu, na Baviera, Alemanha, filho de Josef Fleischhut e Maria Wurmser. Após a conclusão de Humanidades na Bavária, Roberto ingressou na Universidade de Munique, em 1911. Ao irromper a Primeira Guerra Mundial, em 1914, teve que interromper os estudos para servir como médico-assistente. Em 1918, prosseguiu seus estudos e especializou-se em cirurgia, trabalhando com o Dr. Ernst Ferdinand Sauerbruch, colega de Dr. Antônio Hafner e mestre do famoso Dr. Frey, o criador dos aparelhos cirúrgicos “Frey”, e mestre também, anos depois, de Dr. Günther Fleischhut.


       Alemanha sofria muito com a derrota na Primeira Guerra e já se pregava a vingança para uma Segunda Guerra Mundial. Por isso, Dr. Roberto, com 31 anos de idade, seguiu os passos de seus colegas conterrâneos Dr. Eduardo Vogt, que já estava em Lajeado desde 1921 e Dr. Antônio Hafner, em fins de 1922, também veio se estabelecer em Lajeado, no final de 1923 ou início de 1924, quando Hafner se mudou para Marques de Souza e deixou para Fleischhut seu consultório junto à Farmácia Schwarz, na Rua Júlio de Castilhos, n.º 318. Nos fundos, estavam suas salas de cirurgia e recuperação intensiva. Ao lado, no segundo pavimento do prédio, o médico alugou um apartamento, na mesma Rua Júlio de Castilhos. Ambos os prédios foram demolidos.  


A dedicação aos pacientes e, sobretudo, sua competência profissional atraíram pessoas de todos os recantos do Estado e mesmo de Santa Catarina.


 Em 2-11-1925, na Igreja Matriz de Santo Inácio, em Lajeado, em ato presidido pelo padre Teodoro Treis, jesuíta, deu-se a cerimônia do casamento misto de Dr. Roberto com Carolina Schröppel, evangélica, nascida em 31-5-1893, em Mönchdeggingen, Alemanha, e falecida em 21-8-1951, filha de Frederico Schröppel e Carolina Berthold, tendo o filho único, Dr. Günther Gauby, nascido em 8-3-1927.


Num Álbum de Centenário da Imigração Alemã, em 1924, há um anúncio publicitário, com fotos e dados, que o Dr. Werner Helmut Erich Schinke nos traduziu:


Dr. Med. Robert Fleischhut - Lajeado
Ex-assistente da Clínica Cirúrgica de Augsburg (Conselheiro Dr. Schreiber, Prof. Dr. Hacker), assistente da Clínica Cirúrgica universitária em Munique (Prof. Dr.Sauerbruch) e da Clínica Universitária Ginecológica de Munique (Prof. Dr. Weber).
Médico especialista em alta cirurgia (Câncer, bócio) e  Doenças de Senhoras, Medicina Interna, Obestetrícia.
Clínica de instalações modernas para todas as cirurgias. Aos clientes está à disposição um hospital sob minha direção pessoal com alimentação integral  a preços módicos.  
Luz solar artificial – Banhos de luz – Eletroterapia
Chamados para fora são atendidos a qualquer hora
Telefone na Farmácia Schwarz


As fotos testemunham os fatos, onde está o prédio antigo da moradia.
Na Farmácia Schwarz, cujo prédio já foi Farmácia do Ipê, anos depois demolido, está o balcão de atendimento, a farmácia de manipulação e sala de cirurgia, de onde os pacientes eram transportados em maca para os hotéis da Vila de Lajeado, onde o médico acompanhava a recuperação, auxiliado por enfermeiros.


Há 100 anos é inaugurada a lancha Juanita


Juanita é o nome da gasolina inaugurada em Porto Alegre pela empresa de navegação Schardong & Cia. para o transporte de produtos entre Bom Retiro (do Sul), zona do Taquari e esta capital. A lancha Juanita é toda de ferro, mede 21 metros de comprimento sobre 4 de largura, tem 0,60 centímetros de calado e foi construída nos estaleiros de Alcaraz & C. O motor fornecido pela Casa Bromberg & C. é do tipo Brons, Sistema Diesel, Deutz, da força de 60 cavalos, sendo o arranque feito por pressão de ar acumulado em uma câmara pelo próprio motor quando em serviço.
 A viagem de experiência, num percurso de 50 léguas, ida e volta foi feita em 27 horas, com carga de 45 toneladas em lancha a reboque de 25 toneladas de carga, consumindo-se de combustível cerca de uma lata de kerozene por 3½ de viagem – cf Correio do Povo, de 19-4-1914, que reeditou a notícia um século depois.


José Sebald Hammes deixou marcas


      Personagem folclórico em Lajeado, fotógrafo, nascido em Arroio Grande, Arroio do Meio, em 1928. Foi seminarista e religioso franciscano, por mais de 15 anos, tendo cursado filosofia, em Daltro Filho e teologia em Divinópolis, Minas Gerais.
        Em 1966, deixou a Ordem dos Frades Menores, transferindo-se para Lajeado, onde iniciou como fotógrafo. Muito requisitado pelas pessoas simples nas festas religiosas e sociais, deixou um arquivo muito rico em fotos e filmes. Desenvolveu um projeto Suco da Vida, aloe Vera, e Iridologia, estudo da íris humana, onde atua fazendo fotos para manuais escolares - cf O Informativo, de 23-9-2002, jornal que publicou seu falecimento, em reportagem de Carolina Gasparoto.
         Com 85 anos de idade, faleceu em 29-1-2014, MP Hospital São José de Arroio do Meio, vítima de AVC onde foi sepultado na comunidade São Filipe e São Tiago, em Arroio Grande.



Vasco Prado tem obras de arte em Lajeado


No centenário de nascimento, lembramos obras de arte de Vasco Prado em Lajeado, o que ninguém está lembrando. Ele foi desenhista, gravador, escultor e professor de artes plásticas na capital gaúcha.
Nasceu Vasco Prado Gomes da Silva, seu nome completo, em 16-4-1914, em Uruguaiana. Mudou-se para Porto Alegre em 1940, abrindo seu primeiro atelier no ano seguinte. Foi casado por quase três décadas com a artista plástica Zorávia Bettiol. Embora fosse autodidata, obteve uma bolsa de estudos da França para se especializar em artes em Paris, entre 1947 e 1948.
 Em 1950, fundou o Clube de Gravura de Porto Alegre. Artista plástico em desenho, gravura, pintura, porcelana e tapeçaria, Vasco notabilizou-se como pioneiro em esculturas em terracota, arte que buscou na Polônia no fim dos anos 1960.
Foi nessa mesma década de 60 que ele veio a Lajeado esculpir obras de arte em relevo no salão de festas da ACVAT.
Faleceu em 9-12-1998, em Porto Alegre.


Há um século é inaugurada luz elétrica em Estrela

   A notícia da rede de energia elétrica na então Vila de Estrela, a primeira no Vale do Taquari, foi dada pelo Correio do Povo, de 17 de abril de 1914.
Já estão muito adiantados os preparativos do material para a instalação de luz elétrica nesta vila. Presume-se que a inauguração da mesma terá lugar no próximo mês. A notícia foi dada em 19-4-1914 pelo Correio do Povo, reeditada um século depois.



Jovani Farias escreve a história de Fazenda Vilanova


         Jovani Farias é professor, historiador e escritor em Fazenda Vilanova.
 Nasceu em 20-7-1976, em Frederico Westphalen – RS, filho de Tereza e Vivaldo José Farias, casado com Ângela Patrícia Degaspery Farias, tendo o filho Giovani. Depois de cursar o primeiro e segundo graus em escolas municipais e estaduais, graduou-se em Filosofia, Psicologia e História (1º e 2º Graus) pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (FAFIMC) de Viamão. Fez Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional na Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras (Facel) de Santa Catarina. Participou de vários cursos de extensão universitária, seminários, congressos, fóruns e palestras. Foi professor de Ensino Fundamental em escolas de Teutônia.
Desde 2003, é professor de séries finais do Ensino Fundamental na Escola Municipal Edgar da Rosa Cardoso, em Fazenda Vilanova. Em dezembro de 2012, lançou o livro Fazenda Vilanova - Sua História. Em 320 páginas conta toda a história do município. Faz uma viagem ao tempo, relembrando a colonização do Estado e da região onde está localizada Fazenda Vilanova; as antigas fazendas que hoje constituem as localidades; o processo de emancipação; símbolos do Município; e a situação atual, como cultura, educação, economia, constituição política, entre outros. Reproduziu a história em fotografias, mapas, documentos, arquivos e depoimentos, sendo, assim, uma fonte de pesquisa ou memória. É uma obra que auxilia a refletir como foi, como é, e como será Fazenda Vilanova. É um lançamento da Editora Univates, à disposição da comunidade nas bibliotecas, repartições públicas do Município e um exemplar para cada família vilanovense.
Este blogue não mereceu convite de lançamento, nem exemplar do livro para escanear a sua capa e brindá-la aos seus leitores.


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