Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sábado, 20 de dezembro de 2014




Finda 2014 – Inicia 2015


         Ter chegado até aqui com saúde e bem-estar, completado 80 anos de vida, em companhia de minha esposa Renê, filhos Leandro, Saionara e Andréia, de nosso neto Vinícius e seus familiares, é uma Bênção especial de Deus, o que desejo agradecer de coração neste final de 2014.
         Desejo a todos os que me acompanharam no decorrer do ano neste Blogue um Feliz 2015, especialmente ao amigo Orestes Josué Mallmann, que posta estas páginas para quase 40 mil visitas eletrônicas. Que todos tenham um Novo Ano cheio de realizações, saúde e de muita paz na vida, na família e na Pátria Brasileira.



Sãos os votos da Família Schierholt


Esse é o Presépio que Renê Alievi Schierholt clicou em 7-5-2014 no Santuário de Assis, na Itália.

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Bernard Heinrich Schierholt

Há 100 anos entra na I Guerra Mundial

No centenário da I Guerra Mundial pretendo buscar o documentário do meu avô paterno, Bernard Heinrich Schierholt, nos combates da I Guerra Mundial.
Segundo dados contidos no “Passaporte Militar” do soldado mosqueteiro Bernard Heinrich Schierholt, nascido em 15-8-1875, em Haustette, Vechta, na Alemanha, sua profissão era agricultor.
Iniciou o serviço militar em 15-10-1897, na 3ª Companhia do 91º Regimento de Infantaria em Oldenburg, como recruta substituto. Em 11-9-1899, concluiu sua obrigatoriedade militar e passou para a Reserva de Tropa nº55, na especialização de atirador de 1ª Classe, com a arma 88. Examinado pelo médico foi considerado são e apto para se autossustentar. Levou consigo o fardamento, calça, ceroula, gorro-sem-pala, manta, camisas e um par de coturnos. Na Convocação de 6-4-1905, passou para a Guarda Nacional nº 1. De 4 a 17-8-1905 participou de exercícios de reciclagem militar, no Regimento de Infantaria da Reserva, nos campos de treinamento do X Corpo do Exército de Münster. O comportamento foi considerado bom.
Na convocação de 7-4-1910, passou para a Guarda Nacional nº 2.
Faltavam poucos dias para Heinrich completar 40 anos de idade quando a Alemanha, em 1-8-1914, iniciou seu envolvimento na I Guerra Mundial. Em 19-9-1914, Schierholt também foi convocado para a guerra. Reingressou na 3ª Companhia para fazer exercícios militares. No início de novembro, teve alguns dias de férias, para ser engajado no Regimento de Infantaria Motorizada, em 6-5-1915 e entrar em luta armada.

                                                                                             Bernard Heinrich Schierholt, talvez em 1905.

O documento registra a participação de Heinrich em torno de 20 combates e ações militares, com 113 dias intensos de batalhas e combates, 31 meses de lutas intensivas na Alemanha, Polônia, Rússia e Ucrânia, o que merece registro para o conhecimento e consideração de seus descendentes:
De 2-6 a 16-7-1915: combates de trincheira em Ilsa (Polônia).
Em 17-7-1915: combate em Sienno (Polônia).
Em 18 e 19-7-1915: combates em Ilzanka (Polônia).
Em 29-7-1915: passagem sobre o Rio Vístula (Polônia)
De 30-7 a 7-8-1915: lutas na margem oriental do Vístula, em Matzjejowicze, na Polônia.
De 8 a 18-8-1915: combates de perseguição entre os rios Vístula e Bug.
De 19 a 24-8-1915: batalha na Pulva e Nurzec, na Polônia.
De 25 a 30-8-1915: combates de perseguição em Bialowieska-Puszcza.
De 31-8 a 12-9-1915: Combates na Jasiolda-Zelwianka, na Polônia.
De 19 a 24-9-1915: combates na região alta de Schatschara-Serwetsch.
De 25-9-1915 a 1-7-1916: lutas para manter posições acima conquistadas.
De 2 a 9-7-1916: batalha de Baranowitschi, na Rússia (Bielorrússia).
De 10-7 a 9-8-1916: batalha de Baranowitschi-Goroditsche, na Rússia.
De 10-8-1916 a 25-3-1917: lutas de trincheira em Schtschara-Serwetsche,
De 5-12 a 31-12-1916: carregar feridos e doentes. Veja The New York Times, de 2-9-1916.
Em 26-3-1917: ataque em Labusy e Darewo, na Rússia.
De 27-3 a 11-9-1917: combates de trincheira na Schatschara-Serwetsch.
De 12-9 a 14-12-1917: combates em Vjamen.
De 15-12 a 18-2-1918: suspensão das lutas entre a Rússia e Alemanha.
Em 7-2-1918: ao limpar um revólver recebeu de um companheiro, acidentalmente, um balaço na coxa direita.
De 19-2- a 3-3-1918: combates de apoio na Ucrânia.
A partir de 3-3-1918: ocupação do território russo.
Em maio de 1918, teve licença para visitar sua família.
De 2-6-1915 a 16-6-1918, foi ativo na tropa da I Companhia do 7° Regimento de Infantaria, transferido e promovido ao posto de "Feld Rekruten" do Departamento Lida.
De 18-7 a 7-8-1918: ativo na Companhia de Informações nº 17.
De 7-8 a 18-10-1918: permaneceu na Companhia de nº 20.
Em 19-10-1918: incorporado no X-19 Batalhão de Infantaria, em Delmenhorst, na Baixa Saxônia, Alemanha.
Em 22-10-1918: convocado para a 3ª Companhia de Infantaria, em Hannover, na Alemanha.
Há no citado documento militar diversas outras anotações ilegíveis, com abreviações e termos técnicos militares de difícil interpretação.
Em 11-11-1918, numa clareira da floresta francesa de Compiègne, perto de Rethondes, a delegação alemã, chefiada pelo deputado Matthias Erzeberger (1875-1921), assinou, no vagão ferroviário do marechal francês Ferdinand Foch, a capitulação da Alemanha.
Nesta I Guerra Mundial morreram em torno de 1.773.700 alemães e perto de 7 milhões de homens de outros países, produto do orgulho de chefes militares, da omissão de estadistas, da cegueira de políticos e de interesses da indústria bélica dos países envolvidos.
O soldado Schierholt recebeu duas condecorações por bravura militar: em 24-12-1917, foi agraciado com a Cruz de Ferro II Classe e, em 26-4-1918, com a Cruz "Friedrich August" II Classe.
Pela KVB 2639/18 foi licenciado do Exército, em 7-12-1918. Recebeu o soldo minguado de 65 marcos e um traje para retornar a Haustette. Como a esposa e filhos pequenos não puderam manter a moradia e as lavouras, sofreu graves prejuízos nos anos de guerra. Nunca recebeu alguma reparação e recompensa pelos anos dedicados à pátria.
Sobre a sua participação na guerra raramente Heinrich comentava algum fato com os filhos e netos. Ficou anos fora do lar. Sofreu fome e muito frio nas trincheiras, campos de batalha e áreas de ocupação militar, vendo milhares de companheiros e amigos tombados. Numa das longas semanas de rigoroso inverno russo, homem de muita fé interior e de grande amor à família e à pátria, prometeu erguer uma grande cruz no jardim defronte a sua casa, se conseguisse sobreviver a uma tempestade de neve, muito frio e sem alimentação. A promessa foi cumprida. O cruzeiro ainda se encontra no mesmo local, o que visitei em agosto de 1997.
Retomando na primavera dos campos de ocupação russa à Alemanha, teve permissão de passar alguns dias, em maio de 1918, junto aos seus familiares, vindo a conhecer sua filha mais nova, Maria Agnes.

Foto de Bernard Heinrich Schierholt em 1914 - I Guerra Mundial

Havendo ameaça de uma II Guerra Mundial, com 50 anos de idade, emigrou para o Brasil, com a esposa e sete filhos, desembarcando em Rolante – RS, em 14 de abril de 1926, onde foi simples agricultor. Deixou uma larga descendência, vindo a falecer em 6-9-1958, com 83 anos de idade.
Esse resgate histórico é para seus netos e descendentes não esquecer.
Muitas vezes, o cumprimento do dever é doloroso, mas recompensa!
Do seu neto
José Alfredo Schierholt




A foto que não saiu no jornal


         Em 14 de outubro de 1924, André Marcolino Mallmann, intendente de Estrela, inaugurou festivamente este monumento (foto) que Anderson Lopes, repórter do Jornal A HORA clicou para ilustrar a 20ª edição dos 190 anos da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul. Por sinal, é um belo obelisco em pedra grés ou arenito, ao custo de dois contos de réis, obra artística de Aços C. Ehrichsen. No entanto, Anderson não ilustrou a matéria com a bela foto, nem identificou os dizeres da placa.
Canteiro e pedreiro em Estrela, Asmus C. Ehrichsen nasceu em 4-4-1881 e faleceu em 19-3-1948, casado com Eugênia C. Erichsen (nascida em 13-11-1889 e falecida em 18-8-1948), ambos sepultados no Cemitério Católico de Estrela. São pais de Max Henrique Erichsen, homenageado com nome de rua em Estrela.






Em 1924 inaugurado e em 2015 restaurado Porto de Estrela


Primeira menção do porto de embarque na Fazenda da Estrela encontramos na Ata de 14-4-1855 da Câmara de Vereadores de Taquari, quando Antônio Fialho de Vargas requer para considerar de servidão pública o porto, de propriedade de Vitorino José Ribeiro. Foi a primeira manifestação documentada de rivalidade entre Estrela e Lajeado. Os vereadores aceitaram a recusa do proprietário, negando o uso público, mas esqueceram que a concessão das sesmarias exigia o uso público das margens dos rios e arroios.
O antigo e vistoso cais do porto foi inaugurado em 15-10-1924 – cuja festa está na foto. A escadaria continha 99 degraus. No alto, tinha as duas estátuas representando a Indústria e Comércio. Comentam que os seus apelidos de Adão e Eva foram dados por lajeadenses. Com a enchente de 1941, sua importância decaiu consideravelmente. Iniciava a era do transporte rodoviário.
 Em 1974, o espaço do porto foi entregue à Cervejaria Polar, entulhando a escadaria e transferindo as estátuas para o final da Rua Júlio de Castilhos. Com o fechamento da fábrica, o espaço retornou à municipalidade. Sua restauração será completada em 2015.





Início do Grupo Escolar Fernandes Vieira em 1927



Iniciou como Grupo Escolar, criado em 23-4-1927, estabelecido na Rua Borges de Medeiros, depois Rodoviária Municipal. Foi inaugurado em 15-11-1927, dia feriado, como consta no jornal Alto Taquary, órgão semanal dos interesses da Comarca, edição de 21-1-1928.
Antes desta data, havia apenas uma escola isolada do sexo feminino, regida pela normalista Otília Correa de Lima e cuja frequência excedia à exiguidade da sala destinada ao ensino. Seu cunho nacionalista e de orientação laica, como concorrente às escolas confessionais, atraiu a ira de lideranças e autoridades eclesiásticas, apesar de ser ensino gratuito.
 A escola veio derramar a semeadura dos ideais nacionalistas, graças à atividade de abnegadas mestras, provindas da capital do Estado: senhoritas Maria José da Cunha e as irmãs Alda e Eva Aveline – conforme discurso do desembargador Solon Macedônia Soares, proferido em 2-9-1944 no desfile da Semana da Pátria, em Lajeado.
Walter Jobim, secretário Estadual das Obras Públicas, e Interventor Osvaldo Cordeiro de Farias assinaram o Ato de Lançamento da Pedra Fundamental do prédio próprio do Grupo Escolar de Lajeado Fernandes Vieira, em 16-7-1939. Conforme dados extraídos da data da inauguração do Grupo Escolar Fernandes Vieira”, colhemos o seguinte: No dia 15 de novembro de 1927, 38º aniversário da Proclamação da República, foi inaugurada esta unidade escolar, à rua Borges de Medeiros, onde atualmente funciona a Estação Rodoviária. Era então Presidente da República o Dr. Washington Luiz Pereira e Souza; do Estado o Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros; intendente do município  Coronel Carlos Fett Filho; Secretário de Estado dos Negócios do Interior Protásio A. Alves; Juiz de Comarca do Alto Taquari: Dr. João Solon Macedônia Soares. Estavam presentes autoridades civis e eclesiásticas, representantes de colégios, associações locais, povo e alunos. O corpo docente da escola era o seguinte: Ondina Conceição Schüller, Maria Clara Job Mayer, Elvira Barreto Guimarães, Elsa Ways, Marta Guedes da Cunha. Foi primeira diretora do estabelecimento a Sra. Ottilia Corrêa de Lima.  Já passaram pela direção dêste Grupo Escolar 10 diretoras.
Até aqui o histórico dos 12 primeiros anos do Fernandes Vieira.



Na Rua Borges de Medeiro nº 347 funcionou a Loja Maçônica, e depois, o Grupo Escolar Fernandes Vieira, inaugurado em 15-11-1927. Foto cedida por Deoli Gräff.





Davi Saraiva Schaffer


Davi Saraiva Schaffer é advogado, servidor público, cronista e escritor em Taquari, onde nasceu, filho de Carmen Regina e Nilo David Schaffer.
Em 1992, iniciou a publicação de crônicas no semanário O Taquaryense, fundado pelo seu tataravô Albertino Saraiva, em 15-7-1887.
No semanário O Açoriano mantém coluna semanal denominada Segunda Persona, de onde selecionou 45 textos para publicá-las em seu livro Crônicas, lançado em 29-6-2012. A obra tem 88 páginas, prefaciada por Maria Emi Bastos Praia, que também fez a revisão do livro. Foi impresso na IGRASA, tipografia em Taquari, na Rua 7 de Setembro, nº 2.255. Contatos: saraivaschaffer@yahoo.com.br





Marcos César Cadore


            Estudante e escritor, nascido em Encantado, em 24-9-1984, filho de Sílvio José Cadore e de Lédia Lourdes Debortoli.
Após concluir os estudos secundários, matriculou-se no Centro Universitário La Salle – Unilasalle, onde fez o bacharelado e Licenciatura em História, em 2009-2013. Atualmente, é mestrando de História na Unisinos e ainda estudante de Ciências Sociais da PUC-RS.
Em 17 de novembro de 2014, no pavilhão da Comunidade Santo Agostinho, dentro da 10ª semana da Câmara de Vereadores de Encantado, Cadore fez o lançamento o seu livro O JOGO DO PODER – uma análise das relações coronelistas em Encantado (1914-1916). Com 156 páginas, ilustradas com 13 fotos, é um trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de História do Unilasalle, de Canoas, com prefácio de Gunter Axt, pesquisador colaborador Diversitas / USP e seu professor orientador. Contato: marcoscadore@hotmail.com






Ismael Caneppele


Ismael Caneppele é ator, escritor e roteirista.
Nasceu em 27-2-1979, em Cruzeiro do Sul, filho de Anor Antônio Caneppele e Marlene Wommer. Fez o 1º Grau na Escola Madre Bárbara e o 2º Grau no então Colégio de Aplicação da Fates. Já é uma das mais importantes revelações da literatura brasileira contemporânea. Além de escrever romances, divide seu tempo desenvolvendo argumentos e roteiros para cinema e viajando para pequenas cidades, preferencialmente cortadas por trilhos de trem. Foi adotado pelo diretor de teatro Gerald Thomas e morou na Alemanha e na Croácia, onde foi assistente de direção em ópera e ator de teatro.
Em 4-9-2007, na FNAC da Avenida Paulista, SP, lançou Música para quando as luzes se apagam, seu primeiro título publicado. Além de outras cidades, teve uma sessão de autógrafos em 9-11-2007 no Shopping Bourbon Country, em Porto Alegre e, em 10-11-2007, na então Livraria Sommer, Unishopping, em Lajeado. É um livro honesto, sem firulas, que não se preocupa com didatismos ou hipocrisia. Fala de amizade entre meninos, de masturbação e de desejo sim, mas com uma quase inocência, em seu estado mais puro, livre de qualquer julgamento, de uma maneira poética e comovente. Muito mais do que sexo, drogas & rock n’roll, é uma história de e para adolescentes, escrita com uma visão profunda e madura de todas as besteiras e encrencas que todos nós cometemos ao percorrer o caminho inevitável que separa a infância da vida adulta. Desde 2002, reside em São Paulo.
Seu 2º livro Os Famosos e os Duendes da Morte foi filmado pelo diretor Esmir Filho (jovem cineasta premiado em Cannes e criador do Tapa na Pantera). A produção do longa foi realizada pela Dezenove Som e Imagens, de Sara Silveira, importante nome do cinema brasileiro. O roteiro é assinado por ele e Esmir Filho. As filmagens chegaram ao fim em Lajeado em meados de julho de 2008. Foram três semanas de grande intensidade para as mais de cinquenta pessoas, vindas dos mais distantes pontos da América Latina,  para dar vida a um a história que escrevi contando um pouco do que foi a minha adolescência aqui nessa região. Agora Lajeado será eterna nas telas de cinema do mundo inteiro. Dentro de pouco tempo milhares de dvd's chegarão às locadoras de todo o país, difundindo nossas belezas e o nosso povo – conta o escritor para este documentário. O filme foi selecionado para a competição oficial do Festival de Lucarno, na Suíça, considerado o quarto no ranking  mundial dos festivais, de  5 a 15-8-2009. Orçado em R$ 3,5 milhões, foi contemplado pelo Programa Petrobrás Cultural 2007. A produção foi feita pela Dezenove Som e Imagens de São Paulo, com apoio da Casa de Cinema de Porto Alegre. O projeto também foi selecionado entre 25 roteiros do mundo todo no Festival de Cannes. Em 2010, recebeu o Prêmio FIESP/SESI de melhor roteiro. O livro Os Famosos e os Duendes da Morte só foi publicado depois, em 2010, pela Editora Iluminuras Ltda., com 94 páginas.
Em 20-12-2014, lançou na Livraria Nobel, no Shopping Lajeado, seu 3º livro Só a Exaustão Traz a Verdade. Aborda contos numa linguagem lírica e tensionada que retrata o feminino, o olhar da mulher sob as mais variadas perspectivas. A cantora Marina Lima assina o texto da Orelha da obra. No Rio de Janeiro, o seu lançamento foi prestigiada pelo cantor Ney Matogrosso. Em 2015, Ismael vai filmar o seu próximo longa-metragem A Baleia, com a direção de Esmir Filho e protagonizado por ele mesmo e a atriz Andrea Beltrão. A produção é da Casa de Cinema de Porto Alegre – cf O Informativo, de 19-12-2014. 


ALIVAT elegeu nova diretoria e mais dois acadêmicos

Na noite deste último dia 18 de dezembro, em Assembleia foi eleita nova diretoria. O escritor Márcio Marchetto Caye é o novo presidente, sendo Ana Cecília Togni a vice-presidente, Nara Teresinha Knaak I secretária e Rudimar Hauenstein I tesoureiro. Foram também eleitos mais dois novos escritores acadêmicos: João Paulo Fontoura, de Taquari, para a  Cadeira nº 26, e Luiz Carlos Rota Gosmann, de Roca Sales, para a Cadeira 27. A posse de todos será em 19 de março de 2015.



domingo, 7 de dezembro de 2014



190 anos da imigração alemã no RS

Navio Wilhelmine traz soldados, colonos e desordeiros

Da Alemanha partiram muitas famílias e pessoas solteiras para quase todos os continentes, especialmente americano. Foi em 1608 que emigraram para os Estados Unidos os primeiros imigrantes alemães. A Pennsylvania tornou-se o destino preferido da emigração alemã entre 1725 e 1775, com 30% da população do estado. Na Virgínia, Massachusetts e Carolina do Norte vieram muitos protestantes, menonitas, amish e outras minorias religiosas. Entre 1848 e a I Guerra Mundial entraram perto de seis milhões de alemães no país, mormente em Chicago, Detroit e Nova Iorque.
Nos portos europeus constantemente imigrantes embarcavam para se emigrar em vários países do mundo. Vir para o Brasil era mero detalhe, ocorrido quase dois séculos depois dos USA.
De vários navios fretados pelo Major Schaeffer, destacamos aqui a sétima leva de imigrantes que veio pelo Wilhelmine. O veleiro partiu de Hamburg em 12-12-1824 e chegou ao Rio de Janeiro em 22-4-1825. Um dos imigrantes foi Eduard Theodor Bösche. Durante seus 10 anos vividos no Brasil, publicou no livro “Wechselbilder…” suas memórias, editado na Alemanha e, um século depois, traduzido para o português em 1929, com o título Quadros Alternados (impressões do Brasil de Dom Pedro I). O imperador e imperatriz receberam os 900 passageiros, cujos solteiros se destinavam ao Exército, e outros vieram para São Leopoldo.
Alguns trechos do livro de Bösche merecem destaque especial. Logo ao embarcar, Bösche sente certa hesitação em emigrar para o Brasil, e dá algumas características de seus companheiros de viagem. Talvez, o principal depoimento dele possa ser resumido nesse quadro:
Tremi ao avistar aquela gentalha rota, de que muitos mal logravam encobrir a nudez, e cuja atitude trazia o cunho da rudeza e da bestialidade animais. Estava bêbada a maior parte destes maltrapilhos e vagabundos. Contudo estes homens pertenciam ainda à melhor classe de passageiros, pois muitos deles traziam o coração incorrupto e bem formado de natureza, cujos melhores impulsos só o desespero de sua situação os levara a adormecerem por meio de excessos de toda ordem. Estava-me reservado fazer o conhecimento de súcia muito pior, composta de criminosos de Macklemburg, que Schaeffer elegera para concidadãos de sua nova pátria. Assassinos e ladrões levados presos e algemados para bordo.
Nas três levas de imigrantes de 1824, estabeleceram-se 124 imigrantes, incluindo o único casal de açorianos João Antônio da Cunha e sua esposa Jacinta Rosa. Esse contado facilitou a se comunicarem em português. Vieram mais quatro grupos no primeiro semestre de 1825, num total de 352 pessoas, totalizando no primeiro aniversário da imigração, 476 imigrantes.
Passaram-se vários meses até que os primeiros lotes da antiga Fazenda de Tristão José Monteiro fosse dividida em lotes coloniais distribuídas aos colonos. A sede da fazenda era conhecida por Stein Haus ou Casa de Pedra, que precisou de reformas e ampliação, o que estava sendo feito pelos homens para ocupar seu tempo, bem como melhorar as antigas instalações dos escravos onde se alojavam as levas de imigrantes, cada vez mais numerosos. As mulheres aprenderam a plantar milho, batata, feijão e hortaliças para terem o que comer. Em novembro e dezembro de 1825 vieram mais quatro levas, terminando o ano com a população de 1.027 imigrantes, em 182 famílias. Os 201 solteiros precisavam aprender a ler e escrever.
Além da demora na medição de lotes e sua entrega, todos enfrentavam graves problemas quanto à alimentação. Uma comissão de imigrantes procurou alertar o Inspetor Lima do clima de revolta. Havia boatos de que alguns procuravam se armar. Por isso. Lima se dirigiu ao governo da Província. O general Bento Correa da Câmara decidiu instalar em São Leopoldo um Destacamento Militar, para acabar com a especulação dos comerciantes desonestos. Com a chegada de novos contingentes de imigrantes, alguns deles decidiram abrir seus próprios caminhos.
Como se vê, já naquele tempo não se cumpriam as promessas públicas, o que fazia sofrer os mais necessitados!


Palácio do Governo Provincial em Porto Alegre



Maioria dos estrelenses tinha origem germânica


O fenômeno da colonização, iniciada em 1855 em Estrela, deu o caldo grosso de 82% ou mais na formação étnica dos estrelenses, no primeiro distrito.
Hessel também distingue duas categorias de “alemães”: De um lado, os pequenos burgueses-industriais, seus funcionários mais graduados, bancários, hoteleiros, religiosos, professores, etc.; de outro, os colonos. Aqueles, com algum sentimentozinho de elite. Integravam o quadro de sócios da Sociedade Ginástica de Estrela quase só gente daquele primeiro grupo (ou só), ao passo que os colonos, misturados com gente de variada espécie, iam rodopiar no salão do Bairro Oriental, por várias décadas o único bairro no Alto-Taquari.
A elite dos teuto-brasileiros falava melhor o “Hochdeutsch”, um alemão mais esmerado. Afinal, tinha frequentado mais aulas em alemão, com melhores professores. Tinha até biblioteca, quer comunitária, quer doméstica. Liam mais livros, jornais e revistas em língua alemã, sabendo ler e entender bem mais que os “alemães” do “interior”. A maioria desses colonos falava um dialeto, seja “Hunsrück”, seja “Westfälischeplatt” ou “sapato-de-pau”, com média menor de aulas primárias, ministradas em língua alemã por professores de menos preparo, menos leitura... Filhos de colonos, em grande maioria, cursavam até o terceiro ano, alguns ainda o quarto ano, quando faltavam à aula para se dedicar mais à lavoura, mormente nas épocas do plantio e colheita. Na época, dizia-se "terceiro livro" ou "quarto livro", para se identificar as séries. Filhos da elite cursavam todas as aulas da localidade, procurando aulas de complementação, mesmo fora do lugar.
A elite não deixava notar nenhum apreço nem desapreço maior pelos colonos. Nem sempre sobrava tempo ao colono para um banho mais completo, depois de ordenhar vacas ou tratar porcos, antes de ir à missa do cedo nos domingos e dias santos de guarda. A elite sentia o cheiro da roça e torcia o nariz, mas aceitava a realidade. Os colonos amarravam os cavalos nas proximidades da igreja. Diante das lojas e armazém havia um espaço, em varas de madeira estendidas, onde prendiam os animais. Os “citadinos” viam nos colonos gente da mesma raça – observa Hessel em seu estudo -  e, sobre isso, úteis à economia da região e do País. Mas, curiosamente, não ocultavam de todo certo menosprezo por quem entre eles fosse pobre e não fosse dono nem de sua casa de moradia. Muitas vezes, depois da missa e do culto, havia ocasião de bons negócios, e mesmo compras nos armazéns. Se as portas da frente das "vendas" estivessem fechadas aos domingos, podiam os colonos entrar pela porta dos fundos, onde os comerciantes e seus familiares atendiam a freguesia, sob as vistas grossas da fiscalização...
As duas raças, entre si, também mantinham certas características próprias. Os “brasileiros” tinham apreço maior para quem tivesse alguma educação social, boas maneiras, etc., o que em geral ocorria com os bem ou medianamente abastados. Apreciavam nos “alemães” a capacidade de organizar seu trabalho, cuidar dos seus negócios, de se informar dos acontecimentos, de se unir entre si. Por outro lado, consideravam-nos desconfiados, cabeçudos, orgulhosos, apelidando aos menos capazes de alemão batata.
As relações e diferenças entre as diversas raças ficavam mais tensas quando se tratava de casamentos. A prevenção já vinha de longe, no aconselhamento dos pais quanto à escolha de amizade dos filhos na escola, igreja e sociedade. Afirmavam não ter haver preconceitos. Evitavam apenas as consequências das diferenças entre pessoas quanto à cor, origem, estudos, posses, meio social e principalmente religião. Não se sabe de casamento que tenha ocorrido naquelas décadas - 1910-1930 - escreve Lothar Hessel – entre negro e branca ou entre negra e branco.
Se não alimentavam preconceitos raciais, cuidavam das diferenças entre si, evitando possíveis casamentos. Para isso e por isso, as sociedades dos brancos não admitiam negros como sócios na SOGES, nem noutras sociedades. Não sendo sócios, também não podiam frequentar os bailes. Os negros, por sua vez, também não estimulavam o casamento entre pretos e brancos. Os negros tinham o seu salão de festas e bailes. Assim, havia o Salão dos Morenos, na esquina de Rua Borges de Medeiros com a Coronel Müssnich, aos cuidados de Aristides Viana e Silva, mais conhecido por "Seu Velho Aristides". O Salão tinha duas dependências distintas. No salão de festas, onde era servida comida típica, todos podiam entrar. A comida tinha um sabor especial, muito apreciada pelos brancos. Entretanto, nas pistas de danças o "Velho Aristides" não deixava os brancos entrar e muito menos dançar.
Em 20-2-1977, foi inaugurado o "Salão dos Morenos", que também servirá de sede à Associação Atlética Municipal - cf Nova Geração, de 5-3-1977. 


Imigrantes sofrem no decênio farrapo

A mistura de bons imigrantes com um pequeno grupo de presidiários de Mecklenburg trouxe a São Leopoldo os mais sérios problemas de ordem pública e comunitária. Uma das soluções encontradas era transferir os indesejados para uma região mais distante, desabitado e abandonado pelos índios missioneiros.
Nos primeiros 10 anos de Imigração, o Império Brasileiro estava envolvido com as revoluções internas nas províncias que não apoiavam a Independência e detestavam Dom Pedro I. Preferiam defender os interesses de Portugal. Por quê? Com certeza, para não perder cargos e demais privilégios.
Especialmente, no sul do Brasil, a Província Cisplatina aproveitou o clima da Independência do Império para conseguir sua própria separação e se constituir o novo país do Uruguai. Muitos imigrantes, especialmente jovens, acabaram defendendo os interesses brasileiros e dezenas deles sacrificaram suas vidas.
Acabada a primeira década, estourou a Revolução Farroupilha, em 20 de setembro de 1835. A Colônia de São Leopoldo ficou dividida entre os imperialistas liderados pelo Dr. Daniel Hillebrand e os revolucionários chefiados por Hermann von Salisch. No decênio farrapo, a colônia prestou suporte em produtos agrícolas e pequenas indústrias alimentícias à Porto Alegre sitiada, provendo a capital com suprimentos transportados em pequenas barcas pelo Rio dos Sinos.
A colônia se estendia por mais de mil quilômetros quadrados, indo em direção sul-norte de Esteio (hoje) até o Campo dos Bugres (Caxias do Sul, hoje). Em direção leste-oeste de Taquara (hoje) até o Porto dos Guimarães, no Rio Caí (São Sebastião do Caí, hoje). Mesmo em Taquari, desde 1833 já havia imigrante alemão. Durante o decênio, as antigas fazendas no Vale do Taquari foram invadidas por ambas as forças para abrigar feridos, desertores e foragidos, além de saques em animais e alimentos. Um dos mais atingidos foi a Fazenda da Pedreira, onde nasceu David Canabarro.

David Canabarro

Aos poucos, novas levas de imigrantes ocuparam os vales dos rios dos Sinos, Cadeia e Caí, lançando o progresso através da dedicação ao trabalho, o que ensejou que a colônia alemã se emancipasse de Porto Alegre, instalado município em 24 de julho de 1846, apenas 22 anos depois de fundada.
Concorreu para este fato serem os alemães, além de Landmänner (agricultores), também Handwerker (artesãos). Daí, uma variada produção que acabou sendo o embrião industrial do Vale do Rio dos Sinos. É em homenagem a esses imigrantes que o dia 25 de julho é feriado municipal. Em 1865, a colônia recebeu a visita do imperador Dom Pedro II. Em 1874, foi inaugurada a estrada de ferro ligando a cidade a Porto Alegre, facilitando o escoamento dos produtos da colônia.
Em diversos pontos da sua grande área do passado, surgiram núcleos de desenvolvimento que depois se emanciparam, tornando-se prósperas cidades. Ao todo, foram oito novas cidades geradas. O município de São Leopoldo, portanto, deu origem a toda a região atualmente denominada "Vale do Rio dos Sinos".


Imigrantes alemães em Lajeado

Antônio Fialho de Vargas foi um dos vários investidores imobiliários que tinha relações com Taquari e conhecia seu potencial para uma colonização, como um prolongamento das colônias em torno de São Leopoldo, havia já desde 1824.
Também o governo procurava áreas para promover a colonização oficial ou para estimular o setor privado. No Livro de Atas da Câmara Municipal de Taquari consta que na sessão de 10-7-1852 foi aprovada a resposta a um ofício do governo, solicitando informações sobre a existência de terrenos devolutos no vale do Taquari, mui próprios para colônias agrícolas. Os vereadores alertaram sobre os obstáculos de trânsito, dificultado por 14 catadupas ou cachoeiras no Rio Taquari; no entanto que, se o governo comprar a fazenda dos Conventos e Lajeado, juntamente, será um terreno de superior qualidade para a agricultura...
Pois, esta informação foi repassada para Antônio Fialho de Vargas, que se associou a João Batista Soares da Silveira e Souza e Manuel Fialho de Vargas para formar a empresa imobiliária, denominada Batista & Fialho e Cia. Sob a gerência de Antônio Fialho de Vargas, com 50% das ações, em 1853 esta sociedade comprou as fazendas dos Conventos e Lajeado. Logo contratou agrimensores para medi-las em lotes coloniais, iniciando suas vendas. Ultrapassava 148 colônias, de 150 mil braças quadradas cada uma, num total de 22.275 mil braças quadradas.
De imediato, o fundador Antônio Fialho de Vargas vendeu suas propriedades em Gravataí, trouxe em seu barco próprio peões, escravos e material de construção para erguer o seu sobrado em cima do Paredão, na antiga sede da Fazenda dos Conventos, hoje Bairro de Carneiros. Terminado o prédio e as instalações anexas, foi buscar sua esposa Maria Inácia da Conceição Dutra, seus filhos e escravas domésticas e inaugurou sua moradia em 20 de março de 1855, considerada a data oficial de fundação da Colônia dos Conventos.
Em 1861, Fialho de Vargas mandou ao governo provincial um Mapa Estatístico da Fazenda dos Conventos, informando os nomes dos 68 imigrantes pioneiros, sendo o primeiro João Luís Krämer, com 50 anos de idade, com sete filhos homens. Em seis anos de colonização, havia em Lajeado 309 habitantes, dos quais 159 do sexo masculino e 150, feminino. Menores de até 5 anos: 59 crianças. Em idade escolar, de 6 a 14, havia 78, sendo 27 meninos e 51 meninas. Quanto à nacionalidade: 44 eram da Prússia, 8 brasileiros e os restantes 16 deixou de indicar. Quanto à religião: 18 católicos, 15 protestantes e 33 sem identificação. Quanto à profissão: 3 alfaiates, 4 pedreiros, 2 sapateiros, 1 ferreiro, 1 armeiro, 2 marceneiros.

O Rio Taquari foi o único caminho por várias décadas.

            A média era de uns 60 ha para cada um e apenas em torno de 15% estava sendo cultivada, permanecendo, em 1861, quase 85% em mata virgem. Das 68 famílias, nenhuma era de origem luso-brasileira, nem a dele. Muito menos, forneceu ao governo o número de escravos, mas não chegava a 30.

Lembrando Prêmio de Reportagem pelos 100 Anos de Santa Cruz do Sul

            Reencontrei recorte do Jornal O Informativo do Vale, de 5-9-1978, com a notícia dada pelo então colega Elígius Hallmann, de saudosa memória, pela conquista do 1º lugar no Concurso Prêmio de Reportagem Centenário de Santa Cruz do Sul,  pelo professor  José Alfredo Schierholt. Instituído pela Prefeitura Municipal, a reportagem premiada foi um trabalho de Subsídios para a História de Santa Cruz do Sul, publicada no jornal Gazeta do Sul, então com 33 anos de circulação, fazendo jus a um prêmio de Cr$ 10.000,00. Foi um bom prêmio.


Lajeadense esquecido: Padre Cláudio Mallmann

Sacerdote missionário redentorista, padre Cláudio nasceu em 7-7-1937, em Conventos, batizado na Igreja Matriz Santo Inácio de Lajeado, filho de Jakob Mallmann e de Anna Leocádia Beuren. Na semana de pregação das Santas Missões, com 11 anos de idade  desejou também entrar no seminário e ser missionário. Para isso, matriculou-se no Seminário de Carazinho.
 Em 1950, transferiu-se para São Paulo, onde findou os estudos, foi ordenado sacerdote em julho de 1962 e rezou as primícias em Conventos, onde festejou o Jubileu de Ouro, em 2012. No ano seguinte, iniciou o trabalho na Basílica Nacional de Aparecida, em Aparecida do Norte, mas logo veio a Porto Alegre para se preparar à vida missionária,  o que exerceu por 30 anos.
Atualmente, trabalha no Santuário de Aparecida, dedicando-se ao atendimento em confissões, batizados e celebração de missas, inclusive a televisionada.


Pe. Cláudio Mallmann – em Conventos, no seu Jubileu de Ouro, em 2012



Foto de Ditmar Henrique Born

          Um grande público se fez presente no evento da Comunidade São José de Conventos. Os bispos Dom Canísio Klaus, Dom Jeremias e vários padres prestigiaram a comemoração do Jubileu de Ouro da Pe. Cláudio Mallmann, natural de Conventos. Ainda houve futebol, almoço, Dossmann, Papai Noel e Bailão.


Antigas fotos perdidas no tempo

            Tenho em meu Laboratório de Pesquisas diversas fotos sem dados de identificação. Talvez, algum leitor mais antigo tenha boa visão para identificar pessoas e parentes que possam ajudar no reconhecimento das feições de algum de seus antepassados.
Abaixo está uma foto onde o professor teve a feliz iniciativa de obedecer às determinações municipais para colocar com giz branco num quadro-negro a autenticação da escola, localidade e data. Deutsche Schule é a Escola Alemã, como era denominada a Escola Paroquial, da Picada Wink, em 20 de outubro de 1917, então Estrella.
Sabe-se de outra fonte, que o professor Pedro Paulo Mörschbächer lecionava na aula particular subvencionada pelo governo do Município de Estrela, na Picada Wink, onde tinha 38 alunos, matriculados em 1916. Os seus parentes poderiam nos repassar seus dados biográficos.


Deutsche Schule ou Escola Paroquial (Católica) de Linha Wink, então Estrela, em 20-10-1917, sendo professor Pedro (Paulo) Mörschbächer, com 63 alunos.


Foto desconhecida de Comunidade Evangélica

            Esta foto é totalmente desconhecida. Como se encontrava com outras de Estrela, pode se supor que seja do interior do Município, talvez Teutônia, Fazenda Lohmann ou Roca Sales.
            No alto, está um pastor evangélico, entre dois membros de sua Comunidade, em companhia de mais lideranças e pais de adolescentes que participaram da sua Confirmação. A foto pode registrar um acontecimento ocorrido há perto de um século.
Quem conseguir identificar alguma pessoa nessa foto, por favor, entre em contato comigo por e-mail.



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Leopoldo Pedro Feldens

É engenheiro agrônomo, professor universitário e ex-prefeito de Lajeado. Nasceu em 21-7-1940, em Lajeado, filho de Leo nora e Deu Feldens. Em 12-2-1966, casou-se com Dinorá Garcia, tendo os filhos Alexandre, Dina Mara, Luciana e Juliana. Cursou o primário e segundo graus no Colégio São José e formou-se engenheiro agrônomo na UFRGS, em 1964, com pós-graduação em Ecologia Humana, pela Unisinos, em 1981.
 Foi agente conservacionista, de 1966 a 1985; diretor do Reflorestamento, no Ministério da Agricultura, em 1985; superintendente estadual do OBDF, em 1986-1987; presidente da CEASA e coordenador estadual de Abastecimento S.A., em 1988; diretor geral da Secretaria de Agricultura do Estado, em 1988-1989; secretário de Estado da Agricultura Adjunto, em 1989-1990. Foi professor no Curso de Ciências, na FECLAT, da FATES, hoje Univates, em 1991-1992.
Foi eleito prefeito municipal em 3-10-1992, com 14.581 votos (0,32%), pela oposição denominada Movimento Trabalhista Lajeadense, com mandato de 1-1-1993 a 1-1-1997.
Em 1989, publicou Dimensão Ecológica da Pequena Propriedade no Rio Grande do Sul, pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado, com 154 páginas. Em 2014, lançou o livro Ainda há tempo, com 232 páginas, ilustradas com 52 fotos. São narrativas profissionais, voltadas para política, história e meio ambiente. A arte da capa é de Gustavo Lucian Pflugseder; a imagem é de Dinorá Garcia; o projeto gráfico e editoração são de Niura Fernanda Souza e a revisão é de Caren Capaverde.
O prefácio está assinado pela filha Dinamara Garcia Feldens, graduada em História, mestrado e doutorado em Educação e pós-doutorado em Filosofia. O Autor aposta que ainda há tempo para reverter o quadro ambiental caótico do nosso planetaMudou-se para Porto Alegre, na Av. Independência 352 – Bloco B,  Aptº  1703. Contatos: Fone (51) 9933 5021. E-mail: lpfeldens@bol.com.br