Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Critérios para nomes de ruas

Quem observa os nomes de ruas em nossas cidades e procura conhecer os homenageados pode ficar estarrecido pelos absurdos que estão sendo praticados.
Lajeado e Estrela têm leis específicas que estabelecem os critérios, na seguinte ordem de preferência:
1°- nomes de pessoas que tiveram atuação destacada na vida do Município, na parte social, educacional, esportiva, econômica ou comunitária; 2° - de pessoas que tenham ocupado cargo político ou público no Município, Estado ou União e se destacaram nessa função; 3°- de pessoas que tenham contribuído com ponderáveis parcelas de terras, sem ônus para o Município, para a abertura de ruas ou construções de prédios públicos; 4°- de países, estados, municípios, distritos e localidades; 5°- de pássaros, animais, plantas, pedras preciosas, fenômenos da natureza ou denominações geográficas; 6°- pessoas e datas que tenha vinculação à história do Brasil, Estado e, Município; 7°- de santos ou de líderes religiosos.
Cidade rica em história, mas que esquecem seus construtores é pobre em cultura. Basta olhar alguns nomes de ruas...

Escola de Henrique João Batista Jaeger

No início do século passado, talvez completando 100 anos, havia no centro de Lajeado uma escola pública estadual regida pelo professor Henrique João Batista Jaeger.
Observemos os detalhes do uniforme ou trajes de festa. Lamentavelmente, no verso da foto não há nenhuma identificação de nomes, data e fato registrado. São 24 meninos e 24 meninas... Henrique João Batista Jaeger era professor da rede estadual. Filho de Henrique Jaeger e Teresa Lachmit, nasceu lá por 1879, em S. Leopoldo. Aprovado em concurso, foi nomeado em 17-9-1898, professor na Estação Sapucaia.
Talvez pela ligação desta família Jaeger, ramo católico, com os padres jesuítas e por ser sobrinho da Irmã M. Clementina, primeira diretora do atual Colégio Madre Bárbara, Henrique João Batista se transferiu para Lajeado. Aqui se casou em 26-5-1906 com Guilhermina Carolina Hennemann.

Pequenas biografias

• Frederico Eggler
Médico em Santa Clara do Sul. Nasceu em Bönigen, na Suíça, em 17-12-1887. Após cursar várias disciplinas básicas profissionalizantes na área da saúde, com mais de 17 anos de idade ingressou na Medicina Clínica da Universidade de Berna. Em torno de 14 anos depois, despediu-se com o seguinte Atestado. O abaixo-assinado atesta que o Sr. Fritz Eggler atuou, de setembro de 1905 até 1° de julho de 1919, na Clínica Médica da Universidade de Berna, que está sob a direção do abaixo-assinado, corno cuidador-mor, destacando-se durante este período como eficiente e fiel colaborador conquistando sempre minha plena satisfação. Com muito pesar o vi deixando Berna e desejo a ele tudo de bom para seu progresso pessoal, e o recomendo para qualquer pessoa. Berna, 23-VIII-1919. As. Prof. Dr Sahli, diretor da Clínica Médica da Universidade de Berna - cf tradução de Dr. Wemer Schínke.
Da Suíça emigrou para o Brasil, vindo em 19-10-1919, para Monte Alveme, onde seu irmão Dr. Pedro já clinicava, desde 1914. No ano seguinte, veio para Santa Clara. Naturalizado brasileiro, Eggler recebeu do presidente Getúlio Vargas a autorização de médico-licenciado, ainda dentro dos antigos princípios positivistas. Por não completar ou revalidar seus estudos médicos em Universidade Brasileira, não foi admitido como médico sócio na Sociedade de Medicina do Alto Taquari - Smat. Consta que tenha aperfeiçoado alguns conhecimentos na Universidade de São Paulo.
Para facilitar o atendimento médico, já em 1922 adquiriu um automóvel Ford e construiu uma casa mais espaçosa, para o seu consultório, sala de cirurgia e de atendimento intensivo, conforme O Labor de 25-11-1922. Também teve a iniciativa de providenciar na iluminação elétrica, oficina mecânica. Incentivou a indústria de tesouras, fogões RoIand, camas e colchões. Em primeiras núpcias, estava casado com Clara Marta, falecida em 23-7-1934. O médico faleceu em Santa Clara do Sul, em 5-6-1962.

Resgatando primitivos nomes de lugares  

Abalados - Antigo bairro da sede distrital de Cruzeiro do Sul, integrante do perímetro suburbano, conforme Lei nº151l, de 15-2-1950.
Alegre - O arroio nasce na região alta de Linha Alegre, a 666 m de altitude, faz divisa entre os municípios de Sério e Santa Clara do Sul, percorrendo em torno de 10 km para receber as águas do Abelha, seguindo mais em torno de 5km para se lançar no Forquetinha. A linha colonial é "antiga e rica”. Um dos pioneiros foi João Pedro Schmitz, casado com Maria Ana Zimmer, tendo 10 filhos. Também são citados Filipe Bald, Francisco Bourscheid, Filipe Bergmann, José Marasini, João Lassen, Miguel Lenhardt, Henrique Locatelli e Alberto Hamester. Sagrada Família é a padroeira da capela. A primeira missa na capela-escola foi rezada em 29-6-1887. A capela definitiva foi inaugurada em 1899. Também foi organizada a Congregação S. Paulo da comunidade luterana foi organizada e a capela de alvenaria foi inaugurada em 21-9-1921, reconstruída em 3-7-1937. Emancipou-se de Conventos como paróquia nova, em 1-1-1943, abrangendo as comunidades de Arroio Alegre, Arroio Abelha, Barra da Orlanda e Sampaio. Mais tarde, foram agregadas as comunidade de Alto Arroio Alegre, Alto Sampaio e Sampainho. Seu primeiro pastor foi Arno Carlos Güths.




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