Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Educação de jovens e adultos

O trabalho afastou muita criança a concluir o primário. Só quem é cego não vê o que acontece há décadas. As pessoas que aprendem a ler e escrever na escola, mas não exercitam mais a leitura e a escrita, por excesso de trabalho e Tv, voltam a ser analfabetas.
Em tempo, também na região aumentam as turmas que recebem a Educação de Jovens e Adultos - Eja. Na Feira ao Livro do CEAT várias escolas vieram assistir o depoimento da Academia dos Escritores do Vale do Taquari. Em 11 de maio, o prefeito Paulo Kohlrausch, de Santa Clara do Sul, inaugurou o Eja em Alto Arroio Alegre, com 33 alunos, de lá, de Sampainho e de Chapadão, que estão há duas décadas fora da escola, para concluir a escolaridade ou reaprender a ler e escrever.
Assim, a municipalidade dá a quem quiser resgatar o direito de completar a cidadania. Nossos aplausos às autoridades que atendem os interesses e expectativas de seus cidadãos, gratuitamente.

Primeiras estradas

Os primitivos trilhos dos índios podem ter originado como piques das primitivas estradas. Por águas, por mais de um século o Rio Taquari serviu de via principal, o transporte fluvial, entre a região de Porto Alegre e o Vale do Taquari. Com certeza, em ambas as margens de rios e arroios os trilhos serviram como primeiros caminhos por terra. Na fase da colonização, o traçado dos travessões e respectivas linhas coloniais deu origem à abertura de piques para cargueiros, depois alargados para estradas carroçáveis. A partir de 1922, já o automóvel exigia melhoramentos para o transporte rodoviário estradas. Sem as máquinas modernas, apenas o picão, picareta e dinamites serviam para o homem encurtar trajetos por morros e peraus.

Pequenas biografias

• Bento Rodrigues da Rosa
O homenageado foi advogado provisionado, latifundiário, agrimensor, Presidente da Junta Municipal de Estrela, primeiro Intendente de Lajeado, de 19-8-1892 a 7-6-1893, e Conselheiro em Taquari. Nasceu a 5-4-1852, em Harmonia, Montenegro, filho de José Luís e Leonora Rodrigues Machado, casado com Antônia Maria de Oliveira Rosa, tendo os filhos Otelo, Geni e Ester. Defensor das ideias republicanas encontrava-se medindo terras na região alta do antigo território de Lajeado, quando foi proclamada a República. Nesta função, adquiriu extensas terras na área. Em 15-8-1890, sugeriu ao governo estadual a adoção oficial da Bandeira da República Rio-grandense para RS, desde então em vigor. Presidiu os atos oficiais da instalação do Município de Lajeado, em 25-2-1891, ano em que fixou residência em Taquari, com banca de advocacia, atendendo o foro de Santo Amaro e Estrela. Faleceu em Montenegro, em 27-11-1926. Em sua homenagem, há em Lajeado a Rua Bento Rosa e de seu filho, Rua Otelo Rosa. A foto pode ser de 1923.

Resgatando primitivos nomes de lugares

Knüppelverein – Esta denominação já é uma mistura de lugar com sociedade. Sua história entrou nas brumas da lenda e do folclore. Possivelmente, nada tem a ver com Oto Carlos Knüppeln, o agrimensor, talvez um Brummer, que mediu terras em Forquetinha, na região do "sertão", conforme fontes de 1856. Na tradução da língua alemã, Knüppelverein era uma Sociedade do porrete ou cacete. Trata-sede um agrupamento de pessoas na região entre o Bauereck e Baixo Canudos, com objetivos de promover pequenas badernas, mais para gozação e brincadeiras de mau gosto entre os moradores, por exemplo, enlamear com excremento humano ou de animais maçanetas ou tramelas de portões de entradas na casa da namorada, para que as mãos do namorado ficassem fedendo. Geralmente, entravam em ação em fins de semana, mormente em festas, torneios de futebol, carreiras e outros divertimentos. Mesmo que mantivessem um tipo de código de silêncio de suas malandragens, muitas vezes revidavam com atos de vingança, chegando por vezes, à violência. Consta ter havido um único caso de morte, sem premeditação, revelado décadas depois por um protagonista: certo agricultor estava montando guarda em seu pequeno parreiral, à noite, quando foi surpreendido por alguns membros do Knüppelverein, que apenas pretendiam pregar-lhe um susto. Por acidente, foi mortalmente ferido. Penduraram o corpo da vítima no barrote do parreiral, simulando um suicídio, como teria sido registrado na Delegacia de Polícia. O mistério perdurou por muitos anos. Uma das consequências foi à diminuição das badernas até seu total desaparecimento.


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