Transporte coletivo
Em 1926, com apenas 20 anos de idade, João Carlos Weiand, talvez primeiro mecânico em Santa Clara do Sul, ampliou sua oficina e lá estabeleceu a subagência da Ford, vendendo o primeiro Ford 1926 a Edmundo Arenhart. Em 1928, adquiriu a parte do médico Dr. Frederico Eggler e buscou solidificar a empresa. Sobre um chassis de caminhão Ford montou uma carroceria coberta de toldo, com bancos inteiriços e abertos pelo lado, com estribo e porta-bagagens: foi o primeiro caminhão de passageiros de Santa Clara.
Ao iniciar a década de 1930, um novo surto de colônias novas no planalto missioneiro estava desafogando o superpovoamento de algumas linhas coloniais, como Santa Clara. Aqui as terras estavam ficando cada vez mais caras e retalhadas para os numerosos filhos da zona rural. Carlos Weiand foi o pioneiro no transporte de mudanças de numerosas famílias para Criciumal, Três Passos, Três de Maio, Tenente Portela, Humaitá e arredores. Os mais pobres levavam semanas de carroça.
Em conseqüência também surgiu o transporte de passageiros, mesmo que diminuísse o fluxo migratório, mas se intensificava o intercâmbio entre familiares e parentes das colônias novas e velhas. Em 10-11-1941, Carlos Weiand requereu na Prefeitura a linha entre Santa Clara e Forquetinha, passando por São Bento e Conventos, nas terças e sextas feiras.
Durante a II Guerra Mundial faltou gasolina e a solução engenhada foi a adoção do gasogênio, à lenha e carvão. Manteve suas linhas de ônibus até 1950. Vendeu os ônibus para adquirir uma frota de caminhões de carga.
Pequenas biografias
Padre Érico Jacó Schmitz
O padre Érico Jacó Schmitz foi o décimo terceiro pároco da Paróquia de Santo Inácio de Lajeado. Nasceu em 19-5-1921, em Bom Princípio (RS), filho de José Luís Schmitz e Otília Margarida Ausst. Em 1934, entrou no Seminário Conceição em São Leopoldo. Concluídos os cursos de Filosofia e Teologia, ordenou-se sacerdote, em 30-11-1946. Depois de atuar em Porto Alegre, Herval e Esteio veio para Lajeado em 15-1-1956. Deu um novo impulso às obras da igreja matriz, concluir as duas torres e pintura externa, inaugurando-a em 19-4-1958. Construiu o Pavilhão Paroquial, inaugurado em 3-12-196l. Exatamente quatro meses depois de ter adquirido um órgão novo e moderno para a igreja, veio um tufão varrer o centro da cidade de Lajeado, na manhã de 1-9-1967. Houve 5 mortes e 122 feridos. Foi reconstruído e reinaugurado o pavilhão, em dezembro de 1971. Ao retomar de Roma, depois de um ano de estudos, foi eleito sucessor de Ney Arruda como presidente da Associação Pró-Ensino Universitário no Alto Taquari - APEUAT, em 4-4-1968. Em 1969, iniciou o curso de Letras e, em 1970, os cursos de Economia e Ciências Contábeis. Após 23 anos de pároco em Lajeado, em 4-2-1979, transferiu-se para Santa Cruz do Sul. Depois de 11 anos de magistério superior na APEUAT e FATES, Pe. Érico deixou também o Campus Universitário de Lajeado, em fevereiro de 1980. Após vários anos de sofrimento, seqüelas de um violento acidente de trânsito ocorrido em Santa Cruz do Sul, Pe. Érico veio a falecer em 1-2-1998, em Bom Princípio. Ainda não tem nome de rua ou escola.
Biblioteca doméstica?
Se a Copa 2006 não trouxe para o Brasil o canecão do Hexa, valeu pela tecnologia da informação instantânea e conhecimentos que ocorrem pelo mundo. Particularmente, é impressionante um monumento em Berlim, que representa uma enorme pilha de livros. É uma homenagem aos escritores e poetas de sua pátria.
Aqui no Brasil não precisamos imitar os alemães na construção de um monumento de livros. Dos imigrantes herdamos a leitura de livros, almanaques, revistas e jornais como um lazer à noite e em fins de semana e feriados. Apesar das dificuldades na aquisição de livros e assinatura de jornais, havia na maioria dos lares uma pequena biblioteca doméstica. Também nas paróquias, vilas e sociedades foram fundadas bibliotecas. Lia-se muito mais que hoje.
Os meios modernos de comunicação trocaram este lazer da leitura por outros lazeres. Além do exemplo de pais e professores, as feiras de livros - Lajeado Leitor e outras promoções estão incentivando a leitura.
Também o lançamento de livros em nossa região é um estímulo. Em 6-7-2006, no Unicshopping, o neurocirurgião Marcos Rogério de Castro Frank publicou seu segundo livro, "Sempre aos Sábados". É uma coletânea de 82 crônicas selecionadas e publicadas em O Informativo do Vale, sempre aos sábados, desde 1997. No dia 15, será a vez novamente em Encantado para um novo lançamento de livro. A Academia Literária do Vale do Taquari – Alivat reúne escritores da região. Uma de suas propostas é popularizar o livro, impresso ou virtual, bem como interagir o leitor e escritor.
José Alfredo Schierholt Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com orestesmallmann_gremio@hotmail.com
A cada dia que passa esse blog fica mais completo e mais interessante. Só poderia ser obra de nosso querido escritor e historiador Pro. Schierholt.
ResponderExcluirUm grande abraço
Miriam Biottega Dullius