Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Academia Literária do Vale do Taquari

No próximo dia 4 de outubro, a Academia Literária do Vale do Taquari – Alivat completa seu primeiro aniversário.
A idéia de sua fundação é antiga, prevista no § 3º do Art. 5º dos Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Vale do Taquari, fundado em 18 de abril de 1986, na então Fates. Mas, o Vale não estava maduro para o seu funcionamento.
Hoje, a região tem mais de 120 escritores vivos, ligados ao Vale. A Alivat foi fundada na Univates para unificar os profissionais em literatura, na pesquisa e na sua área profissional.
Entretanto, não são muitos os escritores que se reúnem mensalmente. O objetivo é incentivar a produção literária, troca de experiências na elaboração, editoração, gráfica, distribuição e comercialização de seus livros, bem como sua divulgação junto ao leitor e apreciação crítica de especialistas em Literatura.
Entretanto, o mais gratificante dos encontros é a confraternização.
A Alivat também incentiva novos escritores e prestigia o lançamento de todos os livros produzidos na região. A permuta dos livros entre os acadêmicos é uma oportunidade para que cada um dos membros possa forma sua biblioteca pessoal, reunindo a produção literária do Vale.
 A primeira diretoria está assim constituída: presidente Ana Cecília Togni, vice-presidente Jorge Moreira, secretário Deoli Gräff e tesoureiro José Alfredo Schierholt. O Conselho Fiscal é composto por Genuíno Antônio Ferri, Osmar Agostini, Nara Terezinha Knaack, Voní T. Loposinski e Juliano Stapenhorst Schwarz. 

Tiro de Guerra

 
Centro ou Escola de Instrução Militar – EIM foram pequenos quartéis no interior para a formação de reservistas de Segunda Categoria do Exército, destinado aos cidadãos que, por qualquer motivo, não se incorporavam aos quartéis e subunidades regulares.
O objetivo tinha caráter cívico-militar, a fim de proporcionar a instrução militar no meio civil e dar aos seus membros a instrução necessária aos reservistas do Exército.
Criado em 1906 e regulamentado no ano seguinte, através da Confederação do Tiro de Guerra - TG, no Vale do Taquari, houve as seguintes unidades e respectivas datas de fundação: o TG 159 de Taquari, em 30-4-1911; o TG 208 de Bom Retiro do Sul, em julho de 1912; o TG 227 de Estrela, em 28-5-1916; o TG 230 de Muçum, em 16-7-1916; o TG 236 de Lajeado, em 20-8-1916 e a Escola de Instrução Militar n. 217, anexa ao Colégio São José; o TG 300 de Roca Sales, em 28-10-1916; o TG 298 de Corvo, em 25-1-1917; o TG 375 de Encantado, em 21-4-1917; o TG 239 de Santa Clara, em 1918; o TG 648 de Teutônia, em 6-1-1920; o TG 669 de Arroio do Meio, em 1923, e o TG 144 de Vila Fão, em 1934.
Infelizmente, os Tiros de Guerra foram extintos durante a II Guerra Mundial. Seus arquivos foram recolhidos pelo Exército. O serviço militar obrigatório nos quartéis foi e é uma das causas do êxodo rural, embora sempre houvesse esporádicos movimentos para o retorno do TG.
Encontrada no Museu Municipal de Forquetinha, a foto aqui ao lado, talvez, seja a formatura de 36 soldados do TG-239 de Santa Clara. No alto há uma faixa em cartaz, com os dizeres: Aqui se aprende a defender a Pátria. Local e nomes das pessoas não foram identificados, o que algum leitor possivelmente possa fazer.

Foto: Escola de Instrução Militar – EIM 387 – Diretor Teobaldo Dick.


Pequenas biografias

João Marques de Freitas
João Marques Freitas foi o quinto na ordem da sucessão do Poder Executivo de Lajeado, na qualidade de presidente interino da Junta Municipal de. Administrou este Município por quatro dias, de 29-2-1892 a 4-3-1892.
Nasceu em 19 de dezembro de 1855, filho de Vicente Marques de Freitas e Fausta Maria de Freitas. Estava casado com Francisca Pinto Viana, tendo os filhos: João (+ 1-8-1890), Amélia, Américo, Maria José, Olavo, Maria Orfelina e Maria Assunção.
Foi empresário comercial bem sucedido, de grande prestígio. Sua Casa Comercial, armazém de secos e molhados, na Fazenda da Demanda, hoje Cruzeiro do Sul, era um empório comercial, com atacado e varejo. Agricultores vinham do interior, em carroças ou tropa de cargueiros, para lá vender seus produtos coloniais e comprar as necessidades nas colônias.
Na margem direita do Rio Taquari, montou um porto particular, com trapiche e maxambomba. Além do comércio, também se associou a Joaquim José de Brito, fundando a Companhia Navegação Alto Taquari, cujos estatutos foram publicados em O Taquaryense, de 10-7-1892. Três meses depois, mais sócios de Lajeado se agregaram, como Vendelino Hennemann Filho, Filipe Jacó Hexsel e Luís Filipe Hexsel.
Freitas interessou-se pela comunidade, criação do distrito, freguesia Santo Inácio e, depois, Município de Lajeado. Foi um dos líderes do Partido Liberal. Proclamada a República, apoiou os maragatos na Revolução Federalista (1893-1895), envolvido em alguns combates, pois seu comércio foi invadido pelos republicanos.
João Marques de Freitas faleceu em 25 de novembro de 1915, em Cruzeiro do Sul.

Resgatando primitivos nomes

Araguari - Denominação dada pela Portaria n. 242, de 23-11-1939 ao núcleo colonial e Arroio Nova Alemanha ou Neu Deutschland ou ainda Daitschlännerbach, no dialeto Hunsrücker, como consta no mapa do município. Nasce no município de Sério e desemboca na margem direita do Forquetinha. Servindo de linha limítrofe, a margem esquerda integra o município de Canudos do Vale, onde Antônio Bergamini foi um dos pioneiros italianos a se estabelecer, registrando suas terras em 23-1-1896. A margem direita pertence ao município de Forquetinha, vizinhando com a Picada Araguari ou Neu Deutschland ao Sul e com Bauer Eck ao Leste.
Baumschneis – Linha colonial no extremo oeste do município de Forquetinha, na divisa com Sério, na margem direita do Arroio Alegre.
Bela Vista do Fão – É o mesmo que Vila Fão, sua primeira denominação.
Belizário - Afluente do Arroio Tamanduá, entre Canudos e Marques de Souza, pertencendo ao antigo território de Lajeado.
Benedito - Primitivamente conhecido como Arroio Monjolo, atravessa a cidade de Boqueirão do Leão. A Portaria 242 municipal de Lajeado, de 23-11-1939, alterou a denominação.
Beriva - Morro, arroio e linha colonial, no Vale do Rio Carreiro, pertencente ao primitivo território de Lajeado.
Bernardina - Com esse topônimo nasce o Rio Fão junto à cidade de Soledade, um pequeno Lajeado.
Bernardino Elias - Arroio que banha o município de Anta Gorda.
Berté - Antiga linha colonial junto ao Arroio Putinga e barra do Arroio Peca. Pertencia ao primitivo território de Lajeado.
Bicudinho – Diminutivo de Bicudo, conforme o “Dicionário” de Otávio Augusto de Faria, em 1914, o verbete “Bicudinho” é citado cinco vezes, como morro, arroio e linha colonial em Estrela e Lajeado, nomes hoje esquecidos, em municípios desmembrados. Antigo nome da cachoeira, nas proximidades da Cachoeira do Lajeado. Também existia a Corredeira do Bicudinho, o mesmo que Cachoeira do Tigre, no Portão Quilômetro 177.

José Alfredo Schierholt                                                                                     Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com

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