Navegação pelo Rio Taquari
O primeiro navio a vapor que navegou águas rio-grandenses foi a barca “Liberal”, vinda dos Estados Unidos, reformada no estaleiro do Rio Santa Bárbara, em Pelotas, lançada em setembro de 1832. Mais tarde, foi transformada em navio de guerra.
Singrando pelas águas do Rio Pardo até o porto de Triunfo, os primeiros povoadores e colonizadores prosseguiam a viagem pelo Rio Taquari, rumo às
fazendas e colônias férteis do seu Vale. Foi este, por mais de um século, o único caminho. Há registros de nomes de barcos e de marinheiros escravos dos irmãos
João e José Inácio Teixeira, cujos nomes estãoem Lajeado I , p. 29 a 31.
fazendas e colônias férteis do seu Vale. Foi este, por mais de um século, o único caminho. Há registros de nomes de barcos e de marinheiros escravos dos irmãos
João e José Inácio Teixeira, cujos nomes estão
Entre as 31 cachoeiras existentes no Rio Taquari estão as de Moinhos, Lajeado, Conventos e Criminosa. O terror dos marinheiros era a Cachoeira de Lajeado, cujas lajes enormes, lisas e minadas de cascalhos roliços deram origem ao nome de Lajeado à Cachoeira, ao Arroio que ali tem sua barra, à Fazenda, à Colônia, ao Porto, à Capela, à Paróquia, ao Distrito, ao Município, à Comarca, à Cidade, e, de certa forma, ao Pólo Regional.
A Lei no. 344, de 6-2-1857, concedia a subvenção anual de três contos-de-réis à embarcação que navegasse, de forma regular, até às sedes das colônias de Estrela e Conventos, o que foi aproveitado pelos mesmos empresários. Desta forma o governo estimulava a colonização privada. Os fundadores das colônias de
Estrela e Conventos-Lajeado tinham seus barcos próprios. Antônio Fialho de Vargas havia adquirido o lanchão “Especulação”. Antônio Vítor de Sampaio Mena
Barreto possuía o vapor “Estrela”, em 1860, e o “Temerário”, comprado 14 anos depois.
Estrela e Conventos-Lajeado tinham seus barcos próprios. Antônio Fialho de Vargas havia adquirido o lanchão “Especulação”. Antônio Vítor de Sampaio Mena
Barreto possuía o vapor “Estrela”, em 1860, e o “Temerário”, comprado 14 anos depois.
A foto mostra o vapor Brasil, capitânia, isto é, que leva o capitão ou comandante da frota da Navegação Arnt – 1921.
Jacó Arnt
Maior empresário na área de transporte fluvial, Jacó Arnt foi o fundador e diretor da Navegação Arnt Ltda.
Jacó nasceu em 1853, em Dois Irmãos , filho de Carlos Emílio Arnt e Felisbina Schüler.
Com 12 anos, acompanhou a família para Teutônia, onde auxiliava seu pai no comércio, como carroceiro. Seu pai foi o segundo diretor da Colonização de Teutônia.
Obtendo sua independência econômica, fixou-se em Taquari, onde estava casado com Elisabeta Fleck Arnt. Com seu irmão comprou terras em Bom Retiro do Sul, lançando as bases da cidade, em 15 de março de 1887.
Foi republicano e vereador de Taquari, ao ser proclamada a República. Entretanto, sempre manifestou respeito ao imperador Dom Pedro II, não concordando com a condenação da família real para o exílio.
Foi o primeiro barco a vapor a aportar em Taquari, sucedendo aos barcos veleiros, antigos heróis. Com 22 anos de idade, Jacó Arnt, adquiriu, com 10 colegas, o velho vapor “Flecha”', rebatizando-o, após a reforma, com o nome de “Taquari”. Era a origem da Companhia Navegação Arnt Ltda. Com 88 anos de idade, em 1941, Jacó comandava 60 embarcações, dos quais 10 vapores eram de 12 a 45 toneladas, transportando, na média, 2.000 toneladas de cargas e 10 mil passageiros por mês e umas 100 mil malas postais por ano.
A Agência da Companhia Navegação Arnt Ltda. em Lajeado localizava-se lá onde, depois, se estabeleceu a empresa Marquardt Scherer & Cia. Ltda. Hoje, os pavilhões estão desativados.
Jacó Arnt faleceu em 14 de outubro de 1930, em Taquari.
Quanta coisa legal, interessante!
ResponderExcluirAdorei o antigo mapa das ruas de Lajeado e a história das maxambombas.
Gosto de ver o Rio Taquari quando a barragem está aberta. Me traz saudades da infância.
Miriam