Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Praça Gaspar Silveira Martins

A memória da população parece ser um tanto curta para usar corretamente os nomes de nossas ruas e praças. É possível que os comunicadores sejam os principais culpados, quando usam os apelidos, como essa Praça do Chafariz. A praça triangular no Bairro Centro leva o nome Praça Gaspar Silveira Martins, desde 1928, entre as Ruas Silva Jardim, Marechal Deodoro e Benjamin Constant, defronte à sede da Acil. Já serviu de campo de esportes. O espaço livre foi transformado em praça e dado o nome no curto governo do Matias Rockenbach Filho, vice-intendente no exercício de intendente de Lajeado. Como primeiro mandatário maragato, Rockenbach aproveitou a oportunidade para homenagear Gaspar Silveira Martins.
 No decorrer dos anos, a praça foi várias vezes remodelada.
 O prefeito nomeado Ramiro Barcelos Feio ergueu nela um grande monumento em monólito, para marcar o Centenário da Revolução Farroupilha, como está na foto. Sua transferência inopinada, 14 dias antes, não permitiu sua inauguração, o que coube ao seu sucessor João Weiler Klein, em 20-9-1935.
Duas décadas depois, o Prefeito Bruno Bom mudou o monumento para a Praça Marechal Floriano, defronte à Igreja Matriz, simplificando e diminuindo sua altura. Em seu espaço, Bom ergueu um chafariz, na época, uma obra de arte. Por isso, é conhecida também por Praça do Chafariz. Na mesma praça, em 19-4-1958, o vice-presidente da República João Goulart veio inaugurar a Carta Testamento de Getúlio Vargas. A Associação Comercial e Industrial de Lajeado lá fixou uma placa em pedra para comemorar os 80.
 
Pequenas Biografias

Jacó Scheid Sobrinho
Jacó foi professor, educador, bancário, guarda-livros, conselheiro e vereador em Lajeado.
Nasceu em 10-12-1882, em Sotzweiler, no Sarre, Alemanha, filho de Johann Scheid e Elisabeth Müller. Acompanhou sua família na emigração para o Brasil. Em 23-1-1918, na Igreja Santo Inácio de Lajeado, casou-se com Maria Otília Hennemann, tendo 12 filhos. Estudou com os padres jesuítas em Santa Cruz do Sul e Pareci.
Professor rural formado pelos padres jesuítas, iniciou o magistério em 17-11-1905 na Escola Paroquial São José, em Santa Clara do Sul, até 1915 e de 4-6-1918 a janeiro de 1919. Por mais de 12 anos teve fama de educador competente. Integrou a Associação dos Professores e Educadores Católicos Alemães do RS.
Foi um dos incentivadores do Coral Santa Cecília e do Tiro de Guerra 239, de Santa Clara do Sul. Em fins de 1918, assumiu como tesoureiro no Banco Pelotense, até seu fechamento. Trabalhou na Caixa Rural União Popular, hoje Sicredi, até vir a falecer. Por mais de 25 anos foi dirigente e organista do Coral Santa Cecília, em Lajeado e do Liederkranz Lajeado. Por vários anos, fez a escrita contábil da Escola Madre Bárbara, gratuitamente.
Naturalizado brasileiro, participou das eleições municipais de 20-6-1924, eleito conselheiro municipal, com 1.164 votos, o terceiro mais votado, com mandato de 20-8- 1924 a 20-8-1928. Nas eleições de 15-11-1947, foi o quarto vereador mais votado do Partido Social Democrático, com mandato de 24-11-1947 a 31-12-1951, escolhido para secretário da Câmara.
Faleceu em 27-4-1954, em Lajeado, sepultado no Cemitério Católico Velho. É nome de rua no Bairro Hidráulica, desde 2-12-1980. O prenome deve ser aportuguesado para Jacó.

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