Praça
Gaspar Silveira Martins
A memória da população
parece ser um tanto curta para usar corretamente os nomes de nossas ruas e
praças. É possível que os comunicadores sejam os principais culpados, quando
usam os apelidos, como essa Praça do Chafariz. A praça triangular no Bairro
Centro leva o nome Praça Gaspar Silveira Martins, desde 1928, entre as Ruas
Silva Jardim, Marechal Deodoro e Benjamin Constant, defronte à sede da Acil. Já
serviu de campo de esportes. O espaço livre foi transformado em praça e dado o
nome no curto governo do Matias Rockenbach Filho, vice-intendente
no exercício de intendente de Lajeado. Como primeiro mandatário maragato,
Rockenbach aproveitou a oportunidade para homenagear Gaspar Silveira Martins.
No decorrer dos anos, a praça foi várias vezes
remodelada.
O prefeito nomeado Ramiro Barcelos Feio ergueu
nela um grande monumento em monólito, para marcar o Centenário da Revolução
Farroupilha, como está na foto. Sua transferência inopinada, 14 dias antes, não
permitiu sua inauguração, o que coube ao seu sucessor João Weiler Klein, em
20-9-1935.
Duas décadas depois, o
Prefeito Bruno Bom mudou o monumento para a Praça Marechal Floriano, defronte à
Igreja Matriz, simplificando e diminuindo sua altura. Em seu espaço, Bom ergueu
um chafariz, na época, uma obra de arte. Por isso, é conhecida também por Praça
do Chafariz. Na mesma praça, em 19-4-1958, o vice-presidente da República João
Goulart veio inaugurar a Carta Testamento de Getúlio Vargas. A Associação
Comercial e Industrial de Lajeado lá fixou uma placa em pedra para comemorar os
80.
Pequenas Biografias
Jacó Scheid Sobrinho
Jacó foi professor,
educador, bancário, guarda-livros, conselheiro e vereador em Lajeado.
Nasceu em 10-12-1882,
em Sotzweiler, no Sarre, Alemanha, filho de Johann Scheid e Elisabeth Müller. Acompanhou
sua família na emigração para o Brasil. Em 23-1-1918, na Igreja Santo Inácio de
Lajeado, casou-se com Maria Otília Hennemann, tendo 12 filhos. Estudou com os
padres jesuítas em Santa Cruz do Sul e Pareci.
Professor rural formado
pelos padres jesuítas, iniciou o magistério em 17-11-1905 na Escola Paroquial
São José, em Santa Clara do Sul, até 1915 e de 4-6-1918 a janeiro de 1919. Por mais
de 12 anos teve fama de educador competente. Integrou a Associação dos Professores
e Educadores Católicos Alemães do RS.
Foi um dos
incentivadores do Coral Santa Cecília e do Tiro de Guerra 239, de Santa Clara
do Sul. Em fins de 1918, assumiu como tesoureiro no Banco Pelotense, até seu
fechamento. Trabalhou na Caixa Rural União Popular, hoje Sicredi, até vir a
falecer. Por mais de 25 anos foi dirigente e organista do Coral Santa Cecília,
em Lajeado e do Liederkranz Lajeado. Por vários anos, fez a escrita contábil da
Escola Madre Bárbara, gratuitamente.
Naturalizado
brasileiro, participou das eleições municipais de 20-6-1924, eleito conselheiro
municipal, com 1.164 votos, o terceiro mais votado, com mandato de 20-8- 1924 a
20-8-1928. Nas eleições de 15-11-1947, foi o quarto vereador mais votado do
Partido Social Democrático, com mandato de 24-11-1947 a 31-12-1951, escolhido
para secretário da Câmara.
Faleceu em 27-4-1954,
em Lajeado, sepultado no Cemitério Católico Velho. É nome de rua no Bairro
Hidráulica, desde 2-12-1980. O prenome deve ser aportuguesado para Jacó.
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