Primeiro
Júri de Ney Santos Arruda
Já faz mais de meio
século. Foi em 15-4-1955, que Dr. Ney Santos Arruda fez sua estréia numa sessão
do Tribunal do júri, em Lajeado. A notícia e foto estão no semanário de Lajeado
VOZ DO ALTO TAQUARI, de 26-4-1955.
Atuou como acusador e assistente da promotoria, Dr. Ênio Gualdi. Como advogado
de defesa atuou Dr. Fábio Brito Azambuja. A presidência dos trabalhos esteve a
cargo do juiz da Comarca, Dr. Tito Montenegro Barbosa. O réu era Reinaldo
Batista, que havia assassinado José Giacomolli. Por este crime, o réu foi
condenado a 16 anos de prisão, mais um, como medida de segurança. Os jurados
foram Emílio Abichequer, Oscar Schaan, Ciro Straatmann, Telmo Ely, Valter Born,
Elmo Born e Osmar Maciel.
Na época, usava-se o
título de Doutor também para advogados, promotores públicos e juízes. Depois, ficou
reservado aos que defendem teses de doutorado em Universidades.
Nascido em Lajeado, em 23-1-1930, Arruda se
formou em Direito pela PUC-RS, em 22-12-1953. Abriu uma banca advocatícia na
Rua Borges de Medeiros, n° 269. Azambuja nasceu em 5-6-1920, em Estrela,
bacharelando-se em Direito, em 1950, pela Ufrgs e vindo morar em Lajeado, onde
faleceu, em 12-12-1977.
Tito Montenegro Barbosa
foi juiz de Direito da Comarca de Lajeado, de 1953 a 1956, ao ser transferido
para Santa Rosa. Coube-lhe entroniza o crucifixo no Fórum local, em 9-7-1955, o
que hoje choca a opinião de alguns, por vivermos num estado laico, segundo uns,
e porque a cruz lembra a condenação de um inocente, segundo outros.
Pequenas Biografias
Foi um sacerdote do
clero secular da Arquidiocese de Porto Alegre.
Nasceu em 24 de agosto
de 1894, em São Vendelino, filho de Pedro Oppermann. Foi um dos primeiros
alunos dos Irmãos Maristas em Bom Princípio, onde fez o primário, lá por 1901.
Mudando-se a família para Santa Clara, entrou no seminário para cursar o curso
ginasial e o clássico, hoje equivalente ao curso de segundo grau. Concluídos os
cursos de filosofia e teologia em São Leopoldo, lá foi ordenado presbítero em
10 de agosto de 1924. Cinco dias depois, rezou suas primícias sacerdotais em
Santa Clara do Sul, onde passava as férias e moravam seus pais. Logo foi
nomeado vigário paroquial nas paróquias Nossa Senhora da Piedade, São Pedro e
na Tristeza, todas em Porto Alegre. Em 1930, foi cooperador em Arroio do Meio e
Estrela. Em 1932, foi nomeado pároco de Bom Retiro do Sul. Em 1945, assumiu a
capelania do Sanatório Belém e em 1947, do Asilo Padre Cacique, ambos da
Capital, onde faleceu em 7 de agosto de 1952.
Belo trabalho sr. José Alfredo Schierholt
ResponderExcluirLi várias reportagens. Mais um instrumento para pesquisa de toda a comunidade.
Abraços
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau