Olvebra
S. A. Indústria e Comércio de Óleos Vegetais
Complexo industrial na antiga
Estrada de Olarias, Av. Benjamin Constant nº 2.939. Iniciou como Bebecê S. A. –
a fábrica
de Óleos Vegetais, fundada pelo empresário Bruno Born, na
década de 1940, em Lajeado. Como ele se dedicasse a outras atividades em Porto
Alegre, deixou a administração da fábrica para o seu sócio Ernesto Schaan.
Sobrevindo uma série de
dificuldades, em 1960 a empresa foi vendida para Olvebra S. A. Indústria e
Comércio de Óleos Vegetais, fundada em Santa Rosa, RS, em 1955, por Charles
Kung Wei Tse e Sheun Ming Ling. A unidade de Lajeado foi a segunda, inaugurada
a 19-3-1960, com a denominação de Olvebra S. A. - Óleos Vegetais do Brasil S.
A. Foi diretor gerente local S. P. Wuank e diretor presidente Charles W. Tse,
ambos de nacionalidade chinesa. Depois, sobrevieram as unidades de Guaíba e
Pelotas.
A empresa processava e refinava óleos
vegetais, ocupando uma área total superior a 400 mil metros quadrados. Além de
soja em grão, exportava óleos comestíveis, indústrias e farelos, diversificando
no decorrer dos anos sua linha de produção, como maionese, margarina, sacaria
plástica e outros.
Depois de vários anos,
as instalações industriais da unidade em Lajeado foram adquiridas pela Avipal
S. A., conforme Ata da ACIL, de 3-3-1994.
Pequenas
biografias
Foi imigrante alemão,
agricultor na Forqueta, em Arroio do Meio. Nasceu em 1845, em Wartenberg, Silésia, na época Polônia,
depois Alemanha, filho de Emília e August Schlabitz, um tintureiro. Moço ainda,
gostava de aventuras pelo mar, sendo seu irmão mais velho capitão e
administrador de feitorias. Antes de seu irmão Emílio ir para os USA, em
29-8-1861, Paulo prometeu seguir-lhe o caminho, mais tarde.
Em abril de 1864, Paulo
deixou suas pequenas aventuras e também partiu para a América. Embarcou em
Hamburg num veleiro holandês, com destino a Montevidéo. Por carta soube que seu
irmão se encontrava, desde outubro de 1863, nas proximidades da capital uruguaia,
trabalhando numa fazenda de um empresário inglês, em Fray Bentos. Desde então,
os dois irmãos ficaram próximos um do outro.
Ao tomarem conhecimento de que havia muitos
imigrantes alemães no Rio Grande do Sul, decidiram conhecer a colonização,
sendo recebidos em São Lourenço do Sul. A primeira decepção foi a necessidade
de estar casado para adquirir um pedaço de terra. Ambos eram solteiros. No
porto de Rio Grande, encontraram um navio holandês pronto para partir para Nova
York, de onde pretendiam seguir para a Alemanha, rever os pais e casar.
Entretanto, já na entrada do porto, veio a notícia de ter estourado a guerra
entre a Prússia e a Áustria, pela Unificação do Império Alemão. Tiveram que
ficar nos Estados Unidos, onde a Guerra da Secessão havia terminado, com um
saldo de 617.000 mortos. A procura de empregos era grande. Os dois decidiram
aprender um novo ofício. Paulo se tornou ferreiro e Emílio, carpinteiro.
Depois de trabalhar por
várias cidades durante três anos, ambos desceram pelo Mississippi, em janeiro
de 1872, em viagem de retorno à Alemanha, aonde chegaram na terra natal no
domingo de 26-2-1872.
Em três meses de férias,
cada qual encontrou uma esposa, para retornar ao Brasil, onde desembarcaram em
19-8-1872. Prosseguiram a viagem até se estabelecer na margem esquerda do Rio
Forqueta, onde compraram terras para trabalhar na agricultura. Paulo logo
perdeu sua esposa, sem ter filhos. Em segundas núpcias, casou-se com Maria
Müller. A mudança dela para a religião evangélica foi um escândalo na família e
comunidade católica. O casal teve os filhos Paulo Jacó (* 21-2-1878), Maria
Emília (* 29-7-1880), Leopoldo († 23-5-1904) e Frederico Guilherme (*
1889). Faleceu em 19-8-1900.
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