Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sábado, 2 de junho de 2012


Olvebra S. A. Indústria e Comércio de Óleos Vegetais

Complexo industrial na antiga Estrada de Olarias, Av. Benjamin Constant nº 2.939. Iniciou como Bebecê S. A. – a fábrica de Óleos Vegetais, fundada pelo empresário Bruno Born, na década de 1940, em Lajeado. Como ele se dedicasse a outras atividades em Porto Alegre, deixou a administração da fábrica para o seu sócio Ernesto Schaan.
Sobrevindo uma série de dificuldades, em 1960 a empresa foi vendida para Olvebra S. A. Indústria e Comércio de Óleos Vegetais, fundada em Santa Rosa, RS, em 1955, por Charles Kung Wei Tse e Sheun Ming Ling. A unidade de Lajeado foi a segunda, inaugurada a 19-3-1960, com a denominação de Olvebra S. A. - Óleos Vegetais do Brasil S. A. Foi diretor gerente local S. P. Wuank e diretor presidente Charles W. Tse, ambos de nacionalidade chinesa. Depois, sobrevieram as unidades de Guaíba e Pelotas.
 A empresa processava e refinava óleos vegetais, ocupando uma área total superior a 400 mil metros quadrados. Além de soja em grão, exportava óleos comestíveis, indústrias e farelos, diversificando no decorrer dos anos sua linha de produção, como maionese, margarina, sacaria plástica e outros.
Depois de vários anos, as instalações industriais da unidade em Lajeado foram adquiridas pela Avipal S. A., conforme Ata da ACIL, de 3-3-1994.


Pequenas biografias

Paulo Oscar Manuel Schlabitz
Foi imigrante alemão, agricultor na Forqueta, em Arroio do Meio. Nasceu em 1845,  em Wartenberg, Silésia, na época Polônia, depois Alemanha, filho de Emília e August Schlabitz, um tintureiro. Moço ainda, gostava de aventuras pelo mar, sendo seu irmão mais velho capitão e administrador de feitorias. Antes de seu irmão Emílio ir para os USA, em 29-8-1861, Paulo prometeu seguir-lhe o caminho, mais tarde.
Em abril de 1864, Paulo deixou suas pequenas aventuras e também partiu para a América. Embarcou em Hamburg num veleiro holandês, com destino a Montevidéo. Por carta soube que seu irmão se encontrava, desde outubro de 1863, nas proximidades da capital uruguaia, trabalhando numa fazenda de um empresário inglês, em Fray Bentos. Desde então, os dois irmãos ficaram próximos um do outro.
 Ao tomarem conhecimento de que havia muitos imigrantes alemães no Rio Grande do Sul, decidiram conhecer a colonização, sendo recebidos em São Lourenço do Sul. A primeira decepção foi a necessidade de estar casado para adquirir um pedaço de terra. Ambos eram solteiros. No porto de Rio Grande, encontraram um navio holandês pronto para partir para Nova York, de onde pretendiam seguir para a Alemanha, rever os pais e casar. Entretanto, já na entrada do porto, veio a notícia de ter estourado a guerra entre a Prússia e a Áustria, pela Unificação do Império Alemão. Tiveram que ficar nos Estados Unidos, onde a Guerra da Secessão havia terminado, com um saldo de 617.000 mortos. A procura de empregos era grande. Os dois decidiram aprender um novo ofício. Paulo se tornou ferreiro e Emílio, carpinteiro.
Depois de trabalhar por várias cidades durante três anos, ambos desceram pelo Mississippi, em janeiro de 1872, em viagem de retorno à Alemanha, aonde chegaram na terra natal no domingo de 26-2-1872.
Em três meses de férias, cada qual encontrou uma esposa, para retornar ao Brasil, onde desembarcaram em 19-8-1872. Prosseguiram a viagem até se estabelecer na margem esquerda do Rio Forqueta, onde compraram terras para trabalhar na agricultura. Paulo logo perdeu sua esposa, sem ter filhos. Em segundas núpcias, casou-se com Maria Müller. A mudança dela para a religião evangélica foi um escândalo na família e comunidade católica. O casal teve os filhos Paulo Jacó (* 21-2-1878), Maria Emília (* 29-7-1880), Leopoldo ( 23-5-1904) e Frederico Guilherme (* 1889). Faleceu em 19-8-1900.

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