Enchente de 06 de Abril de 1956
Extraímos do semanário A VOZ DO ALTO TAQUARI as principais notícias que ocorreram na região há mais de meio século:
* Trágicas as conseqüências da enchente de abril(foto) foi manchete da edição de 26-4-1956, com duas fotos das águas na, Rua Silva Jardim, onde a Praça Silveira Martins estava toda encoberta. Após as grandes enchentes de 1858, 1873 e de 1941, foi a quarta maior enchente, em 6 de abril de 1956, com 27,77m acima do nível normal.
* A edição de 19-4-1956 abriu em manchete de capa Preito de Saudade o falecimento de Antônio Otto Heineck.
* Foi inaugurada a nova sede da Associação Rural de Lajeado, em 18-3-1956, onde se estabeleceu a nova sede da 7ª Região Agrícola da Secretaria da Agricultura.
* Em julho de 1956 entrou no ar a nova Rádio Independente de Roca Sales, sendo gerente Oscar Chaves Garcia, sob a liderança de Sílvio e Roberto Orlandini.
* Surge em Cruzeiro do Sul o primeiro sonho emancipatório: Apuramos que o novo município seria abrangido por Mariante, parte de Venâncio Aires e parte do distrito de Santa Clara do Sul cf edição de 21-6-1956.
* A edição de 2-8-1956 registra a trágica notícia do suicídio por enforcamento em sua casa de Astrogildo Cunha, conhecido por Gildoca, oficial do registro de imóveis do Primeiro Tabelionato de Lajeado e jornalista, representante do Diário de Notícias. Por motivos profissionais, havia sido afastado de suas funções.
Pequenas Biografias
Adelino Lopes da Silva
Foi empresário e líder comunitário em Cruzeiro do Sul.
Nasceu em 10 de março de 1890, em Taquari, filho de Alfredo Lopes da Silva e Lídia da Rocha e Silva. Em 1894, em plena Revolução Federalista, a família se mudou para Cruzeiro do Sul, onde seu pai fundou a empresa Lopes Irmãos, com fábrica de erva-mate.
Em 31-12-1912, casou-se com Anita Fialho da Silva (* 17-7-1892, filha de Virgílio Pereira da Silva e Maria Clara Azambuja Fialho de Vargas), tendo os filhos Nelma, Ruy, Ademar, Waldir, Celma Maria e Armando. Em 1952, a viúva Anita entrou numa congregação religiosa, tomando o nome de Irmã Chantal Maria, lembrando Santa Joana Francisca do Chantal. Faleceu no Convento da Congregação, em Porto Alegre, em 28-7-1978.
Adelino empenhou-se no desenvolvimento urbano. Participou também da vida política. Nas eleições de 20-6-1924, obteve 633 votos para o Conselho Municipal de Lajeado, ficando como segundo suplente do partido minoritário, isto é, contra o situacionismo republicano.
Durante a ditadura getulista, foi nomeado membro do Conselho Consultivo, assumindo em 24-11-1934, sem repercussão. Em torno de três décadas integrou a diretoria da Paróquia São Gabriel Arcanjo, como fabriqueiro, isto é, presidente, em cuja gestão foi criada a Paróquia São Gabriel da Estrela e construída a igreja matriz.
Faleceu em 15 de novembro de 1951.
É homenageado com nome de rua em Cruzeiro do Sul e Patrono da Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Adelino Lopes da Silva.
Deoli Gräff
É jornalista, empresário comercial e escritor.
Nasceu em 10-7-1959, em Rui Barbosa, Arroio do Meio, filho de Heda e Erno Gräff. Está casado com Tânia Beatriz Acosta Gräff, tendo os filhos Guilherme Gustavo e Natália. Em 1965, iniciou o Fundamental na Escola Princesa Isabel, em Rui Barbosa. Em 1971, ingressou no Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Arroio do Meio, onde concluiu o primeiro grau. Em 1976, matriculou-se no Seminário São João Batista, de Santa Cruz do Sul, concluindo o 2o Grau.
Em 1981, prestou vestibular para a Faculdade de Filosofia no Seminário Maior de Viamão, curso interrompido para ingressar em 14-9-1981 no mundo jornalístico, como diagramador do jornal O Informativo do Vale e como repórter, de 1983 a 1985. Em 1982, prestou vestibular na Unisinos, formando-se em 10-8-1990 bacharel em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo.
Em 1982 em diante, atuou na assessoria de imprensa da Expovale e depois em várias edições seguintes. Em 1984, atuou na assessoria de imprensa da Prefeitura de Arroio do Meio. Em 1983, foi eleito presidente fundador da Associação dos Funcionários do jornal O Informativo (Afjoi). Em 1985, assumiu como Delegado Regional do Vale do Taquari da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Em 1985, fundou, em Teutônia, o jornal Folha de Teutônia, em sociedade com Valdir Schardong. Em 31-5-1986, fundou em Lajeado, o jornal Folha de Lajeado em sociedade com Paulo Valdir Pohl e Jorge Matos. Em 30-9-1987, fundou, em Roca Sales, o jornal Expresso, em sociedade com Claiton Agostini.
Em 1989, fundou em Lajeado a agência de assessoria de imprensa Editora D Ltda., em sociedade com Deraldo Goulart e Marisa Kalkmann. De 1986 a 1997, atuou na assessoria de imprensa da Associação de Criadores de Suínos do RS, com sede em Estrela. De 1990 a 1996, editou o jornal Minutícias da Companhia Minuano de Alimentos. Em 1990, assumiu a assessoria de imprensa da CDL de Lajeado. Em 1991, diagramou Histórias da Tia Chica, o primeiro livro de Ana Cecília Togni.
Editou vários jornais, como Choque da Certel (1987), da Associação dos Cabeleireiros de Lajeado (Acitul, em 1989), revista Vale Rural (1990-1991), do Jornal Realidade da Prefeitura de Muçum, da OAB do Vale do Taquari e A Voz, da Paróquia Santo Inácio de Lajeado (1991), do Clube Esportivo Sete de Setembro e do jornal Alvi Azul do Clube Esportivo Lajeadense (1992), da 24a Região Tradicionalista e do Clube de Tiro e Caça (1994) e da AJEL (1996), da ACIL 1997-1999), do Flopi Notícias, jornal da Indústria Florestal Alimentos (1997, do jornal O Contabilista (1997-1999). De 1989 a 1991, retornou ao jornal O Informativo. Em 15-10-1991, editou com Gerson Teixeira, em Estrela, a Nossa Revista.
Em 1990 – 1991 foi presidente do Rotaract Club de Lajeado. Em 1993, foi assessor de imprensa da Associação das Oficinas de Automóveis do Alto Taquari, editando o seu jornal. Em 1992, atuou no jornal O Informativo de Arroio do Meio. De 1993 a 1998, atuou como repórter no jornal Folha Popular e na Rádio Popular FM. Em 1993 e 1994, foi assessor de imprensa do deputado estadual Hélio Musskopf, e assessor de imprensa na Prefeitura de Lajeado (1994-1995 e de 1997 a 1999). Em 11-11-1997, foi correspondente do Correio do Povo e Rádio Guaíba, ano em que se filiou ao Sindicato dos Jornalistas do RS. De 1999 a 2002, retornou a O Informativo do Vale. Em 2002, por quatro meses foi editor do jornal Nova Geração. Em 2002 e 2003, foi professor de Folclore no Curso Técnico em Turismo do Colégio Martin Luther de Estrela. Em 2002, presidiu a comissão de fundação da Associação dos Profissionais de Imprensa do Vale do Taquari. De 15-3-2003 a 26-8-2006, editou o semanário Vale Notícias, em Lajeado. Em 19-10-2005, foi iniciado na Capa Preta. Em 7-3-2006, foi eleito membro do Conselho Deliberativo da Fundef. Em 1-10-2006, retornou ao jornal O Informativo do Vale, para atuar na sua regionalização. Em Lajeado, na Rua João Abbott nº 589, abriu a microempresa Floricultura Floritá, fone (51) 3011-0715.
Em 16-8-2005, lançou seu livro Resgate Histórico: 30 anos do Sincovat. Em 4-10-2005, é membro fundador da Academia Literária do Vale do Taquari, eleito seu 1º secretário e seu presidente, em 17-11-2010. No livro Escritos / Escritores – Coletânea I, lançado em 30-11-2007 pela Academia Literária do Vale do Taquai – Alivat, participou com a crônica histórica Enchentes, e na Coletânea III, participou com o texto O Túmulo do Diabo. Em 12-12-2011, foi empossado acadêmico titular da Academia Literária do Vale do Taquari – ALIVAT, na Cadeira nº 3, escolhendo por Patrono Walmor Franke.
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