Abrindo o Baú

Abrindo o Baú nº 286, de 5-11-2011

Dr. Alexandre Bernardo Frederico Snel

Foi o segundo centro de consultórios e de salas de cirurgia, unidade de tratamento intensivo e ambulatório em Estrela, na Rua Borges de Medeiros nº 296. Felizmente, ainda não foi demolido.

Dr. Alexandre Bernardo Frederico Snel, seu nome completo, foi médico em Estrela, com Clínica Médico-cirúrgica. Diplomou-se em 1911, pela UFRGS e logo seguiu para Alemanha para se especializar, onde foi ex-assistente dos professores: Geheimrat Kümmel e Oberarzt Rüder, com larga frequência dos principais hospitais de Hamburgo Charité e Königl Klinik, Berlim - cf O Labor, de 15-9-1917. Regressou de cursos de especialização em cirurgia e partos da Europa, em 1913. Trouxe consigo o primeiro aparelho Raios-X (Röntgendiagnose) no Vale do Taquari.

Com os anos, Snel ampliou o espaço físico, chegando a estabelecer um pequeno hospital, na Rua Borges de Medeiros, nº 282, mais tarde sede do Codesti.  22 anos depois, retornou à Europa para atualizar seus conhecimentos e trazer novos equipamentos. Anexa à Clínica, mantinha um laboratório e endoscopia.

 Não se conheciam os efeitos de manuseio do Raio X sem proteção, por isso veio a ser vitimado por ele, tornando-se, assim, um mártir da medicina - registra Nilo Ruschel, em Correio do Povo, de 27-5-1966.

Dr. Snel nasceu em 1887, em Estrela, e faleceu em 30-5-1935, em Porto Alegre, 4º filho de Geraldo Nicolau Snel e Maria Elisabeta Horst Snel. Casado com Hilda Rothfuchs (+ 1977, em Novo Hamburgo), tendo os filhos Dr. Ariberto, Adalberto e Dagoberto.

 

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Álvaro Aloysio Lenhardt

Padre Álvaro é sacerdote diocesano e escritor.

Nasceu em 28-5-1936, em Santa Clara do Sul, filho de Guilherme Lenhardt e de Lucena Maria Weber. Depois de se formar em filosofia, teologia e pedagogia em Viamão, foi ordenado sacerdote em 4-7-1964, integrando o clero da Diocese de Santa Cruz do Sul.

Após atuar nas paróquias de Arroio do Meio e Monte Alverne, de 1968 a 1979, foi professor no Seminário de São João Batista, em Santa Cruz do Sul e na Unisc, em 1969. Em 1980 e 1981, foi pároco em Sinimbu; em 1982 e 1983, promotor vocacional na Diocese; de 1984 a 1988, pároco em Boqueirão do Leão, onde fundou o Arauto da Serra, em 19-3-1987, jornal que despertou o movimento emancipacionista. Foi num sermão gauchesco feito em versos que deflagrou o processo de se emancipar de Lajeado. Foi transferido para Lajeado, onde foi vigário paroquial de Santo Inácio, em 1989-1990 e pároco, de 4-2-1991 a 6-2-1994. Deixou marcas na paróquia pelo seu espírito aberto, atendo e comunicativo, sem ser espalhafatoso e superficial. Sabia contagiar as pessoas para o serviço pastoral. Reorganizou todos os setores pastorais e reativou as capelas, núcleos e comunidades eclesiais de base – cf o livro Grão de Mostarda, p. 158.

Quando pároco de Encruzilhada do Sul, de 1994 a 1999, adoeceu e se recuperou no Hospital Santa Rita, em Porto Alegre, e foi homenageado como Cidadão Encruzilhadense. Em 2003 foi pároco em Rio Pardo e em 2004, retornou a Boqueirão do Leão. Atualmente, é capelão da Capela Santa Helena no Hospital Santa Cruz do Sul. Por muitos anos, cultivou o Tradicionalismo e celebrou missas e atos litúrgicos em vários CTGs.  

Em 25-8-2011, lançou seu Livro Pelos Caminhos da Vida - tentativas de incultar o Evangelho.  Trata-se de uma seleção de 65 poesias feitas por ele, no decorrer de seus 75 anos, para transmitir expectativas de fé e esperança. O neologismo inculturar é como que transformar a terra inculta em terreno fértil para lançar a semente do Evangelho. Foi patrono da 5ª Feira do Livro de Encruzilhada do Sul, com o tema  Aventura e Conhecimento através da Leitura, de 21 a 23-10-2011.