Faleceu Arnilo Brönstrup - nonagenário
Lamentamos comunicar aos que nos visitam neste Blog que faleceu Arnilo Brönstrup, 10 dias após ter sido publicado o Abrindo o Baú nº 118.
Arnilo foi empresário comercial em Santa Clara do Sul e Lajeado, onde foi diretor da empresa F. Broenstrup & Cia. Ltda., presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado - ACIL, de 28-10-1956 a 27-10-1957.
Nasceu em 16-1-1923, primeiro filho de Fredolino Brönstrup e de Paulina Amanda Franken. Casou-se em 21-9-1946, com Irene Perna, tendo os filhos Lorena Elisa e Pedro Henrique.
Também nos anos em que esteve no Lar Moria, em São Leopoldo, manteve intenso intercâmbio pela Internet. Sua última contribuição para o Abrindo o Baú foi pelo e-mail de 23-9-2013, publicada no Blog de 16-10-2013, vindo a falecer em 26-10-2013, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Filha Lorena Elisa e Arnilo Brönstrup (*16-1-1923 +26-10-2013)
Nilson Luiz May
O escritor Nilson Luiz May é médico especialista em Gastroenterologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo.
Exerceu atividades profissionais, desde 1964, na região do Vale do Taquari (Progresso, Marques de Souza e Lajeado), no decorrer de 31 anos.
Em 1995, transferiu-se para Porto Alegre, para exercer com plenitude sua função de Presidente da Federação das Unimeds do Estado do Rio Grande do Sul.
Nasceu em 15-5-1940, em Santa Cruz do Sul, filho de Armindo Rodolfo May e Leolita Cecilia Hochscheidt May. É bisneto de Júlio May, intendente de Lajeado. Diplomou-se em 1963, pela Faculdade de Medicina da UFRGS.
Sócio da Sociedade de Medicina do Alto Taquari - SMAT, desde 1964, exerceu diversos cargos representativos nas sociedades médicas locais e estaduais, tais como delegado junto à AMRIGS e presidente da SMAT, de 1970 a 1973; membro do Conselho de Representantes da AMRIGS de 1972 a 1977; delegado junto à AMB de 1973 a 1981; integrante do Programa de Educação Médica da AMRIGS de 1975 a 1980; médico-chefe do Centro de Saúde de Lajeado, de 1967 a 1981; sócio fundador da UNIMED em Lajeado e seu presidente de 1981 a 1988; presidente do Corpo Clínico do Hospital Bruno Bom, de 1974 a 1976. Atualmente, é presidente da UNIMED/RS - Federação das Cooperativas Médicas do RS.
Em Lajeado, participou também de atividades políticas. Foi eleito vereador na gestão de janeiro de 1969 a janeiro de 1973. É membro titular da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores e da Academia Sulriograndense de Medicina, onde ocupa a Cadeira nº 7.
Vencedor do Prêmio Apesul de Literatura, no gênero Crônica, em 1980, May é autor de dezenas de artigos literários, ensaios, contos e crônicas publicadas em antologias. Livros publicados: Terra da Boa Esperança (1989), Inquéritos em preto-e-branco (1994), Pelos (des)caminhos da medicina assistencial brasileira (1996), Céus de Pindorama (2000), A máquina dos sonhos e outras crônicas selecionadas (2008), Misterioso Caso na Repartição Pública (2010). Em 24-10-2013, na Saraiva do Moinhos Shopping, lançou o livro Última Chamada, pela Scriptum Produções Culturais. O reconhecimento pelo seu trabalho em dois focos de alcance foi demonstrado quando da participação na Antologia Crítica do Conto Gaúcho e pelo agraciamento do Trofeu Amigo do Livro, em 1999. Com o ensaio Médicos e Literatura participou do livro Médicos Pr(escrevem), uma antologia de ensaios, lançado em 1995. Vidas contra a Corrente é o seu conto na Antologia de Contistas Bissextos, publicada em novembro de 2007, pela LPM. Também participou de 12 Antologias coletivas de contos e crônicas.
É associado da Academia Literária do Vale do Taquari.
Casal de pioneiros no Vale do Taquari
Susana e Júlio Jorge Schnack
Julius Jorge Schnack foi um imigrante Brummer, líder comunitário em Estrela e Arroio do Meio.
Julius nasceu em 16-2-1830, em Schleswig-Holstein, na Alemanha, filho de Friedrich Peter Ludwig Schnack e Regina Maria Wacker. Estava prestando serviço militar e retornando da guerra contra a Dinamarca, quando aceitou acompanhar a Legião Alemã, contratada pelo governo brasileiro para lutar contra o ditador argentino Rosas.
Desembarcou no Brasil em 21-6-1851. Já em 16-9-1951, entrou em território uruguaio. Em 4-2-1852, estava terminada a luta, ficando no Brasil numerosos soldados. Em troca, eles receberam algumas moedas de bronze e um pedaço de terra em floresta virgem, o que ele aceitou, vindo para Novo Paraíso, como um de seus pioneiros. Como no quartel ele tinha aprendido rudimentos de topógrafo, logo recebeu a função de agrimensor, lá por outubro de 1855, em Estrela.
Em 1857, casou-se com Susana Carlota Köhnlein, nascida em 20-5-1836, viúva de seu colega de farda Gustav Heinrich Göllner, tendo os filhos: Susana Regina (* 9-7-1858, casada com Frederico Lohmann), Elisabeta (* 1-5-1860, casada com Augusto Lohmann), Valentim Teobaldo (* 1-7-1862), Maria Bárbara (* 7-7-1865, casada com Henrique Ohlweiler), Jorge João (* 29-8-1868), Guilherme (* 15-7-1872) e Katarina (* 12-5-1876, casada com Jacó Auler).
Depois de nascidos os filhos, Júlio mudou-se para São Caetano, em Arroio do Meio.
Participou da campanha emancipacionista de Lajeado, sendo candidato a conselheiro municipal, nas eleições de 15-10-1891, obtendo 183 votos, como o 4º suplente, entre os 12 mais votados. Entrou em exercício no Poder Legislativo, em 1892. Durante o "Governicho" (de 29-2-1892 a 26-7-1892), foi nomeado membro da Junta Municipal de Lajeado. Nas eleições de 20-7-1896, foi o 3º candidato mais votado Para o Conselho, obtendo 666 votos, escolhido para presidente da Mesa, na 2ª Legislatura. Em 3-4-1897, renunciou o mandato, por motivos de doença e idade.
Júlio faleceu em São Caetano, em 19-3-1924 e, em 10-12-1926, faleceu sua esposa, estando na lápide a gravação Hier ruh'n zwei Müde: Aqui jazem dois cansados. – Ao que parece, não mereceu ainda nome de rua.
Comentário de Umberto Elieser:
ResponderExcluirProfessor Schierholt!
Parabéns pelo trabalho objetivo, sério e de grande utilidade que o seu blog proporciona.De fato, um elemento ímpar de nossa local história.
Acompanho, de longa data, o seu tenaz envolvimento em elucidar, para as gerações presentes e futuras, os caminhos traçados pelo povo de nosso Vale.
Abs.
Umberto