Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

quarta-feira, 20 de novembro de 2013


Início da empresa Irmãos Weiand
 – Concessionários Willys

O pioneirismo automobilístico em Lajeado também ecoou em Santa Clara. O médico suíço Frederico Eggler adquiriu em Lajeado, em 1922, um automóvel Ford, para atender com mais rapidez e conforto sua Clínica, Casa de Saúde e Farmácia, os chamados a qualquer hora do dia e da noite. A pedido, envia-se auto para o transporte dos enfermos - cf O Labor, de 25-11-1922. O chauffeur tinha por obrigação entender de mecânica, o que causava um problema para Eggler, no decorrer dos anos. A solução encontrada foi convidar o jovem João Carlos Weiand para se associar e assumir a pequena oficina mecânica. Mais automóveis transitavam pela localidade. No mesmo ano de 1926, com apenas 20 anos de idade, João Carlos ampliou a oficina e estabeleceu em Santa Clara a subagência da Ford, vendendo o primeiro Ford 1926 a Edmundo Arenhart.
 Em 1928, João Carlos adquiriu a parte do médico e buscou solidificar a empresa. Sobre um chassi de caminhão Ford ele montou uma carroceria coberta de toldo, com bancos inteiriços e abertos pelo lado, com estribo e porta-bagagens: foi o primeiro caminhão de passageiros de Santa Clara. Ao iniciar a década de 1930, um novo surto de colônias novas no planalto missioneiro estava desafogando o superpovoamento de algumas linhas coloniais, como Santa Clara, Forquetinha, Marques de Souza, Conventos, onde as terras estavam ficando cada vez mais caras e retalhadas para os numerosos filhos da zona rural.
Carlos Weiand foi o pioneiro no transporte de mudanças de numerosas famílias para Criciumal, Três Passos, Três de Maio, Tenente Portela, Humaitá e arredores. Os mais pobres levavam semanas de carroça. Em consequência, também surgiu o transporte de passageiros, mesmo que diminuísse o fluxo migratório, mas se intensificava o intercâmbio entre familiares e parentes das colônias novas e velhas. Não havia lojas de peças para automóveis. Os próprios mecânicos deviam concertá-las, fabricá-las em ferrarias ou mandar buscá-las. O combustível vinha, no início, em latas de 18 litros, como o querosene ainda é hoje. Durante a II Guerra faltou gasolina e a solução engenhada foi a adoção do gasogênio, um mecanismo que produzia o gás através da queima de carvão vegetal em enormes tubos fixos junto à cabine do veículo ou na parte de trás do automóvel.
Carlos Weiand manteve suas linhas de ônibus até 1950, vendendo-os para adquirir uma frota de caminhões de carga. Transportava produtos da região para São Paulo e trazia mercadorias para o nosso comércio.
O volume dos empreendimentos fez com que, em 1952, a firma J. Carlos Weiand & Cia Ltda. se transferisse para a cidade de Lajeado, incorporando filhos do casal em sociedade. As dificuldades de importação e a crença na capacidade própria fizeram com que o governo incentivasse a fabricação nacional de veículos. O primeiro automóvel produzido no Brasil, uma camioneta Vemaguete, modelo F-91, saiu em 19-11-1956.
 Mesmo contra o pessimismo generalizado do consumidor brasileiro, os Weiand acreditaram na qualidade e capacidade da produção nacional, deixaram o transporte de cargas e se dedicaram ao comércio de veículos, de autopeças, à oficina mecânica de porte e retífica de motores, em 1-8-1956, passando a empresa se denominar Irmãos Weiand & Cia, formada por João Carlos, Elmiro e Abílio Weiand.  Tratava-se da empresa comercial concessionária da Willys Overland do Brasil S. A. em Lajeado, na Av. Sen. Alberto Pasqualini nº 347, onde hoje está a Italianinho Automóveis S. A.
Também se integraram ao grupo Romeu Klein, Walmor Schabbach e Nilo Rotta, que veio de Espumoso para assumir a contabilidade da empresa e, por último, Beno Weiand, de Palmeiras das Missões para montar o Departamento agrícola da empresa que vendia os tratores Agrale e Walmet, passando depois para a oficina e indo, posteriormente, para a APOMEDIL.
No ano seguinte, a empresa obteve a concessão da DKW-Vemag e, em 5-8-1959, tornou-se uma das 300 concessionárias da Willys Overland do Brasil.
Passado um decênio de intenso trabalho, com a encampação da Willys pela Ford, automaticamente a empresa transformou-se, em 1968, na nova concessionária Ford para a região. O espaço físico da sede, onde hoje está a Italianinho Automóveis, precisava ser ampliado e adaptado às modernas exigências administrativas. Para atrair também a clientela mais ampla, em trânsito pela Estrada da Produção, foi iniciada, em 1-9-1974, a construção das atuais instalações da Agência Ford, mudando-se, no ano seguinte, a razão social para a Weiand S. A. Veículos. Ao ser inaugurada a nova casa, em 28-4-1977, era a maior revenda Ford em todo o Brasil.
O que aconteceu depois, a história ainda terá que ser contada.

Algo sobre Estação Rodoviária de Lajeado


Nos primeiros anos do transporte coletivo, os motoristas e seus ônibus vinham pernoitar no Hotel Kieling, hoje na Rua Borges de Medeiros nº 400, onde madrugavam para buscar os passageiros nas casas e hotéis, por endereços e viagens previamente combinados. J
José Kieling foi o primeiro que se predispôs para esse serviço intermediário. Funções semelhantes existiam nos portos fluviais e estações ferroviárias.
 Em 1941, com intensificação do transporte de passageiros, seu filho, Nilo Oscar Kieling, estabeleceu a primeira Estação Rodoviária Municipal, junto à Praça Gaspar Martins, na Av. Benjamin Constant nº 230, cuja foto nos foi enviada por Sérgio Mello Jaeger, mais uma vez.

          Leandro Lampert recorda que, no início, a única viagem diária a Porto Alegre de ônibus era um acontecimento ímpar. Todo o mundo vinha ver os passageiros e desejar-lhes uma boa viagem, aliás, bem demorada e uma odisseia. E completou: No momento da partida, um alto-falante transmitia um dobrado militar, que dava um sabor solene à partida.
No ano seguinte, Nilo cedeu o serviço ao seu irmão Mário Kieling, transferindo a sede da Rodoviária para a quadra seguinte, na mesma Benjamin Constant, nº 342, onde permaneceu até 1949 quando se desloco para a Rua Borges de Medeiros nº 329, local ainda apelidado por Rodoviária Municipal. 
No decorrer deste período, houve a tentativa de transformar a Parada Municipal de Ônibus, na Rua Silva Jardim nº 24, em Estação Rodoviária, sem que houvesse efeito prático e duração. A intensidade do movimento de passageiros e veículos tornou o espaço diminuto e inadequado. Mário Kieling construiu uma nova Estação Rodoviária na Avenida ACVAT nº 157, inaugurando-a em 20-9-1969. 
 Adquirindo esta Estação Rodoviária em 1-6-1977, o empresário Nélson Noll viu-se forçado a construir noutro local um complexo, mais moderno e adequado. Inaugurou a atual Estação Rodoviária de Lajeado em 20-11-1989, na Av. Castelo Branco, nº 42. 

Primeira Rodoviária, na Av. Benjamin Constant, defronte à Praça Gaspar Silveira Martins. Deve ser preservado esse patrimônio.






Gerson Luís Lenz – Gelu
  


        Gelu dedica-se à música, composição, dança e letras.
Com 52 anos, natural de Estrela, lançou no dia 10 de outubro de 2013, na Feira do Livro de Lajeado, seu primeiro livro, Amores e seus valores. O livro traz textos e poemas de amor, que encantam do início ao fim. Em 160 páginas, Lenz presenteia o leitor com 36 textos, 26 sonetos, 11 poemas soltos e 10 reflexos em versos. Sob a coordenação e revisão final de Ivete Maria Hammes, a obra é montada pela Editora Univates. A capa do livro é de Bruno Henrique Braun, que também fez a editoração, com Marlon Alceu Cristófoli. A revisão ortográfica é de Veranice Zen e Sandra Lazzari Carboni;

Em conversa com o Mazup, Gelu, como prefere ser chamado, acrescenta "Não existe nenhuma outra forma explicita de demonstrar o amor, a não ser através de um livro." Seu próximo projeto está se desenhando na forma de romance.

Os 1.000 exemplares desta obra estão disponíveis na Espazzo Livraria e Cafeteria, e também na Livraria do Vale, localizada na Univates, pelo valor de R$24,90. 


Foto: Cássio Bonfandini





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