Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dia do Professor

Amanhã é o Dia do Professor. Lembro que minha primeira professora foi a Irmã Adelvina, na Escola Sagrada Família, em Rolante. Meu último professor foi Fernando Becker, na pós-graduação da Unisinos. Minha homenagem a todos eles.
Preciso lembrar também da minha vida de professor. Aliás, até aqui, vivi intensamente quatro principais profissões. Depois de ter sido agricultor na infância e adolescência, cursei o ginásio, o clássico, a filosofia e a teologia, em cujo período final fui professor de solfejo, regente de coral e músico (trompista). Quando acadêmico na Universidade de Passo Fundo, em 1959 iniciei como jornalista profissional.
Por um decênio exerci o ministério sacerdotal e, à noite, fui professor, ingressando no magistério estadual em 1969. Quando me aposentei, iniciei minha última profissão, como escritor, com 11 livros publicados, num total de 2.850 páginas e mais 3 Dicionários em CD, num total de 5.859.640 caracteres digitados, equivalentes 2.097 páginas.
Ser padre, jornalista, professor e escritor são atividades afins. Numa ala de aula, temos de 30 a 40 alunos. Na igreja, atingimos até 1.000 pessoas. Nas paginas de jornal, podemos ser lidos por milhares de leitores, como também pelo livro, por um período indeterminado, chegando a ultrapassar séculos.
Esse foi meu sonho quando jovem. Bem ou mal, com limitações e defeitos, estamos atingindo nossos objetivos. Por isso, o Dia do Professor me traz tanta satisfação. Não precisa trazer tantas recompensas materiais, mas é um sacerdócio que reverte em alegrias duradouras. Encontro ex-alunos, ex-paroquianos e inúmeros leitores por toda parte, por correspondência, por telefone e por e-Mail, numa contínua comunicação, como se o mundo fosse uma grande Aldeia. 
 
APEUAT – FATES – UNIVATES

Sobre essa trilogia ou tripé está alicerçado e construído o Ensino Universitário no Vale do Taquari.
As primeiras universidades no Brasil e na América Latina se inspiraram nas universidades européias, como as primeiras no Rio Grande do Sul se guiaram pelas pioneiras no Rio de Janeiro e São Paulo. O mesmo ocorreu com as instituições superiores no interior, entre as quais a Associação Pró-Ensino Universitário no Alto Taquari – APEUAT, fundada em 6-6-1964. Após as tentativas frustradas junto à PUC-RS e UNISINOS, foi como extensão da Universidade de Caxias do Sul que se iniciaram as aulas na Faculdade de Educação e Letras, em 10-3-1969 e as aulas da Faculdade de Ciências Econômicas, em 9-3-1970. Os cursos de Letras, Ciências Contábeis e Economia encontr4aram abrigo nas dependências do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco.
A APEUAT foi dissolvida em 14-11-1972 e transformada em Fundação Alto Taquari de Ensino Superior - FATES. O prédio foi inaugurado em 26-1-1973.
Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior – Univates foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação em 27-2-1997. Como sua mantenedora, a Fates foi transformada em Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social – Fuvates, em 18-7-2000.
A foto é uma vista aérea do prédio 1, em 1991, com a construção do prédio 3 da então Escola Fundamental Junto à Fates.
Estamos preocupados com a memória da APEUAT e da FATES. Seus livros de Atas, correspondências expedidas e recebidas e demais documentos e fotos devem estar e permanecer num Arquivo, guardado a sete chaves, de acordo com as normas da arquivologia.

 
Pequenas biografias

Emil Albert Gottfried Gans
Com o nome simplificado e aportuguesado, Emílio Gans foi um imigrante alemão, professor, correspondente de jornais, cronista e pastor evangélico itinerante em Estrela, Roca Sales, Lajeado, Marques de Souza e Forquetinha.
 Imigrou da Westfália, Alemanha, para o Brasil com a mulher Frederica Luíza Dóris Kahle, mais conhecida por Frieda Gans, e a filha Ernestina Ana Paulina’.
Mais conhecida por Paula Gans, foi professora e primeira diretora da Escola Paroquial Evangélica de Lajeado, depois Colégio Evangélico Alberto Torres, de 10-8-1899 a 28-4-1900. Ela nasceu em 6-1-1879, em Werne, na Westfália. Em 28-4-1900, casou-se com Pedro Fett (* 23-6-1872), perdendo o sobrenome Gans e migrando para Passo Fundo.
Gans também teve o filho Eduardo, professor, candidato inscrito em concurso estadual, conforme O Alto Taquari, de 30-7-1905. Consta que igualmente tiveram os filhos Vítor e Antonieta, que fizeram apresentações cênicas na festa do centenário de morte do poeta Schiller.
Trabalhou vários anos na vila de Lajeado, onde, em 8-12-1905, foi eleito vice-presidente do Sindicato Agrícola. Depois, foi professor estadual em Forquetinha, onde lhe faleceu a mulher. Mais tarde, talvez, tenha migrado para Santana do Livramento.
Em Koseritz' Deutscher Volkskalender, Porto Alegre, 1900, p. 195-200, publicou "Aus meinen Revolutionserlebnissen'', recordando episódios revolucionários no centro-leste de Santa Catarina, onde trabalhou antes de vir para Estrela, tendo constado a presença de muitos teuto-gaúchos nas tropas maragatas.


José Alfredo Schierholt                                                                                       Orestes Josué Mallmann
schierholt@gmail.com                                                                orestesmallmann_gremio@hotmail.com






2 comentários:

  1. O professor José Alfredo Schierholt, tem dedicado grande parte de sua vida as pesquisas sobre a cultura germânica e as instituições do Vale do Taquari que é seu porto seguro das últimas décadas.
    um abnegado, severo e respeitado pesquisador.
    Assim os que quiserm pesquisar sobre estes quesito encontrarão nos escritos e arquivos deste professor um riquíssimo e singular acervo de pesquisa.
    Gilson dos Anjos

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  2. Parabéns pelo Blog. Muito bom para quem está longe da cidade natal. Ler estes depoimentos me ótimas recordações.
    Nota: Minha tia Elsa Born morou muitos anos no Palacete de Carlos Fett Filho. Tenho foto tirada defronte.

    Abraço.

    Julio Carlos Born - filho de Werner e Zuleika Born.

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