Abrindo o Baú

65 Anos do Hospital São Gabriel Arcanjo

Em 14-12-1941, foi publicado no Jornal do Estado o Extrato do Estatuto da Sociedade Hospital São Gabriel Arcanjo, fundada em 2-10-1941, por 31 associados, sob a liderança do padre Afonso Weiler.

Era médico Dr. Tomás Assunção Pereira, desde 1937, quando iniciou esta campanha. O documento foi assinado pelo presidente Emílio Treter,
vice-presidente Rui Lopes, 1º tesoureiro Arnaldo José Diel, 2º tesoureiro Aurélio Junqueira, 1º secretário Elemar Bohrer e 2º secretário Arno Dahmer.

O prédio do Hospital foi inaugurado em 1-2-1943, sendo a foto anexa tirada no mês seguinte. O nome se deve ao Arcanjo São Gabriel, primeiro nome da localidade e padroeiro da Paróquia e do Município.

Quatro décadas depois, em 1983, foi implantado o Plantão Médico em Fins de Semana, em concênio com a Prefeitura Municipal. Suportou períodos de extremas dificuldades, contando sempre com apoio da comunidade. Em fase pré-falimentar, o então diretor administrativo, Celso Alberto Weisheimer, em 1991, promoveu uma reforma administrativa e saneadora. Reduziu ao mínimo as despesas, superou a crise, equilibrou as contas e conseguiu ultrapassar para uma nova
fase.

Sob a presidência de Mário Antônio Zart, empossado em 15-1-1994, com recursos próprios conseguiu a mantenedora do Hospital construir uma ala para o Raios X, aparelho doado pela municipalidade.  Seguiram-se os Serviços de Ecografia, Eletrocardiograma, novos equipamentos para o Laboratório de Análises
Clínicas e a implantação dos Setor de Informática. Com pintura interna e externa, o Hospital oferece 36 leitos, atendendo às diversas especialidades.

Veja o livro CRUZEIRO DO SUL e sua História, pág. 102-106, de minha autoria, publicado em 2010.

Pequena biografia

Padre Afonso Weiler 

Foi o primeiro sacerdote nascido em Santa Clara do Sul, aonde veio ao mundo em 26-10-1897, filho de Pedro Weiler e de Maria Ruschel.

Depois de cursar filosofia e teologia em São Leopoldo, José Afonso Weiler, seu nome todo, foi ordenado sacerdote em 2-2-1926, pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom João Becker.

Iniciou seu sacerdócio como vigário cooperador de Gravataí. Em 31-1-1928, foi cooperador em Montenegro.

De 26-9-1929 a 9-3-1947, foi pároco em Cruzeiro do Sul. Pessoas que foram atendias por ele para a preparação da Primeira Eucaristia, guardaram as lembranças mais generosas. Incentivava o Apostolado da Oração, a Ação Católica, a Congregação Mariana, a Pia União das Filhas de Maria, cruzadinhos e coroinhas. Deixou um marco em Cruzeiro do Sul: construiu a bela igreja matriz.

Por último, foi pároco da Sagrada Família, em Porto Alegre, reiniciando as obras de construção de sua igreja matriz. Lá trabalhou até 14-9-1950, quando adoeceu. No período de recuperação, foi capelão do Colégio Madre Bárbara, em Lajeado, onde era muito estimado, visto como homem virtuoso, companheiro e de fino trato.

Cultivava a música como hobby, sendo um exímio violinista. Apreciava o canto e foi dirigente de coral.

Tinha acabado de fazer seu retiro espiritual no Seminário de Gravataí, quando foi acometido de mal súbito, vindo a falecer em 15-12-1950.