Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

terça-feira, 6 de março de 2012

Pelos 35 Anos – Bodas de Coral

Não me sinto constrangido em abordar assunto privado e familiar. Se a boca fala do que o coração está cheio, então quem escreve expõe o que lhe transborda a alma.
Ontem, Renê e eu completamos 35 anos de vida matrimonial. – Quero descartar qualquer pretensão de servir de modelo. Isso não existe, a não ser para os filhos, nalgumas coisas.
Se for verdade que o historiador já anda de cabeça torta de tanto olhar para trás ou a vasculhar baús em busca da memória de nossas comunidades, em relação às nossas vidas pessoais preferimos olhar para frente. Novos projetos e novas perspectivas são formas de superar, com esportividade e bom humor, dificuldades, doenças e demais limitações da natureza humana que ainda possam sobrevir.
A maior dívida que contraímos em todos esses anos é à proteção divina. Pessoalmente, abastecido com muitas graças, além das específicas dos sete Sacramentos já usufruídos, vivo numa família que me dá imensas alegrias. Devo esta sorte à Renê, minha “consorte” maravilhosa, minha companheira de todas as horas. Não tanto pelas 38.325 mesas servidas, roupa lavada e passada, casa sempre aconchegante, louvo-a mais pelos três filhos encantadores: Leandro, Saionara e Andréia, e mais um neto surpreendente, o Artur (que faleceu em 31-7-2010, mas nasceu o neto Vinícius, em 28-9-2009). Para isso, construímos um projeto de amor que mereceu cuidado e ajustamento permanente. É gratificante ser esperado no fim de cada dia em casa, como um porto seguro, com a cuia pronta e o coração aberto, mutuamente, para acolher algum suspiro de cansaço ou mesmo desabafo.
São 35 anos de escalada muito feliz, um amparando o outro. Com certeza, dias maravilhosos ainda temos pela frente!!!

100 Anos da Ponte do Forquetinha

Junto à ponte de concreto na BR-386, sobre o Arroio Forquetinha, na linha divisória entre Lajeado, Marques de Souza e Forquetinha, estão perdidas em capoeira as ferragens e ruínas desta antiga ponte. O projeto já tinha sido do intendente Júlio May, mas ele teve outras pontes mais urgentes, especialmente sobre o atual Arroio Saraquá. Seu sucessor F. Oscar Karnal também não teve recursos.
Coube a tarefa a João Batista de Melo, no seu segundo governo. A estrada era uma das mais importantes, ligando Lajeado a Marques de Souza. Melo foi deixando dinheiro em caixa para construir a obra. Finalmente, a obra foi inaugurada em (dezembro) 1916. Uma foto com legenda ficou para a posteridade. Mostra 13 homens, em pose para o fotógrafo, terminando a armação das ferragens, para posterior montagem da madeira.
Por quase meio século a ponte foi de muita utilidade, mas a inauguração da BR-386 deixou esta ponte em ruínas. Hoje, lá se encontram as ferragens,
totalmente enferrujadas. Quem observa bem, vê sua carcaça em meio à capoeira.
Na administração de Darci José Corbelini foi elaborado um projeto de transformar a ponte num belvedere, com restaurante, mas os custos elevados
impediram sua concretização. O projeto está no arquivo da Prefeitura para quem quiser executar. Lá ficou a velha ponte, completando seus 100 anos.

Foto: Sob a direção de Emílio Kirst, depois fundador da Fruki,
a ponte sobre o Forquetinha foi inaugurada em fins de 1918.

Pequena biografia

         Maria Emília Born
Mais conhecida por Emília Born, nasceu em 10-1-1884, em Cruzeiro do Sul, filha de Cristiano Haesbaert e de Cristina Schreiner.
Casou-se com Júlio Frederico Born, tendo os filhos Bruno, Hilda, Valter, Elsa, Hugo e Werner, caçula, casado com Zuleika Jaeger Born (ambos falecidos em 2011).
Braço direito de seu marido na Casa Born, Emília tinha um cuidado especial no setor de tecidos, roupas e adereços femininos, tais como corpetes, cinta-ligas, meias, chapéus, xales, luvas, sapatos e perfumarias em geral. Procurou incentivar a alta costura e salões de beleza.
Parte de seus depoimentos e memórias está em seu Diário, traduzido do alemão pela professora Onira Maria Milbradt. Abrange o período de 19-11-1932 a 8-11-1946. 
Numa de suas viagens pela Alemanha, Argentina e Rio de Janeiro, em 28-11-1934 adquiriu um aparelho elétrico para ondular cabelos permanentemente, trazendo esta primeira novidade para Lajeado: Eu gosto de apostar no progresso – anotou no Diário. Também prestou sua colaboração com a comunidade. Com seu marido Julius, como o chamava, contribuiu nos primeiros anos do Lageadenser Turnverein Jahn, fundado em 1896, o ramo original mais antigo do atual Clube Tiro e Caça.
Igualmente, contribuiu na manutenção da Comunidade e de sua Escola Evangélica, atual Colégio Evangélico Alberto Torres. Foi sócia fundadora da Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas – OASE de Lajeado, em 7-5-1913, quando integrou a primeira diretoria,
como assistente ou segunda tesoureira.
Faleceu em 9-7-1977.


Um comentário:

  1. parabéns, todas as matérias tem o seu interesse todo particular...são retalhos da história que muitos merecem assistir e também muitos agora têm essa possibilidade!! abraços!!

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