Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sexta-feira, 27 de julho de 2012


O Vale do Taquari há meio século

Extraímos do semanário A VOZ DO ALTO TAQUARI as principais notícias que ocorreram na região há mais de meio século: 
* A edição de 17-11-1955 publicou a Assembleia Geral de constituição do Lajeado Cine Hotel. Seu capital inicial foi de Cr$ 480.000,00 em ações de Cr$ 2.000,00 cada uma. A primeira administração estava assim constituída: diretor-presidente Waldemar Leipnitz, vice-presidente Dr. Thomas A. Pereira, diretor administrativo Arnilo Brönstrup, diretor tesoureiro Ivo D. Scherer. O organizador foi Lauro Goulart Penteado. O projeto inicial, de três pavimentos, foi na esquina onde está a atual Prefeitura. Felizmente, o projeto abortou e assim, surgiu o Cine Teatro Alvorada S. A., na Av. Sen. Alberto Pasqualini, 151.
* Publicou também a posse do novo juiz de Direito da Comarca de Lajeado, Marino Candal Fernandes. Ficou dois anos em Lajeado.
* Em 15-11-1955, na Assembleia Geral do Grêmio Estudantil Lajeadense esta entidade foi alterada ou transformada em União Lajeadense de Estudantes Secundários - Ules. Foi eleita primeira diretoria: presidente Elmo Kirsch (contabilista São José), vice-presidente Nilo Fensterseifer (contabilista Alberto Torres), 1° secretário Hugo W. Sulzbach (contabilista São José), 2° secretário Mathias José Heberle (Ginásio São José), 1° tesoureiro José Carlos Liberato (contabilista S, José), 2ª tesoureira Iolanda Schaan (Magistério Madre Bárbara).

Pequenas Biografias

Avelino Bioen Capitani
Marinheiro reformado e escritor, Capitani nasceu em 18-8-1940, no Alto Tamanduá, hoje Progresso, filho de João Capitani e Oliva Bioen Capitani. Casou-se em 1981 com Teresa de Jesus Reckziegel de Lucena, tendo a filha Juliana, nascida em 1993. Pequeno agricultor, em 1954 foi trabalhar numa criação e engorda de porcos no Bairro Conservas de Lajeado. Dois anos depois, mudou-se para Porto Alegre, aonde trabalhou numa fábrica de móveis.
Em 1959 fez concurso para Escola de Aprendiz de Marinheiro, em Florianópolis, seguindo no ano seguinte para a Marinha no Rio de Janeiro. Em 1962, filiou-se à Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), recém-fundada. Estourando a Revolução de 1964, como um dos diretores da mencionada Associação, participou da chamada Rebelião dos Marinheiros. Foi preso e no final daquele ano fugiu da prisão do Alto da Boa Vista, RJ, e se exilou no Uruguai.
Ao final de 1965, viajou clandestinamente para Cuba, onde estudou Artes Militares ou treinamento de guerrilha. Voltou para o Brasil clandestinamente, para participar da Guerrilha do Caparaó. Preso em 1967 na Penitenciária Lemos de Brito no RJ, novamente fugiu em 1969 e tomou parte da Guerrilha Urbana no RJ. Em 1970, exilou-se territorialmente no Chile e voltou a Cuba. Em 1974, regressou clandestinamente ao Brasil, para passar por diversos países, participando da reorganização da esquerda. Posteriormente, integrou-se como militante do MR8.
Em 1980 fui anistiado. Reside em Porto Alegre.

O escritor Avelino Bioen Capitani

Depois de ter sido anistiado, Capitani continuou militando no Partido Comunista Brasileiro, em entidades de classe, sindicatos e associações. Em 1982, filiou-se no PT. No governo municipal de Porto Alegre, gestão de Olívio Dutra, foi Diretor do Departamento de Fiscalização da SMIC - Secretaria Municipal de Indústria e Comércio.
Em 1985, fez um Curso de Ciências Políticas na Alemanha Oriental. Em 1989, fez vestibular para Geografia na Ufrgs onde estudou por dois anos, mas, desistiu para cursar a UNIPAZ- SUL (Universidade Holística Internacional).
Aposentou-se por problemas de saúde. Em 2003, foi anistiado com todos os direitos. Atualmente, participa de uma Ong de Educação Cooperativa e Projetos Sociais (Coletivo Planta Sonhos). Em 28-11-1997, publicou a obra A Rebelião dos Marinheiros – memórias da Revolução de 1964, com 192 páginas, pela Editora Artes e Ofícios, reeditada pela Editora Expressão Popular, em 2005.  Na verdade, trata-se de uma autobiografia.
Em 2001, publicou Por que Chora Carol, pela Editora Hercules. Em 5-11-2007, na 53ª Feira do Livro, em Porto Alegre, lançou o livro Depois do Amanhecer, pela Editora AGE, com 112 p. Com um capítulo, participou nos livros Nossa paixão era inventar um novo tempo, pela Editora Rosa dos Ventos, em 1999, e a obra Sessenta e Quatro para Não esquecer, pela Editora Literalis, em 2004. Participa na montagem de filmes e documentários. Reside em Porto Alegre, Rua Santa Catarina nº 324 – Fone (51) 3341-5534. – E-mail: avelinocapitani@yahoo.com.br
 

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