O
Vale do Taquari há meio século
Extraímos do semanário A VOZ DO ALTO TAQUARI as principais notícias que ocorreram na
região há mais de meio século:
* A edição de 17-11-1955 publicou a Assembleia
Geral de constituição do Lajeado Cine Hotel. Seu capital inicial foi de Cr$
480.000,00 em ações de Cr$ 2.000,00 cada uma. A primeira administração estava
assim constituída: diretor-presidente Waldemar Leipnitz, vice-presidente Dr.
Thomas A. Pereira, diretor administrativo Arnilo Brönstrup, diretor tesoureiro
Ivo D. Scherer. O organizador foi Lauro Goulart Penteado. O projeto inicial, de
três pavimentos, foi na esquina onde está a atual Prefeitura. Felizmente, o
projeto abortou e assim, surgiu o Cine Teatro Alvorada S. A., na Av. Sen.
Alberto Pasqualini, 151.
* Publicou também a posse do novo juiz de Direito da
Comarca de Lajeado, Marino Candal Fernandes. Ficou dois anos em Lajeado.
* Em 15-11-1955, na Assembleia Geral do Grêmio
Estudantil Lajeadense esta entidade foi alterada ou transformada em União
Lajeadense de Estudantes Secundários - Ules. Foi eleita primeira diretoria:
presidente Elmo Kirsch (contabilista São José), vice-presidente Nilo
Fensterseifer (contabilista Alberto Torres), 1° secretário Hugo W. Sulzbach
(contabilista São José), 2° secretário Mathias José Heberle (Ginásio São José),
1° tesoureiro José Carlos Liberato (contabilista S, José), 2ª tesoureira
Iolanda Schaan (Magistério Madre Bárbara).
Pequenas Biografias
Marinheiro reformado e
escritor, Capitani nasceu em 18-8-1940, no Alto Tamanduá, hoje Progresso, filho
de João Capitani e Oliva Bioen Capitani. Casou-se em 1981 com Teresa de Jesus
Reckziegel de Lucena, tendo a filha Juliana, nascida em 1993. Pequeno
agricultor, em 1954 foi trabalhar numa criação e engorda de porcos no Bairro Conservas
de Lajeado. Dois anos depois, mudou-se para Porto Alegre, aonde trabalhou numa
fábrica de móveis.
Em 1959 fez concurso
para Escola de Aprendiz de Marinheiro, em Florianópolis, seguindo no ano seguinte
para a Marinha no Rio de Janeiro. Em 1962, filiou-se à Associação dos
Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), recém-fundada. Estourando a
Revolução de 1964, como um dos diretores da mencionada Associação, participou
da chamada Rebelião dos Marinheiros. Foi preso e no final daquele ano fugiu da
prisão do Alto da Boa Vista, RJ, e se exilou no Uruguai.
Ao final de 1965,
viajou clandestinamente para Cuba, onde estudou Artes Militares ou treinamento
de guerrilha. Voltou para o Brasil clandestinamente, para participar da
Guerrilha do Caparaó. Preso em 1967 na Penitenciária Lemos de Brito no RJ,
novamente fugiu em 1969 e tomou parte da Guerrilha Urbana no RJ. Em 1970,
exilou-se territorialmente no Chile e voltou a Cuba. Em 1974, regressou clandestinamente
ao Brasil, para passar por diversos países, participando da reorganização da
esquerda. Posteriormente, integrou-se como militante do MR8.
Em 1980 fui anistiado.
Reside em Porto Alegre.
O
escritor Avelino Bioen Capitani
Depois
de ter sido anistiado, Capitani continuou militando no Partido Comunista Brasileiro, em
entidades de classe, sindicatos e associações. Em 1982, filiou-se no PT. No
governo municipal de Porto Alegre, gestão de Olívio Dutra, foi Diretor do
Departamento de Fiscalização da SMIC - Secretaria Municipal de Indústria e
Comércio.
Em 1985, fez um Curso de Ciências Políticas na Alemanha Oriental.
Em 1989, fez vestibular para Geografia na Ufrgs onde estudou por dois anos,
mas, desistiu para cursar a UNIPAZ- SUL (Universidade Holística Internacional).
Aposentou-se por problemas de saúde. Em 2003, foi anistiado com
todos os direitos. Atualmente, participa de uma Ong de Educação Cooperativa e
Projetos Sociais (Coletivo Planta Sonhos). Em 28-11-1997, publicou
a obra A Rebelião dos Marinheiros
– memórias da Revolução de 1964, com 192 páginas, pela
Editora Artes e Ofícios, reeditada pela
Editora Expressão Popular, em 2005. Na
verdade, trata-se de uma autobiografia.
Em 2001, publicou Por que Chora Carol, pela Editora
Hercules. Em 5-11-2007, na 53ª Feira do Livro, em Porto Alegre, lançou
o livro Depois do Amanhecer, pela Editora AGE, com 112 p. Com
um capítulo, participou nos livros Nossa paixão era inventar um novo tempo,
pela Editora Rosa dos Ventos, em 1999, e a obra Sessenta e Quatro para Não
esquecer, pela Editora Literalis, em 2004. Participa na montagem de
filmes e documentários. Reside em Porto Alegre, Rua
Santa Catarina nº 324 – Fone (51) 3341-5534. – E-mail: avelinocapitani@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário