Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

terça-feira, 14 de maio de 2013


Abrindo o Baú nº 293 de 25-12-2012

Lembranças Infantis do Natal

                Nascido em 1934, não lembro ter ouvido falar de  “papai noel”. A figura central era realmente “Cristo Criança” ou “Cristo Menino”. Portanto, nascimento do Menino Jesus. Na Hulha Negra, então distrito de Bagé, não havia o pinheirinho. Por árvore de Natal se arranjava um galho verde de eucalipto ou cipreste. Um pequeno presépio de imagens elevava a mente das pessoas à ideia central do Natal. Cada personagem tinha o seu papel: o “Christkind”, Maria, o “velho” São José, os anjos, os pastores, os animais...
Uma pequena sineta se escutava à noite, já escura, anunciando a novidade. Todos se reuniam na sala. Lá estava montada a cena do Natal.  Rezava-se e, principalmente, cantava-se em família.
Pequenos presentes estavam ali para alegrar a todos. Com os anos, o Natal foi perdendo o seu Mistério. E deu no que deu...


Puhl – Família de Oito Religiosos

Nas primeiras décadas do século passado era muito comum as famílias católicas terem um ou mais filhos deixarem suas famílias para se dedicarem à vida sacerdotal e religiosa. Muitas vezes, ainda crianças de 12 anos de idade já se matriculavam nos seminários.
Vários fatores podiam influir para essa decisão. Certamente, a vida religiosa e exemplar de seus pais, tanto em casa como na vida comunitária, despertavam vocações, como também o contato de crianças com padres e freiras, contando as vantagens e belezas da vocação. A vida dura na colônia e a falta de opções para prosseguir nos estudos também podiam interferir na decisão.
A revista Die Fahne des hl. Ignatius, de abril de 1947, p. 85, traz a foto da família de Carlos Inácio Puhl e Hermina Reckziegel, de Arroio do Meio, cujos oito filhos foram todos matriculados em seminário jesuíta e na Congregação das Irmãs da Divina Providência.
Está na foto, da esquerda para direita: Irmã Raquel, mãe Hermina, Pe. Waldemar Puhl, neossacerdote diocesano, pai Carlos Inácio e Irmã Aurélia. De pé: Irmão Luís; Clemente, escolástico; Francisca, juvenista; Cuniberto, teólogo e Oscar, escolástico.



Tiro de Guerra 230 de Muçum


Centro ou Escola de Instrução Militar – EIM foram pequenos quartéis no interior para a formação de reservistas de Segunda Categoria do Exército, destinado aos cidadãos que, por qualquer motivo, não se incorporavam aos quartéis e subunidades regulares.
O objetivo tinha caráter cívico-militar, a fim de proporcionar a instrução militar no meio civil e dar aos seus membros a instrução necessária aos Reservistas do Exército Nacional.
Criado em 1906 e regulamentado no ano seguinte, através da Confederação do Tiro de Guerra – TG, em apenas uma década depois, em 16-7-1916, já foi criado o TG-230 de Muçum, o quarto mais antigo da região, depois de Taquari, Bom Retiro do Sul e Estrela.
O fato demonstra a rapidez com que as lideranças de Muçum sabiam se organizar, para impedir que seus filhos jovens se afastassem das lides agrícolas para cumprir seu Serviço Militar em quartéis.
A foto mostra o TG-230. Nos fundos se vê a pequena Casa Paroquial e a antiga Capela Curada, criada pela Portaria Eclesiástica de 20-12-1913. A capelinha foi demolida poucos anos depois, para dar lugar à construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação, criada pelo Decreto Eclesiástico de 13-9-1924.

 


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