190 anos da
Imigração Alemã no RS - 1
No
Rio Grande do Sul está sendo comemorado o 190º aniversário da imigração alemã,
ocorrido mais precisamente no domingo de 25 de julho de 1824.
As
populações de grande parte do território brasileiro estão formadas por vários
segmentos étnicos originários de imigrantes vindos de quase todos os
continentes do mundo, especialmente europeus, africanos e asiáticos.
Como
é própria da natureza humana a preservação de seus valores, cada grupo étnico
procurou salvar sua identidade, cultura, língua, religião e tradições na busca
da formação de uma nação.
Cada
grupo humano tem sua história própria. Em outros estados, o início dessa
imigração ocorreu em anos diferentes. Vamos resgatar aqui, em 20 edições
semanais, como foi no Rio Grande do Sul, há 190 anos.
Como se encontrava o Vale do
Taquari em 1824
Quando os primeiros imigrantes
alemães desembarcaram em São Leopoldo a paróquia de Taquari já tinha uma
história com mais de 60 anos, fundada por casais imigrantes das ilhas de
Açores.
Desde
o início o Brasil era considerado Colônia de Portugal, mas sem existir de fato
uma colonização. Somente os escravos produziam riquezas em benefício dos
donatários e dos cofres de Portugal. A vinda dos açorianos foi uma tentativa
para melhorar a organização colonial portuguesa. Para isso, os donatários
deviam subdividir suas imensas terras em sesmarias e datas. Cabia aos cimeiros
promover o povoamento.
No
Vale do Taquari, uma dezena de cimeiros recebeu grandes extensões, tidas
“devolutas”, de 1794 a 1815, comprometendo-se abrir estradas, estivas e portos
fluviais. Aqui havia alguns remanescentes indígenas nas imensas florestas,
habitadas também por grande variedade de animais selvagens.
Entre
os 10 sesmeiros no Vale do Taquari, destacaram-se os irmãos João e José Inácio
Teixeira, donos de terras na Serra de
Taquari. Ambos moravam em Porto Alegre, onde tinham muitas casas e
terrenos. Em 1794, ambos formaram uma sociedade imobiliária. A fim de melhor administrar as sesmarias,
foram subdivididas em fazendas. É a
origem das Fazendas dos Conventos, Carneiros ou Lajeado, São Caetano, São
Bento, São Gabriel, as mais conhecidas na margem direita do Rio Taquari;
Fazenda de Estrela, Beija-Flor, Ouro, Vilanova, as mais conhecidas na margem
esquerda do Taquari.
Para
administrar seus bens, os irmãos Teixeira tinham cerca de 300 escravos, muitos
peões e seus administradores. Exploravam especialmente madeira de lei e
erva-mate. Em cada fazenda construíram uma sede própria, com galpões e
estalagens, onde também plantavam, criavam animais para alimento e tração e
tinham embarcações próprias.
Após
30 anos, os irmãos Teixeira repartiram seus bens em 1824, ano em que vieram os
primeiros imigrantes a São Leopoldo.
José Inácio Teixeira Júnior, mais
conhecido por Juca Inácio e Patriarca do Pareci, herdou todos os bens e em 1830
permutou a Fazenda da Estrela com Vitorino José Ribeiro.
Repercutiu também no Vale do Taquari os
efeitos políticos e administrativos da transferência forçada da Família Real
Portuguesa ao Brasil, em 1808. A
principal consequência foi a subdivisão do RS, composta de 36.721 almas, em grandes municípios: Porto
Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. Assim, foi criado
município de Rio Pardo pela Provisão de 7-10-1809, que incluía também as
capelas filiais de Santo Amaro e de São José do Taquari. O Censo de Taquari, de
1814, dava o total de 1.714 pessoas, das quais 1.092 brancos, 433 escravos, 42
índios, 67 livres e 80 recém-nascidos.
Os navios transatlânticos e costeiros
eram movidos à vela. Só a partir de 1838 aportaram em Lisboa os primeiros cinco
navios a vapor, com cascos de ferro e aço.
Imigração Alemã no Brasil antes de 1824
Antes de
1824, houve várias imigrações de germânicos no Brasil, além da Imperatriz
Leopoldina e seus acompanhantes cientistas, aqui relacionadas em ordem
cronológicas, o que muitas vezes fica esquecido:
Em 1818
– Nova Friburgo, RJ: 1.682 colonos suíços do cantão Friburgo, da Suíça alemã; em Ilhéus, BA: 165 famílias
alemãs, para cultivar fumo, cacau e cereais.
Em 1819 – São Jorge dos Ilhéus, BA: 200 famílias de
colonos; em Inhomirim, fundo da Baía da Guanabarra, no Caminho Novo da Subida
da Serra, Georg Heinrich von Langsdorf tinha a Fazenda da Mandioca, onde contratou 96 imigrantes para
cultivo de novas espécies com tecnologia moderna. O major Schaeffer
trouxe soldados mercenários da Alemanha, para formar o “Corpo de
Tropas Estrangeiras”, no Exército Brasileiro. Os tenentes Halfeld e Koeler, que
foram, respectivamente, fundadores de Juiz de Fora e de Petrópolis. No Morro de
Queimados, 264 colonos evangélicos foram trazidos pelo mesmo major Schaeffer.
Em 4-11-1819, mais 26 suíços chegam à Nova Friburgo.
Em 1822, Major Schaeffer fundou
Frankenthal, na margem do Rio Jacarandá, afluente do Rio Peruípe, BA, onde
instalou 20 imigrantes.
Em 25-7-1824, inicia a Imigração
Alemã em São Leopoldo.
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Roma preserva
2.767 anos de história
Diz a lenda que uma loba criou os irmãos
gêmeos Rômulo e Remo. Na verdade, Númitor, rei de Alba Longa, foi destronado
pelo seu irmão Amúlio, levado seu prisioneiro, com sua filha Reia Sílvia, posta
na prisão, onde ela engravidou, fora de um projeto de casamento. Por isso, a
lenda diz que foi por obra do deus Marte. Quando nasceram Rômulo e Remo, foram
entregues a uma outra mulher, para serem
amamentadas e criadas. Como o nome dela era Lupa, mulher do pastor Fáustulo, a
lenda poetizou a história como sendo amamentados por uma loba. Rômulo fundou
uma aldeia de pastores, origem da cidade de Roma, em 753 a. C., tornando-se seu
primeiro imperador.
As primitivas cidadelas
europeias se defendiam de invasões de inimigos através de altas muralhas.
Também em Roma, grande parte dos muros foi conservada, conforme foto que Renê
Alievi Clicou, em 8-5-2014.
O Tibre ou Têvere em italiano, depois do Pó e do Ádige, é
o 3º rio mais longo na Itália. Nasce na Emília - Romanha, atravessa a Toscana, a Úmbria, Orte e Roma, para desaguar no Mar Tirreno.
Atravessa a capital, ligado por várias antigas pontes romanas, como essa ponte
Santo Ângelo que liga ao Castelo do mesmo nome, construída no séc. II d.C.,
foto de Renê Alievi Schierholt, em 9-5-2014.
Curta
passagem por Lisboa
De
Roma, a TAP nos levou para Lisboa, onde na meia tarde de 10 de maio de 2014
visitamos o núcleo urbano antigo da Capital de Portugal.
Renê e José Alfredo
diante do Monumento a D. Pedro IV, que no Brasil era D. Pedro I, proclamador da
Independência do Brasil, em 1822. Em 1831, abdicou do Trono no Brasil em favor
de D. Pedro II. Em Portugal, derrotou seu irmão D. Miguel. Assumiu o trono com
nome de D. Pedro IV e logo abdicou em favor de sua filha Maria da Glória,
brasileira, que tomou o nome de Rainha Maria II. Dom Pedro morreu em 24-9-1834,
deixando 14 filhos de várias mulheres.
Como
aproveitar duas horas na velha Lisboa
Tivemos
em Lisboa poucas horas de estadia. A melhor forma de aproveitamento encontrada
foi alugar um Tuk-Tuk. É uma Lambreta transformada com três rodas, com toldo,
podendo levar seis passageiros. O próprio motorista tem curso de Turismo para
servir de guia. Leva as pessoas para os lugares mais tradicionais e históricos.
Tuk-Tuk Lisboa é uma empresa de
circuitos turísticos focada nos seus clientes. Trabalha com o objetivo de
exceder as expectativas dos turistas, através de um serviço de excelência.
Presta um atendimento personalizado, proporcionando o conforto, a segurança, a
diversão e a tranquilidade necessários para desfrutar da cidade de Lisboa em cheio.
É uma experiência divertida de conhecer a Capital. Faz um tour original e
com rapidez circula nos meandros estreitos do antigo centro e consegue
estacionar facilmente em qualquer ponto da cidade ou mesmo desce do veículo
para clicar uma foto de lembrança.
Décio Antônio
Colombo
Professor estadual, auditor fiscal da
Receita Federal aposentado e escritor, atualmente residindo em Estrela.
Nasceu em 28-9-1945, em São Jorge da Forqueta,
hoje Pouso Novo, filho de Albino Feliciano Colombo e de Rosa Zagonell.
Iniciou em 21-7-1971 o magistério em Progresso,
seguindo em 1974 a Pouso Novo, onde compôs o Hino do Município. Após curta
temporada na 3ª DE, ministrou aulas de português, inglês e literatura em
escolas de Estrela, Lajeado e Arroio do Meio.
Ao se aposentar, frequentou o curso de
Medicina Tradicional Chinesa em Porto Alegre, em cuja Livraria Saraiva, em
2013, publicou o livro Desmitificando o Coração-Bomba – um
estudo sobre a força motriz da circulação sanguínea.
Traz um novo ponto de vista sobre circulação sanguínea, com 192 páginas. Além
da Saraiva e Cultura em Porto Alegre, a obra pode ser adquirida em O Paladino,
em Estrela, e Papelaria Schmidt, em Lajeado. Contatos: colombodac@sinos.net
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