Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
> Biografia
> Livros Publicados
Montagem: Orestes Josué Mallmann

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


190 anos da Imigração Alemã no RS - 1

No Rio Grande do Sul está sendo comemorado o 190º aniversário da imigração alemã, ocorrido mais precisamente no domingo de 25 de julho de 1824.
As populações de grande parte do território brasileiro estão formadas por vários segmentos étnicos originários de imigrantes vindos de quase todos os continentes do mundo, especialmente europeus, africanos e asiáticos.
Como é própria da natureza humana a preservação de seus valores, cada grupo étnico procurou salvar sua identidade, cultura, língua, religião e tradições na busca da formação de uma nação.
Cada grupo humano tem sua história própria. Em outros estados, o início dessa imigração ocorreu em anos diferentes. Vamos resgatar aqui, em 20 edições semanais, como foi no Rio Grande do Sul, há 190 anos.

Como se encontrava o Vale do Taquari em 1824

            Quando os primeiros imigrantes alemães desembarcaram em São Leopoldo a paróquia de Taquari já tinha uma história com mais de 60 anos, fundada por casais imigrantes das ilhas de Açores.
Desde o início o Brasil era considerado Colônia de Portugal, mas sem existir de fato uma colonização. Somente os escravos produziam riquezas em benefício dos donatários e dos cofres de Portugal. A vinda dos açorianos foi uma tentativa para melhorar a organização colonial portuguesa. Para isso, os donatários deviam subdividir suas imensas terras em sesmarias e datas. Cabia aos cimeiros promover o povoamento.
No Vale do Taquari, uma dezena de cimeiros recebeu grandes extensões, tidas “devolutas”, de 1794 a 1815, comprometendo-se abrir estradas, estivas e portos fluviais. Aqui havia alguns remanescentes indígenas nas imensas florestas, habitadas também por grande variedade de animais selvagens.
Entre os 10 sesmeiros no Vale do Taquari, destacaram-se os irmãos João e José Inácio Teixeira, donos de terras na Serra de Taquari. Ambos moravam em Porto Alegre, onde tinham muitas casas e terrenos. Em 1794, ambos formaram uma sociedade imobiliária. A fim de melhor administrar as sesmarias, foram subdivididas em fazendas. É a origem das Fazendas dos Conventos, Carneiros ou Lajeado, São Caetano, São Bento, São Gabriel, as mais conhecidas na margem direita do Rio Taquari; Fazenda de Estrela, Beija-Flor, Ouro, Vilanova, as mais conhecidas na margem esquerda do Taquari.
Para administrar seus bens, os irmãos Teixeira tinham cerca de 300 escravos, muitos peões e seus administradores. Exploravam especialmente madeira de lei e erva-mate. Em cada fazenda construíram uma sede própria, com galpões e estalagens, onde também plantavam, criavam animais para alimento e tração e tinham embarcações próprias.

Após 30 anos, os irmãos Teixeira repartiram seus bens em 1824, ano em que vieram os primeiros imigrantes a São Leopoldo. 
José Inácio Teixeira Júnior, mais conhecido por Juca Inácio e Patriarca do Pareci, herdou todos os bens e em 1830 permutou a Fazenda da Estrela com Vitorino José Ribeiro.
Repercutiu também no Vale do Taquari os efeitos políticos e administrativos da transferência forçada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808.  A principal consequência foi a subdivisão do RS, composta de 36.721 almas, em grandes municípios: Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. Assim, foi criado município de Rio Pardo pela Provisão de 7-10-1809, que incluía também as capelas filiais de Santo Amaro e de São José do Taquari. O Censo de Taquari, de 1814, dava o total de 1.714 pessoas, das quais 1.092 brancos, 433 escravos, 42 índios, 67 livres e 80 recém-nascidos. 
Os navios transatlânticos e costeiros eram movidos à vela. Só a partir de 1838 aportaram em Lisboa os primeiros cinco navios a vapor, com cascos de ferro e aço.

Imigração Alemã no Brasil antes de 1824

Antes de 1824, houve várias imigrações de germânicos no Brasil, além da Imperatriz Leopoldina e seus acompanhantes cientistas, aqui relacionadas em ordem cronológicas, o que muitas vezes fica esquecido:
 Em 1818 – Nova Friburgo, RJ: 1.682 colonos suíços do cantão Friburgo, da Suíça alemã; em Ilhéus, BA: 165 famílias alemãs, para cultivar fumo, cacau e cereais.
Em 1819 – São Jorge dos Ilhéus, BA: 200 famílias de colonos; em Inhomirim, fundo da Baía da Guanabarra, no Caminho Novo da Subida da Serra, Georg Heinrich von Langsdorf tinha a Fazenda da Mandioca, onde contratou 96 imigrantes para cultivo de novas espécies com tecnologia moderna. O major Schaeffer trouxe soldados mercenários da Alemanha, para formar o “Corpo de Tropas Estrangeiras”, no Exército Brasileiro. Os tenentes Halfeld e Koeler, que foram, respectivamente, fundadores de Juiz de Fora e de Petrópolis. No Morro de Queimados, 264 colonos evangélicos foram trazidos pelo mesmo major Schaeffer. Em 4-11-1819, mais 26 suíços chegam à Nova Friburgo.
Em 1822, Major Schaeffer fundou Frankenthal, na margem do Rio Jacarandá, afluente do Rio Peruípe, BA, onde instalou 20 imigrantes.
Em 25-7-1824, inicia a Imigração Alemã em São Leopoldo.
                                  
__________ * * * * __________

Roma preserva 2.767 anos de história      

Diz a lenda que uma loba criou os irmãos gêmeos Rômulo e Remo. Na verdade, Númitor, rei de Alba Longa, foi destronado pelo seu irmão Amúlio, levado seu prisioneiro, com sua filha Reia Sílvia, posta na prisão, onde ela engravidou, fora de um projeto de casamento. Por isso, a lenda diz que foi por obra do deus Marte. Quando nasceram Rômulo e Remo, foram entregues a uma outra mulher,  para serem amamentadas e criadas. Como o nome dela era Lupa, mulher do pastor Fáustulo, a lenda poetizou a história como sendo amamentados por uma loba. Rômulo fundou uma aldeia de pastores, origem da cidade de Roma, em 753 a. C., tornando-se seu primeiro imperador.


As primitivas cidadelas europeias se defendiam de invasões de inimigos através de altas muralhas. Também em Roma, grande parte dos muros foi conservada, conforme foto que Renê Alievi Clicou, em 8-5-2014.


O Tibre ou Têvere em italiano, depois do Pó e do Ádige, é o 3º rio mais longo na Itália. Nasce na Emília - Romanha, atravessa a Toscana, a Úmbria, Orte e Roma, para desaguar no Mar Tirreno. Atravessa a capital, ligado por várias antigas pontes romanas, como essa ponte Santo Ângelo que liga ao Castelo do mesmo nome, construída no séc. II d.C., foto de Renê Alievi Schierholt, em 9-5-2014.

Curta passagem por Lisboa

         De Roma, a TAP nos levou para Lisboa, onde na meia tarde de 10 de maio de 2014 visitamos o núcleo urbano antigo da Capital de Portugal.


Renê e José Alfredo diante do Monumento a D. Pedro IV, que no Brasil era D. Pedro I, proclamador da Independência do Brasil, em 1822. Em 1831, abdicou do Trono no Brasil em favor de D. Pedro II. Em Portugal, derrotou seu irmão D. Miguel. Assumiu o trono com nome de D. Pedro IV e logo abdicou em favor de sua filha Maria da Glória, brasileira, que tomou o nome de Rainha Maria II. Dom Pedro morreu em 24-9-1834, deixando 14 filhos de várias mulheres.

Como aproveitar duas horas na velha Lisboa

         Tivemos em Lisboa poucas horas de estadia. A melhor forma de aproveitamento encontrada foi alugar um Tuk-Tuk. É uma Lambreta transformada com três rodas, com toldo, podendo levar seis passageiros. O próprio motorista tem curso de Turismo para servir de guia. Leva as pessoas para os lugares mais tradicionais e históricos.


        Tuk-Tuk Lisboa é uma empresa de circuitos turísticos focada nos seus clientes. Trabalha com o objetivo de exceder as expectativas dos turistas, através de um serviço de excelência. Presta um atendimento personalizado, proporcionando o conforto, a segurança, a diversão e a tranquilidade necessários para desfrutar da cidade de Lisboa em cheio. É uma experiência divertida de conhecer a Capital. Faz um tour original e com rapidez circula nos meandros estreitos do antigo centro e consegue estacionar facilmente em qualquer ponto da cidade ou mesmo desce do veículo para clicar uma foto de lembrança.


Décio Antônio Colombo

Professor estadual, auditor fiscal da Receita Federal aposentado e escritor, atualmente residindo em Estrela.
 Nasceu em 28-9-1945, em São Jorge da Forqueta, hoje Pouso Novo, filho de Albino Feliciano Colombo e de Rosa Zagonell.
Iniciou em 21-7-1971 o magistério em Progresso, seguindo em 1974 a Pouso Novo, onde compôs o Hino do Município. Após curta temporada na 3ª DE, ministrou aulas de português, inglês e literatura em escolas de Estrela, Lajeado e Arroio do Meio.
Ao se aposentar, frequentou o curso de Medicina Tradicional Chinesa em Porto Alegre, em cuja Livraria Saraiva, em 2013, publicou o livro Desmitificando o Coração-Bomba – um estudo sobre a força motriz da circulação sanguínea. Traz um novo ponto de vista sobre circulação sanguínea, com 192 páginas. Além da Saraiva e Cultura em Porto Alegre, a obra pode ser adquirida em O Paladino, em Estrela, e Papelaria Schmidt, em Lajeado. Contatos: colombodac@sinos.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário