Para
o Dia do Historiador, nada mais oportuno lembrar o que nos ensinaram os
antigos, como Cícero: Historia... lux
veritatis, vita memoriae, magistra
vitae, nuntia vetustatis, ou seja: História é a luz da verdade, a vida da
memória, a mestra vida, a mensageira da antiguidade.
Na linguagem de hoje, a história é o
retrovisor da verdade, da memória, da vida e das lições antigas. É claro que
não dá para fixar o tempo todo só o retrovisor, para não ir para o brejo. É
preciso olhar através do para-brisa, para frente, sem esquecer o retrovisor.
As lições de vida, contidas nos
acontecimentos que passaram, através do retrovisor das relações de causas e
efeitos de cada fato, nos dão mais segurança para prosseguir a viagem pelo
para-brisa com garantia de chegar ao porto seguro.
José Alfredo
Schierholt, em 19 de agosto de 2014.
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190 anos da imigração alemã no RS -
2
Por
que Dom João VI busca imigrantes?
Os
diversos tratados de cunho político e econômico eram, quase sempre, selados por
algum casamento entre os filhos dos monarcas. A partir de 1815, Dom João VI
selou os compromissos bilaterais com o casamento de seu filho Dom Pedro I com a
Arquiduquesa da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de
Habsburgo-Lorena, seu nome completo, a terceira filha do Imperador Franz I da Áustria e II da
Alemanha, da casa real dos Habsburgos, e de Maria Teresa Carolina de Bourbon. O
casamento civil se deu por procuração, em Viena, em 29-11-1816 e o casamento
religioso foi em 13-5-1817, em cerimônia presidida pelo Arcebispo de Viena,
sendo procurador de Dom Pedro o Arquiduque Carlos Luís.
Foto de Dom Pedro I e Imperatriz Leopoldina
Ao falecer sua mãe Maria I, a Rainha Louca, em
1816, Dom João VI assumiu como Rei e prometeu retornar logo a Lisboa, o que ele
cumpriu só seis anos depois. Em 1811, o Rei simplesmente anexou o território do
Uruguai ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina, oficializado em 1817.
Como o exército português tivesse poucos soldados para manter o domínio sobre o
Uruguai, especialmente com a restauração dos Bourbons na Espanha e também para
se defender de constantes surtos de revoluções emancipacionistas que eclodiam
por toda a parte nas colônias espanholas, Dom João VI planejou buscar reforços
nos estados germânicos, através da imigração de soldados e colonos. Para isso,
prometia pagar viagem, dar terras e outras vantagens aos imigrantes. O major
Jorge Antônio Schaeffer, lá por 1818, trouxe as primeiras quatro famílias (20
pessoas) para o Brasil, fundando a Colônia Leopoldina (hoje Nova Viçosa), na
Bahia. Foi o embrião da imigração alemã.
Numa
esquadra de 11 navios, o Rei desembarcou em Lisboa em 3-7-1821, para voltar a ser a capital do Reino,
ameaçada pela Revolução Constitucionalista do Porto. Raspou os cofres no Brasil
e levou consigo as reservas metálicas do Banco do Brasil. Deixou no Brasil seu
filho D. Pedro, na condição de Príncipe Regente. Sonhava D. João que, após sua morte,
pudesse D. Pedro herdar o trono de Portugal e manter a união dos reinos, apesar
de já se esboçarem movimentos para a independência do Brasil.
Imperatriz
Leopoldina primeira imigrante no Brasil
Com o desembarque da
Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro, em 6-11-1817. Após a recepção dos noivos
no porto do Rio de Janeiro, a comitiva se dirigiu a Igreja Catedral, onde se
repetiu o Ato do Sacramento do Matrimônio. Nascida em 22-2-1797, portanto, um ano,
8 meses e 20 dias mais velho que Dom Pedro, foi a Princesa Leopoldina a
primeira imigrante germânica no Brasil. Ela trouxe na comitiva vários
cientistas.
Não
foi nada fácil a vida do novo lar imperial, pois Leopoldina sabia pouco falar
português. Falavam em francês. Dom João VI e Joaquina Carlota brigavam e viviam
separados e mesmo assim tiveram nove filhos. Em consequência, a educação
recebida por Dom Pedro foi péssima. A vida conjugal foi um suplício para
Leopoldina, com um filho a cada ano, num total de sete: Maria da Glória (depois Rainha de Portugal),
Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca, Pedro II e um aborto, que lhe
causou a morte. E Dom Pedro I teve mais 11 filhos de outras mulheres...
As cortes portuguesas exigiam a volta
imediata a Portugal da família de Dom Pedro I, que se encontrava em São Paulo.
Por isso, Leopoldina assumiu como Imperatriz para presidir o Conselho de Estado
e assinar o Decreto da Independência, em 2-9-1822. Entretanto, José Bonifácio
aconselhou-a deixar esta assinatura para Dom Pedro I, por ser austríaca, o que
fez cinco dias depois, proclamando a Independência.
Em cartas a sua mana Maria Luíza (viúva
de Napoleão Bonaparte), Leopoldina revelou ter sido agredida muitas vezes por
Dom Pedro. Por efeitos da última agressão, antes do marido viajar a Porto
Alegre, Leopoldina abortou seu oitavo filho, vindo a falecer dias depois, em
11-12-1826, no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em 1954, o corpo
foi transladado para a Capela Imperial,
sob o Monumento do Ipiranga, em São
Paulo.
O que houve então no Vale do Taquari?
A origem da “Fazenda da Estrela” nos foi dada por Nilo Ruschel no Correio do Povo, de 3-6-1966: decorre de um desmembramento de gleba maior,
dentro dos vastos limites da freguesia de São José de Taquari, na circunscrição
antiga. Pertencia, a primeira propriedade, ao marechal-de-campo (Antônio
Manuel) Silveira Sampaio, que deve tê-la
recebido por serviços prestados ao governo português.
Foto do General José Luiz Mena Barreto, filho do Cel. José Luis Mena Barreto.
Dona
Ana Emília de Sampaio, uma de suas filhas, casou-se com o coronel José Luís
Mena Barreto, que participou das lutas cisplatinas. Morreu muito moço, com 27
anos, no combate “Rincón de las Gallinas”, junto ao Rio Negro, onde as armas
brasileiras foram derrotadas pelas uruguaias, em 24 de setembro de 1825.
Esse
combate ocorreu na Guerra da Independência, quando Uruguai lutou pela sua
independência, auxiliado pelas forças argentinas e proclamada pelo líder político uruguaio Juan Antonio Lavalleja,
em 1825. Entretanto, da Guerra Cisplatina não houve vencedores. Somente pelo
Tratado de Montevidéu foi reconhecida a Independência do Uruguai, em 1828.
Do matrimônio entre José
Luís Mena Barreto e Ana Emília do Sampaio nasceu (Antônio) Vítor de Sampaio
Mena Barreto, o qual foi engajado nas forças brasileiras, conquistou no
Paraguai o posto de coronel. Foi o fundador da Cidade de Estrela, como está em
meu livro Estrela Ontem e Hoje.
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Coliseu
de Roma é uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno
O Coliseu,
também conhecido como Anfiteatro
Flaviano ou Flávio (em latim: Amphitheatrum Flavium), é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga.
Deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus,
no latim tardio), devido à estátua colossal do imperador
romano Nero, que ficava perto
da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma exceção de
entre os anfiteatros
pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de abrigar perto de
50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados
espetáculos. Foi construído a leste do Fórum
Romano e demorou entre oito a
dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400
anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da
nossa era, bastante depois da queda de Roma, em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento
no começo da Idade Média,
mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de
ordens religiosas e templo cristão.
J A S apreciando o Coliseu, foto clicada por Renê Alievi
Schierholt, em 7-5-2014.
Fontana
di Trevi é o maior e mais antigo aqueduto de Roma
Água potável à
população era de uma necessidade vital a uma cidade. A fonte situava-se no cruzamento de três estradas, marcando o ponto
final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. É a maior (cerca de 26 m de altura e
20 m de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália, localizada defronte ao Palácio Quirinale, em Roma. No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos
romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da
cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água
desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os
banheiros de Marco
Vipsânio Agripa e
serviu a cidade por mais de 400 anos.
Depois,
o Papa Clemente XII construiu esta obra de arte, em 1735.
Há a moda de se jogar uma moedinha na água, para lá voltar
algum dia. Mas afinal onde vão parar as moedas que jogamos? Todos
os dias, pela manhã, é realizada a limpeza e manutenção da Fonte, quando as
moedinhas são recolhidas e doadas à Caritas. Segundo Il Giornale, a média é de
50 quilos de moedas por dia o que chega a 700 mil euros por ano.
Renê
e José Alfredo também jogaram a moeda para lá voltar algum dia...
Valesca
dos Santos Pederiva
Valesca Santos é
técnica massoterapeuta, reikiana e
escritora em Encantado, onde nasceu em 30-12-1973, f. João Américo dos Santos e
de Darci Catarina Fiorini, e onde reside com seu esposo e dois filhos.
Formou-se em Massoterapia pelo Senac, em Lajeado.
Em 2013, participou das coletâneas Labor
Poético e Maturidade, pela Editora Pragmatha e publicou seu conto: Deu
pra ti no livro coletivo Contos de Som e Silêncio - Histórias
inspiradas em letras de música, pela “wwlivros”.
Alcançou
o primeiro lugar no concurso de contos Novos Talentos: Escritas e Escritores -
IV edição, da ALIVAT, com o conto Zoom.
Em 29-7-2014, no Colóquio Literário da ALIVAT,
em Encantado, lançou o romance ALMAS DILACERADAS, com 432 páginas,
sua primeira ficção, falando de amor e perdão e conta a história de Ava e Yan.
O prefácio é de Ana Cecília Togni e a
orelha de apresentação da obra está assinada por Alício Jocemar de Assunção. Participou das coletâneas: “Sou Poeta com
Orgulho” e “Versos Brasileiros”, da editora Pragmatha, a serem lançados em 2014.
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