Autor: José Alfredo Schierholt


Autor: José Alfredo Schierholt
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Montagem: Orestes Josué Mallmann

sábado, 6 de setembro de 2014




       Para o Dia do Historiador, nada mais oportuno lembrar o que nos ensinaram os antigos, como Cícero: Historia... lux veritatis, vita memoriae,  magistra vitae,  nuntia vetustatis, ou seja: História é a luz da verdade, a vida da memória, a mestra vida, a mensageira da antiguidade.
         Na linguagem de hoje, a história é o retrovisor da verdade, da memória, da vida e das lições antigas. É claro que não dá para fixar o tempo todo só o retrovisor, para não ir para o brejo. É preciso olhar através do para-brisa, para frente, sem esquecer o retrovisor.
As lições de vida, contidas nos acontecimentos que passaram, através do retrovisor das relações de causas e efeitos de cada fato, nos dão mais segurança para prosseguir a viagem pelo para-brisa com garantia de chegar ao porto seguro.

José Alfredo Schierholt, em 19 de agosto de 2014.


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190 anos da imigração alemã no RS - 2


Por que Dom João VI busca imigrantes?

Os diversos tratados de cunho político e econômico eram, quase sempre, selados por algum casamento entre os filhos dos monarcas. A partir de 1815, Dom João VI selou os compromissos bilaterais com o casamento de seu filho Dom Pedro I com a Arquiduquesa da Áustria, Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, seu nome completo, a terceira filha do Imperador Franz I da Áustria e II da Alemanha, da casa real dos Habsburgos, e de Maria Teresa Carolina de Bourbon. O casamento civil se deu por procuração, em Viena, em 29-11-1816 e o casamento religioso foi em 13-5-1817, em cerimônia presidida pelo Arcebispo de Viena, sendo procurador de Dom Pedro o Arquiduque Carlos Luís.

Foto de Dom Pedro I e Imperatriz Leopoldina

Ao falecer sua mãe Maria I, a Rainha Louca, em 1816, Dom João VI assumiu como Rei e prometeu retornar logo a Lisboa, o que ele cumpriu só seis anos depois. Em 1811, o Rei simplesmente anexou o território do Uruguai ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina, oficializado em 1817. Como o exército português tivesse poucos soldados para manter o domínio sobre o Uruguai, especialmente com a restauração dos Bourbons na Espanha e também para se defender de constantes surtos de revoluções emancipacionistas que eclodiam por toda a parte nas colônias espanholas, Dom João VI planejou buscar reforços nos estados germânicos, através da imigração de soldados e colonos. Para isso, prometia pagar viagem, dar terras e outras vantagens aos imigrantes. O major Jorge Antônio Schaeffer, lá por 1818, trouxe as primeiras quatro famílias (20 pessoas) para o Brasil, fundando a Colônia Leopoldina (hoje Nova Viçosa), na Bahia. Foi o embrião da imigração alemã. 
Numa esquadra de 11 navios, o Rei desembarcou em Lisboa em 3-7-1821, para voltar a ser a capital do Reino, ameaçada pela Revolução Constitucionalista do Porto. Raspou os cofres no Brasil e levou consigo as reservas metálicas do Banco do Brasil. Deixou no Brasil seu filho D. Pedro, na condição de Príncipe Regente. Sonhava D. João que, após sua morte, pudesse D. Pedro herdar o trono de Portugal e manter a união dos reinos, apesar de já se esboçarem movimentos para a independência do Brasil.

Imperatriz Leopoldina primeira imigrante no Brasil

Com o desembarque da Princesa Leopoldina no Rio de Janeiro, em 6-11-1817. Após a recepção dos noivos no porto do Rio de Janeiro, a comitiva se dirigiu a Igreja Catedral, onde se repetiu o Ato do Sacramento do Matrimônio. Nascida em 22-2-1797, portanto, um ano, 8 meses e 20 dias mais velho que Dom Pedro, foi a Princesa Leopoldina a primeira imigrante germânica no Brasil. Ela trouxe na comitiva vários cientistas.
Não foi nada fácil a vida do novo lar imperial, pois Leopoldina sabia pouco falar português. Falavam em francês. Dom João VI e Joaquina Carlota brigavam e viviam separados e mesmo assim tiveram nove filhos. Em consequência, a educação recebida por Dom Pedro foi péssima. A vida conjugal foi um suplício para Leopoldina, com um filho a cada ano, num total de sete: Maria da Glória (depois Rainha de Portugal), Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca, Pedro II e um aborto, que lhe causou a morte. E Dom Pedro I teve mais 11 filhos de outras mulheres...
As cortes portuguesas exigiam a volta imediata a Portugal da família de Dom Pedro I, que se encontrava em São Paulo. Por isso, Leopoldina assumiu como Imperatriz para presidir o Conselho de Estado e assinar o Decreto da Independência, em 2-9-1822. Entretanto, José Bonifácio aconselhou-a deixar esta assinatura para Dom Pedro I, por ser austríaca, o que fez cinco dias depois, proclamando a Independência.
         Em cartas a sua mana Maria Luíza (viúva de Napoleão Bonaparte), Leopoldina revelou ter sido agredida muitas vezes por Dom Pedro. Por efeitos da última agressão, antes do marido viajar a Porto Alegre, Leopoldina abortou seu oitavo filho, vindo a falecer dias depois, em 11-12-1826, no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em 1954, o corpo foi transladado para a Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, em São Paulo.

O que houve então no Vale do Taquari?

  A origem da “Fazenda da Estrela” nos foi dada por Nilo Ruschel no Correio do Povo, de 3-6-1966: decorre de um desmembramento de gleba maior, dentro dos vastos limites da freguesia de São José de Taquari, na circunscrição antiga. Pertencia, a primeira propriedade, ao marechal-de-campo (Antônio Manuel) Silveira Sampaio, que deve tê-la recebido por serviços prestados ao governo português.

Foto do General José Luiz Mena Barreto, filho do Cel. José Luis Mena Barreto.

Dona Ana Emília de Sampaio, uma de suas filhas, casou-se com o coronel José Luís Mena Barreto, que participou das lutas cisplatinas. Morreu muito moço, com 27 anos, no combate “Rincón de las Gallinas”, junto ao Rio Negro, onde as armas brasileiras foram derrotadas pelas uruguaias, em 24 de setembro de 1825.
Esse combate ocorreu na Guerra da Independência, quando Uruguai lutou pela sua independência, auxiliado pelas forças argentinas e proclamada pelo líder político uruguaio Juan Antonio Lavalleja, em 1825. Entretanto, da Guerra Cisplatina não houve vencedores. Somente pelo Tratado de Montevidéu foi reconhecida a Independência do Uruguai, em 1828.
 Do matrimônio entre José Luís Mena Barreto e Ana Emília do Sampaio nasceu (Antônio) Vítor de Sampaio Mena Barreto, o qual foi engajado nas forças brasileiras, conquistou no Paraguai o posto de coronel. Foi o fundador da Cidade de Estrela, como está em meu livro Estrela Ontem e Hoje.


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Coliseu de Roma é uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno

O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano ou Flávio (em latim: Amphitheatrum Flavium), é um anfiteatro construído no período da Roma Antiga. Deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da edificação. Localizado no centro de Roma, é uma exceção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de abrigar perto de 50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 400 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma, em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.


J A S apreciando o Coliseu, foto clicada por Renê Alievi Schierholt, em 7-5-2014.

Fontana di Trevi é o maior e mais antigo aqueduto de Roma

         Água potável à população era de uma necessidade vital a uma cidade. A fonte situava-se no cruzamento de três estradas, marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma.  É a maior (cerca de 26 m de altura e 20 m de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália, localizada defronte ao Palácio Quirinale, em Roma. No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.
Depois, o Papa Clemente XII construiu esta obra de arte, em 1735.
Há a moda de se jogar uma moedinha na água, para lá voltar algum dia. Mas afinal onde vão parar as moedas que jogamos? Todos os dias, pela manhã, é realizada a limpeza e manutenção da Fonte, quando as moedinhas são recolhidas e doadas à Caritas. Segundo Il Giornale, a média é de 50 quilos de moedas por dia o que chega a 700 mil euros por ano.


Renê e José Alfredo também jogaram a moeda para lá voltar algum dia...



Valesca dos Santos Pederiva


Valesca Santos é técnica massoterapeuta, reikiana e escritora em Encantado, onde nasceu em 30-12-1973, f. João Américo dos Santos e de Darci Catarina Fiorini, e onde reside com seu esposo e dois filhos. Formou-se em Massoterapia pelo Senac, em Lajeado.
Em 2013, participou das coletâneas Labor Poético e Maturidade, pela Editora Pragmatha e publicou seu conto: Deu pra ti no livro coletivo Contos de Som e Silêncio - Histórias inspiradas em letras de música, pela “wwlivros”.
 Alcançou o primeiro lugar no concurso de contos Novos Talentos: Escritas e Escritores - IV edição, da ALIVAT, com o conto Zoom.
Em 29-7-2014, no Colóquio Literário da ALIVAT, em Encantado, lançou o romance ALMAS DILACERADAS, com 432 páginas, sua primeira ficção, falando de amor e perdão e conta a história de Ava e Yan. O prefácio é de Ana Cecília Togni e a orelha de apresentação da obra está assinada por Alício Jocemar de Assunção. Participou das coletâneas: “Sou Poeta com Orgulho” e “Versos Brasileiros”, da editora Pragmatha, a serem lançados em 2014.


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