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190 anos da imigração alemã no RS -
A
dramática viagem de pequeno veleiro hamburguês Germânia, de três mastros, iniciou do porto de Glückstadt, ao norte
de Hamburg, em 3 de junho de 1824, sob o comando do capitão Hans Voss.
Sua
história nos foi detalhado pelo meu confrade Carlos Henrique Hunsche, em seu
livro Biênio 1824/1825 da imigração e colonização alemã no Rio Grande do Sul,
em 1975.
O
veleiro tinha apenas 367,12 m³ ou seja 7 x 7 x 7 metros, o que representava uma
verdadeira “casca de noz”. É neste
recipiente, boiando ao sabor dos ventos sobre ondas, perdido em 100 dias na
imensidão do Atlântico, vivia um amontoado turbulento de mais de 300 pessoas,
cada uma com suas desgraças e suas esperanças, seus rancores e seus amores –
escreve Hunsche.
Contabilizou-se
esse autor ter havido no Germânia 277
soldados, para os quatro batalhões alemães no Rio de Janeiro, todos
arrebanhados pelo Major Schaeffer. Havia ainda 124 colonos, destinando-se 66
pessoas a São Leopoldo, lá chegados em 6-11-1824. Entre estes imigrantes,
destacaram-se o jovem médico hamburguês João Daniel Hillebrand (foto), logo depois
nomeado diretor da Colônia de São Leopoldo; o primeiro pastor evangélico, João
Jorge Ehlers, viúvo, e seus três filhos pequenos, de 11, 7 e 3 anos.
O
que é realmente estarrecedor entre os imigrantes é a listagem de 24 presos que
o Major Schaeffer deixou embarcar no veleiro Germânia, tirados da cadeia de Hamburg, assim distribuídos: 13
cumpriam pena por furto; oito, por deserção (fuga do serviço militar); dois por
homicídio e um por embuste. Os dois
mais jovens tinham 18 anos e o mais velho, 41 anos de idade. A maior pena era
de seis anos e a menor, de seis meses.
Pequeno
grupo destes marginais, sempre criando sérios problemas entre passageiros, sob
a liderança de Johann Carl Rasch, queria liquidar com o capitão do navio e o
atirar no mar. Foram presos, mas conseguiram soltar-se. Presos mais uma vez,
foram julgados por uma comissão, condenados e fuzilados, em 5 de julho de 1824.
O fato deu-se no Golfo de Biscaia, na costa norte da Espanha, 13 dias antes da
chegada dos 39 pioneiros em Porto Alegre.
Fracasso
da Imigração alemã em São João das Missões
São João Batista das Missões tinha sido fundada
pelo padre Antônio Sepp, missionário
jesuíta, um polímate que dominava a música, arquitetura, urbanismo, relojoaria, pintura e escultura. Depois de catequizar 2.832 índios oriundos da redução de
São Miguel, padre Sepp iniciou a construção da igreja em 1708. Esta redução
mostrou alto nível de atividade cultural.
Depois do genocídio da Guerra Guaranítica,
desde 1768 tudo ficou em ruínas, localizadas no interior de Entre-Ijuís.
Ruínas
de São João Batista das Missões
Já nos primeiros meses de colonização, enquanto
dezenas de famílias de imigrantes se integraram na abertura de caminhos, de
coivaras, construção de suas casas, plantação e colheitas, outros grupos não se
sujeitaram ao trabalho de pioneirismo e insistiam na rebeldia e incomodação nas
diversas linhas coloniais. Tornavam-se cada vez mais indesejáveis a ponto de
não encontrarem uma solução, a não ser tirá-los da região de São Leopoldo.
Com a inclusão de diversos apenados de Hamburg
e Mecklenburg-Schwerin entre os imigrantes, o imperador Dom Pedro I encontrou
uma solução de colonizar a antiga região missioneira no Rio Grande do Sul, no
que foi incumbido o presidente da Província, com a tentativa de colonizar a
primitiva região missioneira de São João das Missões. O primeiro grupo foi
levado de barco até Rio Pardo, em 26 de novembro de 1824, sob o comando do
Capitão Alexandre José Bernardes, prosseguindo em carroças a Santiago do
Boqueirão e dali à nova Colônia de São João das Missões, fundada em 6 de
janeiro de 1825. Foram 163 imigrantes
Apesar
de terem recebido uma ajuda de custo, não quiseram trabalhar em terras que lhes
foi oferecida. Preferiram ficar nas proximidades de botecos, onde se
embriagavam e se metiam em desordens com peões errantes e desocupados. Consumidos
os subsídios recebidos, os imigrantes foram se dispersando. Uns foram
incorporados aos peões errantes a serviço de caudilhos, trocaram de nomes para
fugir da justiça, outros se acaboclaram totalmente. Poucos retornaram à região
de São Leopoldo, onde se reincorporaram na colonização. Entre estes, constavam
as famílias de João Frederico Schmidt, com a esposa e três filhos e de
Cristiano Frederico Schmidt, com a esposa e seis filhos. O primeiro retornou a
São Leopoldo e se mudou, depois, para Três Forquilhas (Torres). O segundo deve ter traduzido/alterado seu nome para Tristão
Frederico Ferreira e falecido em 1876, em São Miguel das Missões, já
nonagenário.
O difícil acesso, a falta de comunicação, a
inexistência de autoridades e de meios de comercialização de produtos rurais
abortaram o prematuro projeto da colonização das missões, o que se deu mais de
meio século depois.
Quadro
de espera dos imigrantes em portos brasileiros
O
jovem imperador Dom Pedro I estava muito preocupado e assustado com os surtos
separatistas das antigas colônias espanholas na América do Sul, especialmente
junto à longa e indefinida fronteira. Já estava atemorizado com as revoltas da
Independência em diversas províncias brasileiras, mormente com a Guerra
Cisplatina, que durou 500 dias e ele não queria perder o Uruguai, com mais de
176 mil quilômetros quadrados. O imperador sentia falta de um Exército! A
solução adotada foi recrutar soldados e colonos estrangeiros, pois a mera
distribuição de sesmarias e datas não resolviam a ocupação e posse do
território brasileiro.
Enquanto os imigrantes aportavam nas colônias planejadas, as terras nacionais precisavam ser medidas em lotes coloniais, urgentemente. Para não ferir os direitos adquiridos pelos donos de sesmarias e datas, Dom Pedro encarregou, em Portaria de 31-3-1824, o presidente José Feliciano Fernandes Pinheiro a proceder a medição de todo o terreno em que se acha a Feitoria do Linho Cânhamo, e que é de propriedade Nacional, para ao depois se repartir em datas de quatrocentas braças a bem do estabelecimento de uma colônia de alemães. E 5 dias depois de ser assinada a citada Portaria, levantou âncora em Hamburg o navio que trazia os 39 pioneiros para São Leopoldo, chegando em 18 de julho, mas ainda não estava tudo pronto para se fixarem na Feitoria.
Visconde de São
Leopoldo
Na Feitoria chegam
os
primeiros 39 imigrantes em 25-7-1924
Depois de uma semana hospedados em Porto
Alegre, na sexta-feira de 25 de julho de 1824 os 39 primeiros imigrantes foram
levados em pequenas embarcações para o antigo galpão da Real Feitoria do Linho
Cânhamo. São os 190 anos de história que estamos recordando. Dos 39 pioneiros,
6 eram católicos (das famílias Krämer e Hammel) e 33 eram evangélicos (das
famílias Pfingsten, Rust, Timm, Bentzen, Gross, Jaacks e Höpper, cujo bebê João
Ludovico nasceu na viagem).
Escravatura no Vale do Taquari
Observando-se
a Estatística antiga, vê-se que só uma década antes de chegarem os primeiros
imigrantes no RS, em 1814 havia nesta Província o total de 70.656 habitantes,
dos quais 32.300 brancos (45,7%), 20.611 escravos (29,1%), 8.655 indígenas
(12.2%), 5.399 livres de todas as cores (7,6%) e 3.691 recém-nascidos (5.2%).
No distrito de Taquari, em 1814, havia o total
de 1.714 habitantes, dos quais 1.092 brancos (63%), 433 escravos (25,2%), 67
livres (3,9%), 42 índios (2,4%) e 80 recém-nascidos (4,6%).
Aqui
entram os 300 escravos que os irmãos João e José Inácio Teixeira se dividiram
em 1824 ao assinarem o Distrate de sua sociedade, após 30 anos de duração. Boa
parte destes escravos estiveram também derrubando toras de madeira e colhendo
erva-mate nas fazendas do Vale do Taquari para os seus donos venderem em Porto
Alegre.
Em
1846, a Estatística só dá o total de 3.750 habitantes ao distrito de Taquari.
No distrito de Santo Amaro, à qual pertenciam as fazendas da margem direita do
Rio Taquari (incluindo Lajeado), havia o total de 1.285 brancos (50%), 982
escravos (38,3% dos quais 873 “pretos” e 109 “pardos”), mais 64 índios, 66
pretos libertos e 163 pardos libertos, que somavam os outros 50%. Como se vê,
cada branco tinha a média de 1,3 escravo. Certamente, os libertos e índios
viviam de peão ou biscate.
Vamos
lembrar que em 1846, os imigrantes já se espalhavam nos 22 anos de imigração
por toda a grande São Leopoldo e em Taquari, os primeiros imigrantes já tinham
vindo 13 anos antes da emancipação de Taquari, ocorrido em 1849.
Vida de privações dos pioneiros
Ao chegar ao Brasil, os imigrantes alemães sofreram para
se adaptar ao clima brasileiro, ao idioma, à legislação precária e às novas condições de vida, normalmente primitivas, que
já não tinham em seu país de origem.
Uns dias depois, mais quatro imigrantes alemães e dois
açorianos se agregaram ao primeiro grupo. Em 6-11-1824, vieram mais 81
imigrantes, totalizando 126 pessoas. Só então, boa parte dos lotes estavam
medidos. Houve um aumento de 50 para 77 hectares de terra, o que agradou muito
a todos.
Em muitos casos, imigrantes chegavam ao Brasil, sem que
suas terras estivessem demarcadas, ficavam alojados em prédios ocupados antes
por escravos, aguardando
durante meses o assentamento em seus lotes. Também por problemas na demarcação
de terras, muitas brigas surgiam.
Funcionários do governo encarregaram e pagaram alguns
luso-brasileiros para fornecer mantimentos e alimentação aos imigrantes, mas o
que mais forneciam era cachaça para que parassem de reclamar junto ao governo.
Demorou ao imigrante entender e falar um pouco em português.
Depois
que o imigrante recebesse o documento de posse do seu pedaço de chão, para
devia seguir às próprias custas, sem estradas e pontes.
Cabia
derrubar o mato, construir uma barraca provisória, fazer a coivara, preparar a
roça, plantar. Enquanto esperava crescer a plantação, o colono montava algum
galpão e estrebaria.
O
isolamento das colônias também dificultava a adaptação ao novo ambiente, na
medida em que faltava acesso a tratamento médico para doenças ou partos,
(quando a colônia não tinha seu próprio médico) e muitos morriam por não
chegarem a tempo na cidade mais próxima, pois dependiam de transporte por tração animal, o que era lento e
poderia levar horas ou dias. A distância, mas também a falta de dinheiro
dificultava o acesso a tratamentos.
A
situação precária para sobrevivência causava muita decepção e desgosto, pois não eram as perspectivas que
alimentavam quando decidiram emigrar. As promessas de que iriam para o
"paraíso" aumentavam o sofrimento, quando estavam frente a frente a
matas fechadas para derrubarem a machado e foice, onde inclusive as mulheres
ajudavam.
A
espera pelo cumprimento de promessas como o desenvolvimento da região com a
construção de vias de acesso e a promessa de subsídio com dinheiro ou
instrumentos de trabalho (ferramentas, sementes, gado,
material de construção) não foram cumpridas na maior parte das colônias alemãs.
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Lembranças
da Viagem pela Itália
Da nossa viagem pela Itália em maio de 2014,
compartilhamos com os leitores várias lembranças.
Renê
Alievi Schierholt observa a Guarda Suíça na entrada do Vaticano, em foto
clicada por José Alfredo.
Guarda Suíça Pontifícia é o nome dado ao corpo
de guarda responsável, desde 22 de janeiro de 1506, pela segurança do Papa e da Cidade do Vaticano. Atualmente,
é composta por cinco oficiais, 26 sargentos e cabos e 78 soldados. É a única
guarda do mundo em que a bandeira é alterada com cada novo chefe de Estado,
pois contém o emblema pessoal do Papa.
O dia 6 de
maio é a data de admissão de novos guardas e prestam juramento diante
do Papa. Fazem o juramento com a mão direita levantada e os três dedos do
meio abertos, recordando a Santíssima Trindade.
É o único grupo de soldados particulares que a lei suíça aceita. Do
corpo da Guarda Suíça só podem fazer parte homens de robusta constituição
física, com um mínimo de 1,74m de altura, católicos, com diploma profissional
ou ensino médio concluído, com idade entre 18 e 30 anos. Só os cabos, sargentos
e oficiais podem ser casados. Devem também ter feito já treino militar do exército suíço, não ter
registo criminal e ser de reputação social absolutamente imaculada. Dois anos,
eventualmente renováveis até um máximo de 20, são o tempo de compromisso máximo
de um membro da Guarda Suíça.
O curioso uniforme da Guarda Suíça é um espetáculo à parte. Com sua
malha de cetim nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho-sangue, causa
estranheza que um soldado esteja trajado com roupas tão coloridas. O design do
traje é atribuído a Michelangelo.
A língua oficial da Guarda Suíça é o alemão, mas falam várias línguas.
Prestam serviços diversos para o Papa, tais como a guarda em visitas de
autoridades estrangeiras, o acompanhamento e assistência em viagens
internacionais ou a prestação, à paisana, de serviços de segurança do Papa,
ocasião em que os guardas se misturam com as multidões na Praça de São Pedro. Nesse caso,
os soldados da Guarda Suíça servem como guarda-costas, estando
equipados com armamento variado e modernos equipamentos de comunicação.
Papa Francisco posa junto a
guardas suíços, sendo alguns músicos.
Obelisco
é um monumento quadrangular, agulheado, feito ordinariamente de um bloco só de
pedra sobre um pedestal. O Obelisco
do Vaticano está no centro da Praça de São Pedro no Vaticano, Roma. É originário do Egito e foi transportado para o
Vaticano pelo imperador Calígula para
decorar a "espinha" de seu novo Circo, onde posteriormente
seria martirizado São Pedro,
motivo pelo qual o obelisco foi lá mantido, por estar próximo ao local do
martírio do apóstolo. É constituída de granito vermelho vindo de Assuão. Sua base possui quatro
leões de bronze e sua altura é de 40 m contando até a cruz, sendo o segundo
maior obelisco de Roma, após o Obelisco Laterano, transportado
para Roma três séculos mais tarde. A cruz em cima do obelisco guarda um dos
pedaços originais provavelmente da cruz de Jesus Cristo, colocadas ali
pelo Papa Sisto V.
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Vales
municipais na Revolução Federalista
Recebi uma cópia de
um Vale de 100 réis emitido pelo intendente de Lajeado Joaquim de Morais
Pereira, mais conhecido por Quinca Pereira, nomeado, de 17-12-1893 a 21-1-1895.
Como os documentos e valores tinham sido levados pelo intendente anterior,
Bento Rodrigues da Rosa, para Taquari, a fim de impedir seu saque e destruição
durante a Revolução Federalista, encontrava-se acéfala a administração
municipal de Lajeado. Por esta razão, eram emitidos tais Vales para pagar os
fornecedores.
O original do documento está em nome
de Cristiano Horn, possivelmente descendente de Pedro Horn, que tinha açougue
em Estrela e seu filho Filipe, que era eleitor nº 682, em 1890, residente no
Bairro Carneiros, em Lajeado.
Pesquisas de José Alfredo Schierholt
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Arno
Müller
Arno
Müller é engenheiro metalúrgico, professor universitário, escritor, diretor da
Escola de Engenharia da UFRGS, presidente da Associação dos Estrelenses de
Porto Alegre - AEPA, eleito em 2000, vice-presidente Administrativo do Centro
Cultural 25 de Julho e vice-presidente social da Comissão dos Festejos dos 180
anos da Imigração Alemã no Brasil, em 2004.
Nasceu em Estrela, em 26 de janeiro de 1939,
filho de João Edgar Müller (barbeiro) e de Maria Elvira Schneider Müller
(empresária comercial). Fez o primário no Colégio Paroquial São Luiz, o
ginasial no Ginásio marista Cristo Rei. Em 1954, em Porto Alegre iniciou o
científico no Colégio Rosário e em 1958, prestou vestibular para Engenharia na
UFRGS. Em 1960-61, fez o CPOR-PA,
concluindo como tenente da Reserva do Exército brasileiro. Em 1961, casou-se
com sua colega de engenharia Iduvirges Lourdes Stein, tendo quatro filhos: Ana
Simone (Richter), Adriane (Ilha), André Michel e Alejandra.
Durante
o curso de engenharia trabalhou com funções de gerente na Caldeiraria Ecobrás e
como estagiário na Fundição Wallig, ambas em Porto Alegre. Em 1962, formou-se
como engenheiro metalúrgico e no ano seguinte foi convidado para trabalhar no
Centro Técnico da Aeronáutica, em São José dos Campos, SP, como pesquisador na
área de Metais Raros. Durante os sete anos lá fez projetos pioneiros para o
Brasil e mesmo para a América Latina, tais como: desenvolvimento de um forno
solar para altas temperaturas, fusão a vácuo de metais reativos, projeto e
construção de uma Usina para a fabricação de Titânio metálico pelo processo
Kroll (condecorado com uma placa de prata). Paralelamente, foi professor no
ITA, em 1963, lecionando Introdução à Ciência dos Materiais e na Escola de
Engenharia de Taubaté, no seu Departamento de Engenharia Mecânica, até 1969,
ano em que obteve o seu título de Mestre em Materiais no ITA, defendendo uma
Dissertação sobre fibras de carbono. Em 1970, obteve uma bolsa de
estudos da OEA, para realizar seu Doutorado na Comisión de Energia Atômica em
Buenos Aires, o que se realizou em 1974, ano em que fui contratado pela UFRGS
para criar um Programa de pós Graduação na área de Engenharia Metalúrgica e dos
Materiais, credenciado pelo MEC dois anos depois, e se transformou num dos
melhores do país. Em paralelo com suas atividades puramente didáticas e
acadêmicas, participou de outras ações, tais como: criação da AGEMET
(Associação Gaucha de Engenheiros Metalúrgicos), diretor da Escola de Engenharia
da UFRGS, Coordenador do Núcleo de Tecnologia da UFRGS, Presidente do Conselho
Superior da Fapergs, Diretor Administrativo da FUNDATEC, Membro do Conselho
Provisório de Cultura do RS. Depois de aposentado como professor titular na
UFRGS foi contratado pela ULBRA para instalar um Programa de Pós Graduação de
Engenharia, o que foi possível depois de dois anos. Como resultado desta
atividade foram editados dois livros. Durante sua vida acadêmica foi agraciado,
junto com seus alunos, com o Prêmio Villares e Prêmio Cosipa, concedidos
pela Associação Brasileira de Metalurgia para os melhores trabalhos
apresentados no Congresso Anual de 1969.
Em 2009, a UFRGS batizou com o seu nome o Laboratório de Fundição do
Centro de Tecnologia. Sua experiência técnico-científica, acumulada em 30 anos
de Universidade, publicou no livro Solidificação
e análise térmica dos metais, UFRGS, em 2002. Ao se aposentar, resolveu focar seu interesse em
questões ligadas à etnia teuto-riograndense. Para tal se aproximou do Centro
Cultural 25 de Julho de Porto Alegre onde integrou o seu Coro Masculino e, mais
tarde, foi seu vice-presidente administrativo. Elaborou temas que apresentassem
uma “cara nova” às já tradicionais Festividades e atividades culturais da etnia
que existiam em quase todo estado. Verifiquei uma pobreza de informações de
todo tipo em relação a certos hábitos, costumes e valores. Começou então a
coletar material para apresentar novas sugestões, dadas em seus livros: Cerveja, pela Ulbra (2002); Redescobrindo
a cozinha colonial alemã no RS, em coautoria Lori Heinrichs, pela
Amstad (2004) e 2ª edição bilíngue, português-alemão (2009); A imigração alemã e a indústria cervejeira
do RS, pela Editora Amstad (2012); Os engenheiros da antiguidade, pela Editora Amstad (2012); A imigração alemã no Rio Grande do Sul e o
Hunsrück, pela Editora Amstad, lançado em 2014. Nesta
linha de atividades foi a montagem e apresentação de uma peça “Encontro de
Culturas”, sob forma de canto, coreografia culinária e diálogos, com a
participação do Coro Masculino e do Grupo de Danças do 25 de Julho.
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